Imagine Gaara - Eu não consigo te matar, apenas te amar

Capítulo 9 - Lágrimas Congeladas

Percorremos uma longa parte do deserto, passamos um dia inteiro viajando até chegarmos no fim do mesmo, já um pouco tarde resolvemos descansar.

- Não se preocupem com a patrulha, eu mesma faço. – Falei pegando algumas armas e guardando-as em alguns compartimentos da roupa.

Temari: - Eu mesma farei isso, a descansar.

- Temari-Sama, fique, você precisa descansar dessa viagem junto com o Kazekage-sama, eu insisto em ir.

(Vou dar o nome para a garota amiga da Matsuri de Ayaka)

Ayaka: - Acho que é uma boa ideia. – Ela sorriu.

Matsuri: - Eu vou com você! – Ela se levantou e foi atrás de ml..

Merda.

- Ok, vamos. – Saí e ela foi atrás.

Fomos andando pela floresta local para ver se havia algum perigo.

Matsuri: - Como é escuro por aqui... – Ela disse enquanto tenta enxergar.

- Pois é né, quem mandou vir então?

Matsuri: - Eu quero ser útil para a missão e para o Kazekage-sama. – Ela riu.

- Gosta dele igual a outra burra lá? – Perguntei e soltei um sorriso.

Matsuri: - E-Eu não sinto essas coisas!

- Tão verdadeiro quanto os dentes de uma galinha.

Matsuri: - Para!

Dei um mortal para trás e tirei uma das luvas.

- Fica quietinha. – Toquei o centro da testa dela ainda dando o mortal aéreo e uma camada de gelo cobriu os olhos dela, a deixando paralisada em pé, porém inconsciente dentro de um genjutsu.

Lá dentro ela verá essa conversa que possivelmente estaríamos tendo, e eu estou controlando tudo com a minha mente, pois ela ainda não percebeu que está dentro de um genjutsu.

E burra do jeito que é nem irá perceber.

Fui para uma parte mais escura da floresta e encontrei dessa vez o Zetsu.

- Perdão pela demora, tive que lidar com uma praga no meio do caminho.

Zetsu branco: - Vimos isso.

Zetsu negro: - Deveria ter matado a desgraça.

- Eu não posso fazer isso ô pé de maconha, esqueceu que eu tô numa missão de infiltração?

Zetsu negro: - Me respeite sua insolente!

- Cala a boca por que eu não tô pra sermão agora babosa estragada! – Meus olhos se ativaram. – Esqueceram o que acontece quando eu ativo a porra do meu olho?

Zetsu negro: - O Kōrinomegan, clã amaldiçoado... – Ele disse com desprezo na voz.

Zetsu branco: - Não vamos brigar pessoal! – Ele se intrometeu no meio da nossa briga. – S/n desativa o Kōrinomegan por favor.

- Vocês trouxeram?

Zetsu negro: - Aqui está. – Ele me entregou um pergaminho pequeno e de fácil porte. – O pergaminho com a Nuibari.

- Ótimo, se eu trouxesse por conta própria seria bem problemático, imagino que tenha sido o Sasori que tenha feito isso né?

Zetsu branco: - Sim, foi ele, ah ele mandou avisar para você não demorar muito, senão ele vai adorar ter uma marionete do seu clã na coleção dele.

- Novidade... – Revirei os olhos e soltei um riso. – Estou acelerando as coisas ao máximo que eu posso. O Pain ou a Konan tem notícias deles?

Zetsu branco: - Quem?... Ah sim, vimos eles hoje apanharam muito, mas estão vivos.

Eu tenho que visitá-los... Mas por enquanto eu não posso...

Me sinto uma inútil por não poder fazer nada a respeito, tudo depende dessa missão, não posso falhar, caso contrário eles morrerão...

- Obrigada por me passarem as circunstâncias deles.

Zetsu negro: - Conseguiu alguma informação que ajude a invasão da aldeia da areia?

- Não tem muitos ninjas que vigiam o céu, porém na entrada da vila à muitos, além disso nada mais de útil... Ah, cuidado com a irmã do Kazekage, ela não é uma mulher fraca, não tenho dúvidas de que conseguiria bater de frente com o Deidara.

Zetsu branco: - Entendido.

Zetsu negro: - Jya ne (até mais). – Eles sumiram pelo chão.

Hora de voltar para aquela idiota.

Fui até onde eu deixei a Matsuri e toquei no centro da testa dela sem as luvas e em seguida as coloquei novamente.

Matsuri: - Para de insistir que eu sou baba ovo do Kazekage-sama!

Ah, a gente parou aí.

- Ok parei, todos concordamos que você é, agora vamos.

Matsuri: - Sim vamos.

Voltamos a andar.

Matsuri: - Ei eu não sou!

- Você já concordou, tarde demais. – Ri.

ela ficou rosada e irritada, que fofa, nem parece a irritante de agora a pouco.

Chegamos ao local do acampamento.

Gaara: - Vocês demoraram.

Matsuri: - Conversamos um pouco mais que o previsto. – Ela disse encostando os dedos um no outro com vergonha.

- É... meio que isso mesmo.

Incrível como ela não percebeu que era um genjutsu, é muito quadrada mesmo.

Ayaka: - Vamos comer!

- Não precisa se preocupar comgo, não estou com fome.

Ayaka: - Ah tudo bem, se desmaiar depois a culpa é sua.

Gaara: - S/n Eu acho que deveria ir comer, fizemos uma longa viagem até aqui.

- Ah não se preocupe comigo, ainda tem o café da manhã, e eu estou bem, mas obrigada pela preocupação de qualquer forma.

Gaara: - Se você diz...

- Vou andar sozinha um pouco, não irei longe. – Me levantei e saí de perto deles, fui andando até um rio e isso me ativou lembranças.

Eu só precisaria de uma boa garrafa de saquê agora... queria poder vê-los... saber como estão, mas não terei esse luxo tão cedo.

Maldita aldeia da névoa...

Maldito clã...

Maldito Kekkei Genkai...

- Maldito! – Gritei e dei um soco no chão, enquanto as minhas lágrimas caem dentro do rio e formam pequenas camadas de gelo ali. – Porque que essa porcaria foi acontecer!? PORQUE!?

Solucei entre as lágrimas.

- Eu só queria... tê-los aqui perto de mim... – Minhas lágrimas caíram na água ainda formando geada. – Se não fosse esse kekkei genkai desgraçado talvez vocês estivessem livres irmãozinhos ... me perdoem por vocês serem a mesma porcaria que Eu... – Falei baixo e chorando muito.

Eles apanharam hoje, certeza que foi por não saberem usar o kekkei genkai completamente como eu. Porque somos apenas armas para o governo de lá, e a forma que usam para identificar membros do nosso clã são as pontas dos nossos dedos que são frias e cobertas por geada.

Eu quase tive o mesmo destino que meus irmãos, mas consegui escapar, porém não consegui trazê-los junto comigo. Lá na aldeia da névoa eles pegam os membros do clã Shimo e os fazem dar todo o seu esforço mental e físico para batalhas, mas muitos morreram, apesar do alto poder que temos, nosso limite existe, mas por sermos desse clã nos temem, nos perseguem, matam até inocentes se forem parte.

Esse é o motivo de eu odiar o meu clã e ter aliança com a Akatsuki, eles são os únicos que podem me ajudar a tirar meus irmãos de lá. 

XX: - Por que está chorando?