O carro parou assim que avistaram o bar. Minseok pode ver a expressão assustada de Jongdae que não conseguia tirar os olhos do local. Seus lábios estavam entreabertos e sua testa franzida, por mais que ele fosse corajoso, qualquer um teria aquela reação quando chegasse naquele lugar. O rapaz observava a construção de madeira com várias tábuas soltas e tudo descascando como se fosse um abandonado.
— Quem vive aqui? – indagou o mais novo olhando ao redor e não encontrando nada além da estrada – Uma família de canibais? – Minseok não pode evitar de achar aquilo engraçado.
— Não posso lhe contar agora, mas fico feliz em ver que realmente parece que nunca viu esse bar antes. – começou a caminhar em direção ao local e o rapaz o seguiu sem tirar aquela expressão de antes.
— Pode ter certeza que eu nunca esqueceria um lugar desses. – ele riu agora achando a situação divertida – Tenho certeza que O Massacre da Serra Elétrica foi filmado aqui. – continuou rindo e pode ver um sorriso do detetive, mas não disse nada. Ficava feliz em saber que ele parecia ser o único que conseguia ter aquela reação vinda do mais velho.
Minseok abriu a porta cheia de furos e que rangiu com um som estridente por conta de seu estado, Jongdae achou que a porta fosse cair diante de qualquer movimento. Um cheiro de pó misturado com bebida alcoólica invadiu suas narinas e ele logo tapou o rosto com as mãos tossindo. Não havia muita luz dentro do local, as lâmpadas estavam mais piscando do que iluminando, e seus fios elétricos estavam aparecendo. O rapaz observou o chão cheio de tábuas soltas e ficou com medo de cair sobre elas num porão escuro como aqueles filmes que assistiu.
Não demorou para que visse um homem velho e barbudo atrás do balcão e deu um pulo quando viu seus olhos arregalados e loucos para ele. Ficaram apenas se encarando por um tempo, Minseok também não disse nada enquanto observava a reação do idoso.
— Você parece com meu menino! – o homem começou a chorar e pegou mais uns copos e os encheu de uma bebida que parecia estar aberta por anos – Meu filho! Eles mataram meu filho! – bateu um copo no balcão enquanto as lágrimas molhavam sua barba enorme e cinza.
Jongdae olhou para Minseok em busca de uma explicação, mas achou estranho quando o mesmo deu um sorriso para ele. Fez sinal para que o acompanhasse e ambos sentaram nos bancos descascados diante do homem estranho que parecia ter saído de um sanatório. Jongdae pode jurar que se colocasse mais peso acima daquele banco cairia, ouvia até a madeira estalando um pouco, mas manteve a postura.
O velho colocou dois copos em frente a eles e encheu de duas bebidas aleatórias que encontrou ali. Ele não parecia processar o que estava fazendo, era como se estivesse em modo automático e que sua mente e corpo tinham perdido a ligação.
— Quem é seu filho? – perguntou Jongdae vendo que Minseok não responderia suas perguntas ali.
— Um menino especial... – ele chorava novamente enquanto bebia e deixava sua barba molhada – Eles mataram ele... O fizeram se matar... – apertava o copo em suas mãos com tanta força que Jongdae viu sua mão ficar branca.
Para a surpresa do mesmo, o detetive começou a fazer perguntas ao homem também. No momento ele apenas deixou que ele conduzisse aquela conversa.
— Trouxe meu amigo para ajudar a me vingar de quem matou seu filho. – o mais novo sabia que aquilo era apenas para fazer o homem falar, mas Minseok conseguia ter tanta veracidade nas palavras que até quem não é insano acreditaria facilmente que ele estava falando sério – Pode me dar os nomes de quem fez isso? – seu olhar não desgrudava um minuto do homem, que estava agora com a boca aberta e os olhos ainda mais arregalados.
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Scream [xiuchen]
FanfictionO retorno das aulas não poderia trazer consigo piores pesadelos naquela pacata cidadezinha. Kim Jongdae nunca poderia esperar que acabaria preso em um filme de terror organizado por um psicopata mascarado que iria mudar para sempre a história de vid...