Capítulo 7

133 21 79
                                    


O carro parou assim que avistaram o bar. Minseok pode ver a expressão assustada de Jongdae que não conseguia tirar os olhos do local. Seus lábios estavam entreabertos e sua testa franzida, por mais que ele fosse corajoso, qualquer um teria aquela reação quando chegasse naquele lugar. O rapaz observava a construção de madeira com várias tábuas soltas e tudo descascando como se fosse um abandonado.

— Quem vive aqui? – indagou o mais novo olhando ao redor e não encontrando nada além da estrada – Uma família de canibais? – Minseok não pode evitar de achar aquilo engraçado.

— Não posso lhe contar agora, mas fico feliz em ver que realmente parece que nunca viu esse bar antes. – começou a caminhar em direção ao local e o rapaz o seguiu sem tirar aquela expressão de antes.

— Pode ter certeza que eu nunca esqueceria um lugar desses. – ele riu agora achando a situação divertida – Tenho certeza que O Massacre da Serra Elétrica foi filmado aqui. – continuou rindo e pode ver um sorriso do detetive, mas não disse nada. Ficava feliz em saber que ele parecia ser o único que conseguia ter aquela reação vinda do mais velho.

Minseok abriu a porta cheia de furos e que rangiu com um som estridente por conta de seu estado, Jongdae achou que a porta fosse cair diante de qualquer movimento. Um cheiro de pó misturado com bebida alcoólica invadiu suas narinas e ele logo tapou o rosto com as mãos tossindo. Não havia muita luz dentro do local, as lâmpadas estavam mais piscando do que iluminando, e seus fios elétricos estavam aparecendo. O rapaz observou o chão cheio de tábuas soltas e ficou com medo de cair sobre elas num porão escuro como aqueles filmes que assistiu.

Não demorou para que visse um homem velho e barbudo atrás do balcão e deu um pulo quando viu seus olhos arregalados e loucos para ele. Ficaram apenas se encarando por um tempo, Minseok também não disse nada enquanto observava a reação do idoso.

— Você parece com meu menino! – o homem começou a chorar e pegou mais uns copos e os encheu de uma bebida que parecia estar aberta por anos – Meu filho! Eles mataram meu filho! – bateu um copo no balcão enquanto as lágrimas molhavam sua barba enorme e cinza.

Jongdae olhou para Minseok em busca de uma explicação, mas achou estranho quando o mesmo deu um sorriso para ele. Fez sinal para que o acompanhasse e ambos sentaram nos bancos descascados diante do homem estranho que parecia ter saído de um sanatório. Jongdae pode jurar que se colocasse mais peso acima daquele banco cairia, ouvia até a madeira estalando um pouco, mas manteve a postura.

O velho colocou dois copos em frente a eles e encheu de duas bebidas aleatórias que encontrou ali. Ele não parecia processar o que estava fazendo, era como se estivesse em modo automático e que sua mente e corpo tinham perdido a ligação.

— Quem é seu filho? – perguntou Jongdae vendo que Minseok não responderia suas perguntas ali.

— Um menino especial... – ele chorava novamente enquanto bebia e deixava sua barba molhada – Eles mataram ele... O fizeram se matar... – apertava o copo em suas mãos com tanta força que Jongdae viu sua mão ficar branca.

Para a surpresa do mesmo, o detetive começou a fazer perguntas ao homem também. No momento ele apenas deixou que ele conduzisse aquela conversa.

— Trouxe meu amigo para ajudar a me vingar de quem matou seu filho. – o mais novo sabia que aquilo era apenas para fazer o homem falar, mas Minseok conseguia ter tanta veracidade nas palavras que até quem não é insano acreditaria facilmente que ele estava falando sério – Pode me dar os nomes de quem fez isso? – seu olhar não desgrudava um minuto do homem, que estava agora com a boca aberta e os olhos ainda mais arregalados.

Scream [xiuchen]Onde histórias criam vida. Descubra agora