Eu, Brad e Riley estamos nos degraus do terceiro andar da escola, uma parte que está em reforma e ninguém acessa durante a parte da manhã.
Virou o nosso lugar, nós vamos para ele quando estamos com aula livre, ou querendo matar aula, ou só matar tempo entre os horários.
— Savannah, que você era doida eu já sabia, mas parece que piorou desde que voltou dessa viagem com a sua mãe. — Brad diz repentinamente.
Solto a fumaça do cigarro lentamente da minha boca, Riley fazendo uma careta de desgosto e balançando as mãos dramaticamente na tentativa de afastar a fumaça de si.
Ela odeia tudo que eu uso, seja maconha, estimulantes e até álcool.
Mas quando estamos nas festas, obviamente seus princípios vão ralo à baixo e ela bebe de boa vontade junto comigo.
— E como você chegou nessa conclusão? — franzo a sobrancelha passando o cigarro para o loiro.
— Sei lá, você está estranha. — dá de ombros.
— Uau, que ótimo argumento. — Riley zomba e eu rio concordando.
Brad rola os olhos, começando a falar depois de tragar.
— Você consegue explicar melhor que eu? — desafia a morena.
Sim, a rivalidade constante dos dois também inclui "quem prova melhor que a Savannah é uma fodida".
— Claro. — estufa o peito, começando a listar os itens que pareciam já estar prontos em sua mente. — O uso excessivo de maconha, a quantidade de sexo com desconhecidos e a falta de interesses em coisas que não sejam festas, drogas ou relações sexuais. — diz de forma metódica.
Solto uma risada sem humor.
— Está falando sério? Agora não posso nem transar em paz? — pergunto com humor.
Brad parece pensativo, os olhos semicerrados enquanto ele balança a cabeça.
Como se Brad pensasse...
— Você está certa. — diz perplexo para Riley. — E ela ficou estranhamente tranquila depois que eu a impedi de comprar aquelas merdas que ela usava. — pondera como se estivessem reconstituindo um crime, encaixando as peças de um quebra-cabeça que nem sequer existe.
É, ele ainda não sabe sobre eu ocasionalmente pegar seus comprimidos. O que é bom, significa que está dando certo.
E sim, eu sei que não tem jeito nenhum disso terminar bem, mas, cara, eu vou aproveitar muito até lá.
— Você preferiria que eu continuasse com raiva de você? — indago para o garoto. — Porque, olha, não precisa pedir duas vezes. — dou a última tragada no cigarro, me pondo de pé e jogando a bituca no chão, pisando com a minha bota.
— Não, não quero que fiquei com raiva de mim. — diz sem emoção. — Mas você usava ecstasy pra caralho, é estranho você não contestar tanto ou não me dar um chute na bolas depois que o cara parou de te vender por minha causa.
Solto um suspiro impaciente.
— Que merda, vocês precisam criticar tudo que eu faço? Se eu estou usando, vocês reclamam. Se eu não estou usando, vocês reclamam também. O que eu devo fazer!? — pergunto irritadiça lançando meus braços ao ar num gesto de frustração.
— A gente só está falando que o jeito que você está lidando não parece muito saudável, Annah! Qual é, você realmente acha que transar com a escola toda vai ajudar alguma coisa nessa vida? — Riley se levanta também, me imitando.
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Savannah Taylor
Ficção Adolescente[+16] Como descrever Savannah Taylor? Bem, ela é a Savannah. Colegas de sala a definiriam como sem coração, professores como pouco esforçada e quem teve a sorte - ou o azar, dependendo do ponto de vista - de se envolver com ela como uma vadia arroga...