As luzes brancas do hospital foram a primeira coisa que Jongdae viu depois de ter desmaiado. Piscou algumas vezes até sua visão se acostumar a elas. Seu corpo doía da cabeça aos pés, tentou se levantar, mas não conseguiu. Havia uma agulha em seu braço e ele relaxou ao entender que estava seguro.
— Finalmente você acordou. – ouviu uma voz doce próxima de si. Virou a cabeça para os lados até encontrar Baekhyun em uma cama ao seu lado. O menor tinha um curativo na cabeça e alguns espalhados pelo braço.
De repente vários flashes da noite passada atingiram sua mente com força, estavam misturados e não conseguia processar todos claramente no momento, mas lembrou-se de ir defender Baekhyun, e que o mesmo estava sendo atacado pelo assassino. Lembrava-se de ter visto o garoto coberto de sangue, mas não sabia como tinha se machucado.
Quis se colocar sentado, mas não conseguia se mexer quase nada.
— Você levou um tombo feio e torceu o braço. – explicou o menor o olhando preocupado – Logo vai estar melhor. – sorriu de forma gentil.
Jongdae suspirou aliviado por não ter sofrido lesões mais graves, pensou que tivesse quebrado as pernas e as costelas no processo, mas felizmente não tinha sido tão sério.
— Os outros? – sabia que deviam estar bem ou Baekhyun não estaria com aquela expressão sossegada.
— Vivos. Inclusive Kyungsoo. – recebeu um olhar surpreso do moreno quando ouviu o nome do amigo – Resumindo, ele recebeu uma mensagem do assassino o dizendo para ir a uma localização específica, e lá encontrou um rapaz. – franziu o cenho – O resto eu também não sei. Ouvi isso pouco antes de nos levarem na ambulância.
— Parece que a nossa sorte é pior do que a deles. – brincou Jongdae fazendo o outro dar uma risada tímida.
•••
Minseok tinha deixado os meninos descansarem durante um tempo antes de fazer o interrogatório, sabia que eles estavam alterados demais durante a noite para responder qualquer coisa que não fossem gritos.
— Do Kyungsoo, pode me contar o que houve em detalhes, por favor? – pediu encarando o baixinho com atenção. Não tinha visto o assassino, então não saberia dizer a estatura dele, mas talvez pudesse descobrir isso de outra forma.
Minseok ficou intrigado com a repentina aparição do garoto. Não entendeu porque ele correu para a casa do amigo no dia do ataque e ainda dizendo ter ajudado um rapaz que nem mesmo ele conhecia.
— Eu estava indo com vocês até a sala onde o professor estava morto, mas antes que chegasse a porta recebi uma mensagem anônima. – ele tirou o celular e entregou ao detetive – Dizia para eu ir nessas coordenadas sozinho se não meus amigos morreriam. Eu sei que deveria ter chamado a polícia, mas fiquei com medo do que poderia acontecer, então somente fui. Cheguei numa cabana fora da cidade, era bem velha e acabada, e quando entrei encontrei Jongin acorrentado e com amordaças na boca. – ele fez uma pausa e encarou o rapaz moreno de cabeça baixa ao seu lado. Manteve-se estático e sem expressão durante todo o tempo que estiveram juntos – Eu o libertei e depois... – continuava encarando o maior com expressão de dúvida – Jongin, porque não conta para eles? História completa? – ele tocou levemente o ombro do garoto, que logo se sobressaltou, mas depois de olhar nos olhos do menor se tranquilizou. Desviou o rosto novamente para baixo. Por um instante Kyungsoo achou que ele não diria nada, mas não demorou para que o som da voz mais grave dele fosse ouvida.
— Fiquei órfão muito cedo... – ele parecia com dificuldade em falar – Fui adotado pelo meu tio, nunca o tinha visto antes, mas achei que fosse um ato de bondade... – cruzou os braços em sinal de desconforto – Mas quando ele me levou para sua casa, eu entendi.
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Scream [xiuchen]
FanfictionO retorno das aulas não poderia trazer consigo piores pesadelos naquela pacata cidadezinha. Kim Jongdae nunca poderia esperar que acabaria preso em um filme de terror organizado por um psicopata mascarado que iria mudar para sempre a história de vid...