Cap. 13

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- Você viu? Rafe esta aqui! - Ki gritava em meu ouvido, mas a música alta tornava impossível de compreender.

- O QUE?????

- RAFE ESTA AQUI - Ela berrou como resposta

-A-ah. Eu já sei

- O QUE?

- EU DISSE QUE JÁ SEI

p.o.v. Rafe.

Passei pela pista com uma garrafa gelada, acabei passando do lado de S/n e Kiara, que nem me notaram. Estavam ocupadas demais tentando se ouvir.
Estavam falando de mim.

Eu odiava Kiara. Odiava que S/n fosse sua amiga, Kiara era uma vadia traidora e eu sei disso melhor do que qualquer um.

A um tempo atrás nós tivemos um "lance". A maioria dos pogues me odeiam por isso, Kiara espalhou para todos mentiras sobre mim e como parti o coração da garotinha.

A verdade é que Kiara não era santa, era uma louca possessiva e hipócrita. Ela não me deixava trocar palavra com nenhuma garota, fazia birra como uma criança toda vez que isso acontecia.

Ela só se importava com si mesma, dizia que eu era tóxico com ela, mas a garota achava que nosso relacionamento era apenas sobre ela, tinha crise de ciúmes e mesmo quando eu estava mal ela ignorava e falava apenas sobre ela.
Ela me batia sempre como se fosse normal por ela ser uma mulher, mas se eu reagisse era ameaçado.

Uma vez ela espalhou para toda a cidade que eu a agredia, tive armas apontadas para minha cabeça por ser "vacilão" com ela, nunca me deixaram explicar, nunca me deixaram contar a verdade, nunca acreditaram em mim, nem minha família.

Ela transformou minha vida, virou tudo de cabeça para baixo... Ela fodeu com meu psicológico.

' - VOCÊ É UM BABACA! EU SABIA! EU SABIA QUE NÃO PODIA CONFIAR EM VOCÊ SEU FILHO DA PUTA!

- Fala baixo Kiara, caralho! Ela é amiga de família, como uma parente.

-Parente? Eu não sou otária seu idiota.

-Que droga! Você não pode me ouvir só uma vez?

- NÃO! EU NÃO POSSO! Sabe por que? Porque você não presta, Rafe! Você me escolheu por ser uma boa opção né? A família como seu pai disse que deveria escolher!

- Do que você ta falando? Ai Meu Deus... Eu não mereço isso, você é uma vagabunda desgraçada!

- EU VOU TE MOSTRAR A VADIA DESGRAÇA, RAFE! - Kiara disse vindo em minha direção, me acertando com vários golpes. Eu a empurrei, a fazendo chegar na cama.

- FILHO DA PUTA! TA OUVINDO? VOCÊ É UM FILHO DA PUTA! TODO MUNDO VAI SABER DISSO, A ILHA TODA. - Sua voz falhava de tanto que ela gritava.

- Ta vendo? Você me bate e me deixa como culpado, eu sempre sou o culpado para você. PORRA! Vai embora Kiara, agora. - Eu disse e abri a porta, quando me virei ela segurava uma taça em sua mão.

- Então é assim? Você que flerta com outra garota e ainda se acha no direito de terminar comigo? Pense bem nisso, Rafe. Eu não vou te dar outra chance.

- Sai, pelo seu bem.

Ela deu uma gargalhada irônica.

- DESGRAÇADO! - Kiara tacou a taça em mim, acertando em minhas mão.

- VAGABUNDA, SOME DAQUI AGORA.

Ela sorriu e saiu. '

' - Como você está? Eu sinto muito...
- Eu estava passando por muitos problemas e estava alterada, se a gente voltar eu prometo não contar para ninguém o que você fez.

Eu fiz? -
Você me deixou com a mão enfaixada por conversar com uma conhecida -

- Rafe eu já me expliquei
- Você é quem sabe. '

Kiara era uma mimada de merda. Eu deixei quieto, eu parei de tentar me explicar, essa droga só me ferrava ainda mais.

