Capítulo 5

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As luzes brancas do hospital foram a primeira coisa que Jongdae viu depois de ter desmaiado. Piscou algumas vezes até sua visão se acostumar a elas. Seu corpo doía da cabeça aos pés, tentou se levantar, mas não conseguiu. Havia uma agulha em seu braço e ele relaxou ao entender que estava seguro.

— Finalmente você acordou. – ouviu uma voz doce próxima de si. Virou a cabeça para os lados até encontrar Baekhyun em uma cama ao seu lado. O menor tinha um curativo na cabeça e alguns espalhados pelo braço.

De repente vários flashes da noite passada atingiram sua mente com força, estavam misturados e não conseguia processar todos claramente no momento, mas lembrou-se de ir defender Baekhyun, e que o mesmo estava sendo atacado pelo assassino. Lembrava-se de ter visto o garoto coberto de sangue, mas não sabia como tinha se machucado.

Quis se colocar sentado, mas não conseguia se mexer quase nada.

— Você levou um tombo feio e torceu o braço. – explicou o menor o olhando preocupado – Logo vai estar melhor. – sorriu de forma gentil.

Jongdae suspirou aliviado por não ter sofrido lesões mais graves, pensou que tivesse quebrado as pernas e as costelas no processo, mas felizmente não tinha sido tão sério.

— Os outros? – sabia que deviam estar bem ou Baekhyun não estaria com aquela expressão sossegada.

— Vivos. Inclusive Kyungsoo. – recebeu um olhar surpreso do moreno quando ouviu o nome do amigo – Resumindo, ele recebeu uma mensagem do assassino o dizendo para ir a uma localização específica, e lá encontrou um rapaz. – franziu o cenho – O resto eu também não sei. Ouvi isso pouco antes de nos levarem na ambulância.

— Parece que a nossa sorte é pior do que a deles. – brincou Jongdae fazendo o outro dar uma risada tímida.

•••

Minseok tinha deixado os meninos descansarem durante um tempo antes de fazer o interrogatório, sabia que eles estavam alterados demais durante a noite para responder qualquer coisa que não fossem gritos.

— Do Kyungsoo, pode me contar o que houve em detalhes, por favor? – pediu encarando o baixinho com atenção. Não tinha visto o assassino, então não saberia dizer a estatura dele, mas talvez pudesse descobrir isso de outra forma.

Minseok ficou intrigado com a repentina aparição do garoto. Não entendeu porque ele correu para a casa do amigo no dia do ataque e ainda dizendo ter ajudado um rapaz que nem mesmo ele conhecia.

— Eu estava indo com vocês até a sala onde o professor estava morto, mas antes que chegasse a porta recebi uma mensagem anônima. – ele tirou o celular e entregou ao detetive – Dizia para eu ir nessas coordenadas sozinho se não meus amigos morreriam. Eu sei que deveria ter chamado a polícia, mas fiquei com medo do que poderia acontecer, então somente fui. Cheguei numa cabana fora da cidade, era bem velha e acabada, e quando entrei encontrei Jongin acorrentado e com amordaças na boca. – ele fez uma pausa e encarou o rapaz moreno de cabeça baixa ao seu lado. Manteve-se estático e sem expressão durante todo o tempo que estiveram juntos – Eu o libertei e depois... – continuava encarando o maior com expressão de dúvida – Jongin, porque não conta para eles? História completa? – ele tocou levemente o ombro do garoto, que logo se sobressaltou, mas depois de olhar nos olhos do menor se tranquilizou. Desviou o rosto novamente para baixo. Por um instante Kyungsoo achou que ele não diria nada, mas não demorou para que o som da voz mais grave dele fosse ouvida.

— Fiquei órfão muito cedo... – ele parecia com dificuldade em falar – Fui adotado pelo meu tio, nunca o tinha visto antes, mas achei que fosse um ato de bondade... – cruzou os braços em sinal de desconforto – Mas quando ele me levou para sua casa, eu entendi.

Scream [xiuchen]Onde histórias criam vida. Descubra agora