No fundo, senti um gostinho de vitória. Eu estava realmente decidida a mostrar para o senhor ignorante Ferri, que sou capaz de tomar conta de uma criança de cinco anos, sim. Estou decidida a mostrar que não sou nenhuma "menininha", como ele sempre insinua.
Maurice é lindo e idiota, tudo na mesma proporção. Por que ele tem que ser tão, tão... Ah, melhor deixar pra lá.
— Antes que eu me esqueça, senhora Melinda, que tamanho você veste? — Perguntou me analisando da cabeça aos pés.
— Visto tamanho "M" senhor F...
— Maurice, por favor. — Ele me interrompeu, lembrando-me como quer ser chamado. "Como sou distraída", já tinha esquecido que ele me pediu para chamá-lo de Maurice.
— Ah, sim. Ok!
— Irei providenciar seu uniforme, acho que temos o seu tamanho no quarto das babás. — Ele falou me lançando um olhar faminto.
Por Deus! Meu corpo respondeu imediatamente à voz do meu patrão. Cruzo de imediato minhas pernas para aliviar o formigamento repentino, que me deixou inquieta. Ele não precisa fazer muito para me causar essas sensações constrangedoras e desconhecidas. Apenas um olhar diferente e eu me estremeço por completo. Enrijeci os ombros, senti vergonha e acho que ele percebeu, pois um sorrisinho se formou em seus lábios.
O senhor Ferri poderia sorrir mais. Se ele soubesse o quanto fica mais bonito sorrindo! Seus lábios carnudos, a boca desenhada perfeitamente em formato de coração, formam um conjunto tentação.
— Quarto? — Questionei.
— Sim, todos os nossos empregados têm um quarto para descanso. Sabe Melinda, não sou tão ruim assim, tenho consciência de que cuidar de uma criança não é tão fácil. Acredito que as babás também precisam de descanso, enquanto as crianças dormem. Não significa que você terá que dormir no trabalho, é só para você descansar, nas horas vagas.
Eu finalmente senti um pouco de humanidade no meu patrão. Ele parecia tão frio, é o tipo de homem que arranca das mulheres raiva e tesão, ao mesmo tempo. Este homem só pode ser diabólico.
Nos levantamos e saímos do escritório para eu começar a trabalhar. Quando chegamos na sala, avistei uma figurinha muito fofa sentada no sofá, entretida assistindo desenhos. A mesma expressão que vi em seu pai quando conversamos, muito séria a miniatura Ferri.
— MEL! — Sophia correu para me abraçar e seus olhinhos, seus olhinhos, azuis como o céu, ganharam mais brilho . — Você vai ser minha babá? — Olhei para trás sabendo que seu pai ainda me observava, sim ele estava logo atrás, em pé com as mãos nos bolsos, mantendo sua postura "superior" de um CEO.
— Sim, eu vou ser sua nova babá! — Abaixei ficando na mesma altura e correspondi ao seu abraço.
— Carminha. — Maurice a chamou.
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Dona da minha perdição, o CEO {Degustação}
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