O relacionamento com Kiara me fez desenvolver vício em bebidas alcoólicas, com nosso termino, também viciei em drogas.
Essa nunca foi minha intenção, eu nunca quis isso para mim, mas era melhor do que chorar como um bebê, era como se me acalmasse mas com o tempo, a quantidade precisava aumentar, só piorava. Eu só piorava.

Desde então peguei medo de me relacionar, mesmo tentando, era como se eu não conseguisse amar, eu sabia que isso iria me machucar, sempre me machucava.

Eu não sou um monstro, eu juro.

Peguei uma taça com uma bebida fresca de menta, virei aquilo em segundos e pedi por mais. Senti meu celular vibrando e fui checar se havia alguma mensagem.

- Eai? :D
- Beber é mesmo tão interessante?

Você deveria experimentar algum dia -
Ah é, seu novo namorado já te deu -

Desliguei meu celular e olhei ao redor, no mesmo instante, meus olhos foram até ela, que levantou a cabeça e colocou o celular no bolso. Pude vê-la dando um sorrisinho de lado e se virando.

Sem pensar me levantei e fui até lá.
Foda-se as bebidas.

pov: s/n

-Solteira, gata? - Ouvi uma voz conhecida falando em meu ouvido.

-Você me assustou seu babaca! - Dei um leve soco no peito de Rafe e continuei dançando.

-Qual foi? Ele não aguentou a barra? Ele foi mesmo embora? - Rafe disse sorrindo e olhando para minha boca, pude ver ele molhando seus lábios com a língua.

-Hã? Você é o culpado por isso!

-Acho que ele se ligou que não da para competir comigo- Ele sorriu e segurou em minha cintura, coloquei minhas mãos em seu pescoço e as fechei, pendurei minha cabeça para trás e ri.

-Poderia parar com esse ego alto? - Fui até seu ouvido e sussurrei, agora com as mãos em seu rosto.

-Você sabe que apenas to sendo sincero.

Ficamos nos olhando e então, ele pegou minha mão e me girou.

-Me concede essa dança?

-Com essa  música? Vai se foder! - Eu disse e em seguida segurei sua mão, aceitando a dança.

Ele deu uma pequena risada, ele parecia realmente feliz e ele mesmo naquele momento, aquilo me deixava leve, pude sentir nossas mãos suarem.

Dançamos contra a música que tocava por um tempo, nossas danças também eram variáveis, nós mandamos muito! Poderiamos ir nesses concursos de TV até!

Rafe me puxou para perto e então, começamos a dançar valsa.

-Isso é ridículo! - Eu disse e rimos.

-Se eu visse uma cena dessa arrancaria meus olhos, S/n, você é a única pessoa que me fez não vomitar fazendo uma coisa dessa. Amanhã eu vou querer me matar lembrando disso! - Ele disse incrédulo com o que estava fazendo.

- Idéia sua, Rafe! Mas tenho que admitir, isso na verdade está mais divertido do que essa festa sem graça.

-Pra caralho. - Ele disse com sua voz rouca.

Coloquei minha mão em seu rosto e cheguei mais perto, cautelosamente.

Rafe me puxou de maneira brusca para um beijo. Senti meu coração acelerado como nunca, as luzes, os flashs, a batida da música tremendo o chão, tudo deixava aquele momento parecendo irreal.

Senti Rafe passando suas mãos pelos meus cabelos, ele colocou uma mecha que estava em meu rosto atrás de minha orelha e  foi com sua mão até minha nuca.

-Ah S/n, por que você faz isso comigo? - Ele disse em uma pausa do beijo.

-Isso? Rafe, você me deixa maluca, mas... eu acho que isso não é tão ruim assim. - Disse baixo, mas alto suficiente para ser ouvida no meio da música.

Rafe me segurava como se eu fosse dele e aquilo fazia eu me sentir segura.

Rafe Cameron-PossessiveOnde histórias criam vida. Descubra agora