Capítulo 35

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Depois da partida da pequena Gatria, Elain Archeron agarrou-se a tristeza desolante a espreita de sua vida , até mesmo mudou-se, pedirá a Feyre sua irmã e grã senhora que lhe ajudasse a escolher um apartamento em Velaris.

Ela alegará que apenas pretendia ter um lar só para ela , mas a verdade é que não conseguirá mais suportar a sonsatez de todos ali , o como conseguiam seguir com suas vidas depois do que fizeram a uma criança que mal entendia oque era o mundo direito. Ela achou que era eles que causavam nela os enjoos constantes, mas seu coração ameaçou parar quando teve a visão clara dos bebês em seu ventre.

Lucien ainda persistira nela, ainda tentará , nunca pensará em desistir de sua parceira. Ela não podia aceitar e viver uma vida de mentiras, ameaçar destruir as expectativas de um romance entre eles , mas qualquer sanidade que lhe restava a levava diretamente a Azriel.

Aquilo nunca devia ter chegado ao ponto que chegou, mas não pensava mais em nada ou quaisquer consequências quando ele a tocava, a preenchia, fazia ela se sentir viva mesmo que por algumas horas de conversa e carinhos trocados . Ela o amava, o amava o suficiente para se afastar a tempo antes que ele descobrisse.

Por dois meses suados conseguirá camuflar seu cheiro até mesmo da menina dragão, sempre observadora, silenciosa, e pronta para destruir sua farsa a qualquer momento. Com aquele poder ainda desconhecido dado pelo caldeirão correndo em suas veias ela partiu apenas deixando uma simples carta de despedida para trás.

Definitivamente Elain Archeron não pretendia jamais retornar, até agora.

__ Eu sei que é muita informação para você agora...__ começou a explicar, quando foi interrompida, surpreendida com a ação inesperada da sobrinha.

Quando foi tomada por um abraço.

__ Eu não sabia o quanto precisava de você até te encontrar __ murmurou Gatria.

Elain respirou aliviada, aproveitando daquele momento pelo qual já havia se esquecido da sensação, algo verdadeiro. Ela acariciou seus cabelos lembrando do quanto eram tão sedosos e cheirosos.

__ E como vão as coisas... você sabe , em Velaris. __ perguntou Elain tendo receio da possível reação da sobrinha.

__ Na mesma, continuam os mesmos , se bem que...tenho reparado na ausência contínua de Amren. __ respondeu.

__ A propósito me perdoe , temi que fosse um deles que conseguiu me encontrar aqui __ desabafou. __ Não permitirei que encostem neles , estou tentando ser com eles , oque falhei com você Gatria __ chorou.

Silêncio.

__ Não foi sua culpa __ disse Gatria.

Sua promessa fora tão forte e verdadeira que sem que percebesse desencadeou um acordo sigiloso e disfarçado resultando os desenhos tatuados na pele dos gêmeos que nasceram com ela.

Um lembrete de que ninguém jamais encontraria um dedo neles enquanto vivesse .

A maternidade houvera não só revelado a ousada coragem de Elain como a impiedade fria que aprendeu a ter pronta para destruir quem quer que tentasse fazer mal a eles .

Ela pegou em suas mãos.

__ Eu devia ter tentado mais , mas agora posso reparar isso . __ disse Elain.

Gatria levantou dando uma última boa olhada no lugar .

__ Quero que apague minha memória . __ decidiu .

__ Oquê? __ perguntou confusa .

__ Isso mesmo , não quero correr o risco de que a encontrem ou aos gêmeos . __ respondeu. __ tenho planos para o futuro, planos perigosos , e vocês não podem correr este risco comigo.

Elain também se levantou .

__ Oque pretende ? __ uma pergunta inocente.

Gatria sorriu.

__ Eu quero oque é meu . Oque eu mereço. __ respondeu simplesmente.

Elain sentiu a soberba em suas palavras, o ódio, a crueldade em seu sorriso. Mas apenas assentiu, pelo bem de Eileen e Argus , não pretendia saber do que se tratava o seu acerto de contas , embora fosse tão claro quanto os girassóis de sua estufa.

Ela ainda estava aprendendo sobre aquele poder , aquele dom , mas disse que tentaria. Ela aprofundou seu olhar nela conectando-se , encantando-a , certificando-se de apagar quaisquer lembrança recente que tivera desde que haviam se encontrado.

Manteve apenas uma , deixou que se lembrasse de Elain, para que nunca esquecesse dela .

Então ela atravessou de volta .

Ainda desnorteada e sem respostas conclusivas apenas se lembrou da floresta escura que a baniu sem mais nem menos dali. Ela se sentou na cama tendo uma sensação de que algo não estava certo , mas seja lá oque procurava ela não encontrou.

Encostado no canto da parede quase camuflado pelo escuro Middas perguntou  :

__ Achou oque encontrava enfim?

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