Eu fico triste por Nina achar que a culpa é minha, mas eu não controlo meus sentimentos. Volto para casa triste, uma lágrima desce em meu rosto, e quando percebo são várias lágrimas. Nina me fez eu me sentir uma pessoa totalmente horrível, mas a culpa não é minha.
Volto para casa rapidamente e me tranco em meu quarto, tento dormir para afastar meus pensamentos mas falhou. Não consigo dormir, até que ouço uma batida na porta.
- Não quero falar com ninguém. - Digo ao ouvir a batida na porta.
- Abre S/N, por favor! Dolores disse que você foi falar com Nina. - Camilo diz no outro lado da porta.
- Eu não quero falar sobre isso agora, Camilo. - Respondo triste.
- Mesmo assim, você não pode simplesmente trancada no seu quarto. - Camilo afirma. Camilo me convenceu, abro a porta para ele e vejo ele com uma cesta de morangos.
- O que você quer? - Respondo o menos grossa possível.
- Vamos passear na floresta e comer morangos? Como fazíamos antes da Nina? - Ele oferece, logo dou um sorrisinho sem mostrar os dentes, e aceito. - Então vem. - Ele me puxa.
Eu e ele vamos até onde íamos para comer morangos, e Camilo estende uma manta no chão, colocando a cesta de morangos em cima. Nos sentamos e começamos a conversar.
- Por que você foi ir falar com a Nina? - Camilo pergunta comendo um morango.
- Ela gostava de você e... Viu nós dois dançando juntos, e vi que ela ficou raivosa, então foi falar com ela! Mas eu não quero falar sobre ela agora. - Explico.
- Okay, tudo bem. - Camilo concorda. - Dolores e Mariano foram para a lua de mel deles, eles foram pela manhã.
- Droga, eu nem me despedi de Mariano e nem Dolores. - Passo minhas mãos em meu rosto. - Acabei acordando tarde.
- Eu também não me despedi deles, minha mãe que disse. - Ele explica.
Eu e Camilo ficamos conversando pelo resto da tarde, como costumávamos fazer sempre. A tarde foi bem legal, me distanciou de meus pensamentos sobre Nina.
Estava no final da tarde e já era minha hora de ir, eu e Camilo fomos para casa e passo o resto de fim de tarde com a minha mãe, não fizemos nada legal, mas foi bom estar com ela.
Me lembro que hoje não fui ver Samuel, mas amanhã vejo ele. Parece que está tudo normal de novo, menos minha relação com a Nina. Bem, eu tenho que esquecer ela um pouco, ela faz eu me sentir uma péssima pessoa.
- S/N, você não está cansada de esconder? - Minha mãe me pergunta do nada.
- Esconder o que mãe? - Pergunto desentendida.
- Que você está apaixonada por Camilo. - Ela diz simples.
- O-o que? Não mamá! Claro que não. - Gaguejo.
- Não adianta me enganar S/N, eu sei que você está apaixonada por ele. Acha que eu não sei? - Minha mãe pergunta franzindo a testa. - Eu já me apaixonei um dia, então eu sei que está apaixonada. Por que não se declara para ele?
- Mãe, não sei da onde você tirou que eu gosto dele. - Digo nervosa.
- Eu já fui apaixonada um dia, eu sei o que você sente quando vê ele. Seus olhos brilham, você se sente feliz com ele. Para de enrolação hija! - Ela sorri.
- M-mas... - Tento me explicar.
- Para de tentar de se explicar, você não me engana. - Ela me reprende. - Quando eu e seu pai nos conhecemos, nós éramos iguais a você e Camilo, enrolamos, mas no fundo éramos apaixonados um pelo outro. - Minha mãe diz sorrindo lembrando de seu passado amoroso. Minha mãe pode ter razão, mas será que não é muito cedo?
- Eu não sei mãe... E se ele não gostar de mim? Não é muito rápido? E se...
- Pare! Eu sei que ele te ama hija. Pare com isso, ele te ama, okay? - Ela coloca suas duas mãos em meus ombros. Mamá pode estar certa, mas tenho que ter certeza que é a escolha certa.
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