Visita indesejável

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Três dias depois, finalmente pararam de tomar supressores e Eren estava o mais normal possível, sem os efeitos do cio o perturbando e bagunçando suas emoções.

Os dois estavam juntos sentados à mesa, aproveitando o horário de almoço do alfa baixinho para almoçarem juntos, antes que Levi retornasse ao trabalho.

Conversavam sobre qualquer coisa, como o convite para o evento de Smith, até os clientes esquisitos que vez ou outra Levi atendia no restaurante da irmã do ômega.

Repentinamente, Eren soltou os talheres ao lado prato.

- Ouvi algum carro estacionando - avisou - Quer que eu dê uma olhada?

- Eu vou.

Levi resmungou mais alguma coisa relacionado a ser interrompido aquele horário do dia e então seguiu até a sala de estar. Ao espiar pela janela, sentiu seu sangue gelar.

Voltou correndo para cozinha imediatamente e eles ouviram a campainha sendo tocada, no exato momento em que Levi disse:

- Eren, suba até o quarto e não saia até eu lhe chamar. - puxou a mão dele, obrigando-o a ficar em pé e seguir até as escadas que devam acesso ao segundo andar.

- O que foi? Quem está aqui? - perguntou confuso, sentindo os feromônios de Levi demonstrarem aflição.

a campainha soou mais uma vez.

- Só faça o que eu disse, droga! - gritou, empurrando Eren para a escada. A contra gosto, o moreno subiu e foi até o quarto, onde Athena estava deitada tranquilamente na cama.

Eren ergueu a gatinha carinhosamente e sentou na cama, a abraçando de leve, apenas querendo entender o que Levi vira que o assustou daquela forma a ponto de ter gritado com ele.

Levi sempre foi tão calmo e pacífico, nunca se aborreceu com os surtos repentinos de Eren quando as lembranças da instituição o atingiam e sempre teve paciência com ele.

- Quem você acha que é? - perguntou  baixinho, como se Athena o entendesse e pudesse conversar normalmente. A gatinha ronronou aproveitando o carinho que começou a receber atrás das orelhinhas. - Não sinto nenhum feromônio diferente, deve ser um Beta ou alguém que sabe se ocultar muito bem. Pff... você não é boa para conversar, Athena.

Levi mordeu os lábios, suspirando. A campainha tocou uma terceira vez e ele coçou o pescoço, desconfortável, como se isso fosse impedir que seus feromônios demonstrassem aflição.

Abriu a porta e encontrou uma figura mais alta que ele, cabelos negros presos para trás, feição neutra, uma curiosa cicatriz um pouco abaixo de um dos olhos, segurando uma prancheta e o que realmente o deixava apreensivo: Trajava um jaleco branco, onde claramente se via o símbolo de uma instituição para preparação de ômegas bordado no lado esquerdo da roupa branca.

- Sr.Ackerman, boa tarde. - a mulher o cumprimentou, estendendo a mão direita.

- Boa tarde, a que devo a honra de sua visita senhorita...?

- Azumabito, Mikasa Azumabito. - respondeu sem demonstrar alguma emoção, devolvendo a mão ao lado do corpo, assim que Levi a cumprimentou de volta. - Suponho que deva me convidar para entrar?

- Devo? - resmungou baixinho, saindo de frente da porta para liberar a passagem.

- Que disse? - Mikasa perguntou suavemente, analisando a mobília da casa cuidadosamente. Levi nada respondeu.

A mulher se sentou em um dos sofás e fixou seu olhar em Levi, até que ele repetisse seu movimento.

- Acredito que saiba por que eu, enfermeira da IPPO, esteja lhe visitando hoje? - perguntou cruzando as pernas e descansando a prancheta sobre sua coxa.

Unidos Pelo Sistema - ! RIREN/ABO -Onde histórias criam vida. Descubra agora