Segundo Livro da série Doce Paixão
Depois de viverem uma vida conturbada e vigiada por toda a Hollywood, Mary Evans e Chris Evans aprenderam a finalmente viver um para o outro, sem medo do mundo a fora.
Com a chegada da pequena Zoe o casal conquist...
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8 de janeiro de 2021 7:37 PM, Los Angeles.
(...)
— A minha bolsa estourou Christopher ! — levanto a cabeça em sua direção tentando não parecer desperada com o líquido que descia em abundância por minhas pernas.
Um choque parece tê-lo atingido, em um movimento rápido ele está diante de mim passando seus braços fortes ao meu redor e em seguida me suspendendo no ar junto ao seu corpo. Eu o olho confusa tentando entender o quê ele estava fazendo, consigo ver o desespero em seu olhar e só de tocar em sua pele é possível sentir o tamanho da adrenalina que corria de sua cabeça aos pés.
— Amélia a bolsa da Zoe está em cima da poltrona que fica ao lado do berço dela, a bolsa da Mary está na parte de cima do meu armário, por favor, vai rápido enquanto eu a coloco no carro ! — Com a ajuda do meu pai que corre para a porta na intenção de facilitar a saída do genro, nós deixamos a casa e no mesmo instante sinto o vento gélido da noite de Los Angeles agredir a minha pele.
— Carly vai ! Eu fico com as crianças — Ouço a voz de Shanna ordenar abafada atrás de mim, que ainda sendo levada no colo do meu marido com cuidado até o carro.
Eu nem percebo o momento em que Chris abre a porta do veículo, as dores que antes estavam espaçadas e fracas, parecem me esmagar em um intervalo de cinco minutos, eu não fazia ideia de que Zoe iria dar as caras assim que completassemos a semana 37 e por esse motivo não imaginei que provavelmente havia entrado em trabalho de parto há algumas horas atrás.
Minha mão desce até a superfície dura e minha cabeça cai para trás no encosto do banco traseiro, sem me importar com os tímpanos alheios, eu grito cada vez que sinto uma nova onda de dor me atingir com mais força entre minhas respirações. Meu corpo parece reagir no momento errado e seguindo os seus estímulos eu empurro, tentando me aliviar da pressão que crescia gradativamente. Eu me perco no que pareciam alucinações, deixo minha mente vaguear pela dor abrupta que me arrancava o ar a cada clique do relógio. De relance posso ver os olhos de Chris me procurarem e quando se encontram com os meus sua expressão preocupada e aflita aumenta. É notório o desespero em sua face e quem o olhasse podia jurar que a grávida ali era ele.
— Meu amor tenta segurar, nós já estamos indo ! — a porta bate recebendo Amélia dentro do veículo e junto com o gesto da mulher meu coração também reage.
— AHHHHHHH — grito — Por favor liga a MERDA do carro — agonizo cerrando a mandíbula no processo.
— Acelera Chris, eu pulo para a parte de trás, ela precisa de ajuda durante o caminho — incentivando o cunhado ela faz o que propõe, se ajeitando no banco quando cai de maneira desajeitada nele.
