PART II |ZERMATT|

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Esmague seu coração e diga que você nunca vai desistir

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Esmague seu coração e diga que você nunca vai desistir

Que você vai continuar quando todas as portas se fecharem

Nós usamos um sorriso para esconder que fomos feridos antes

Basta lembrar que todos nós fomos quebrados uma vez

Vamos amar os quebrados

|Broken ones|Jacquie Lee

A suavidade do que havia debaixo do meu corpo envolve-me de uma forma estranhamente confortável

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A suavidade do que havia debaixo do meu corpo envolve-me de uma forma estranhamente confortável. O cheiro a lixívia e comprimidos era substituído por algo suave entre os lençóis quentes. Um aroma aconchegante invadia o ar. Havia silêncio.

Sem gritos, sem barulhos estridentes. Apenas um silêncio tão doce e harmonioso. O ar em si parecia tão leve. Tão bom. O meu corpo estava envolto a algo suave. Tudo parecia tão leve que obrigo-me a manter os olhos fechados.

A possibilidade desse conforto ser um sonho e assim que abrir os olhos ver aquelas paredes horrendas, aquele quadrado arrepiante, faz-me encolher.
Um som rouco escapa da minha boca em um protesto doloroso. Mexo o corpo um centímetro e os meus ossos doem. Os músculos reclamam. Abro os olhos lentamente, com medo. Receio. Angústia.

O que aconteceu?

E então aos poucos tudo ganha consciência na minha mente. Saí do quarto, fugi pelos corredores, saltei para o depósito de roupa, trepei uma árvore, saltei o muro e...

Os meus olhos arregalam-se ao olhar a minha volta. Estava escuro, uma fraca luz de presença ligada permitia ver o amplo quarto. Tudo era tão limpo, tão... estranho.
A decoração era tão harmoniosa. Clara e escura ao mesmo tempo. Logo na parede de frente para mim havia uma cómoda escura, não sei dizer se é preta ou castanha. Um espelho redondo por cima a exibir a minha figura nada iluminada. Uma cadeira do lado. Olho a volta.

É aquele ar de caro, tudo aqui parece demasiado caro mas ao mesmo tempo carregava uma simplicidade glamourosa? Que merda é essa?

Sento na cama com a minha coluna dolorida. A colchão era tão macio que afundou-se ainda mais. Baixo o olhar para as minhas mãos apoiadas entre um tecido leve, esfrego ele entre os meus dedos. Seda? Novamente: Que merda é essa?

2 | ICE IN OUR HEARTS [CONCLUÍDO]Onde histórias criam vida. Descubra agora