Capítulo 12 - Sonhos São Quase Sempre Sonhos

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— Chris?

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— Chris?

Me mexo na minha cama, virando para onde o som da voz vinha.
— O que houve, por quê está assim? Amiga eu te conheço bem e sei que aí tem coisas, desembucha logo. Nat está em pé próxima a minha porta, e claro que ela teria as chaves de todos quartos.

— Nada? Só estava com dor de cabeça, então decidi vir deitar um pouco. — Falo meia verdade, eu estava realmente com um pouco de dor de cabeça.

— Hã, o Bucky tinha me pedido para dar uma olhada em você, foi por isso que estranhei um pouco. — Diz saindo da porta e aproximando mais da minha cama — Ele parecia preocupado com alguma coisa. — Senta no espaço vazio à minha frente.

— Ele disse mais alguma coisa? — Perguntei, mas pela a sua cara percebo que ela estranhou mais ainda.

— Não, ele só queria ter certeza de que você estava bem, o que me deixou ainda mais com uma pulguinha querendo coçar bastante atrás da minha orelha. Me diz o que realmente houve Chris, ele saiu fora de si de novo? Ele te machucou? — Seu semblante muda para preocupação.

— O que? Claro que não. — Saiu da cama. — E mesmo se ele tivesse saído de si de novo e tivesse tentado me machucar eu sei me defender ou você esqueceu que fomos treinadas juntas? — Fico em pé na sua frente cruzando os braços em forma de indignação. — Assim você me magoa, tá? — Faço um beicinho de gozação com a cara dela.

— Desculpa, não era essa a minha intenção, mas vamos aos pontos, primeiro: Você nunca foi muito boa em lutar. Segundo: Você tinha pena dos seus oponentes. — Ela diz tudo isso com um sozinho zombeteiro no rosto. — Lembra do Matthew? Aquele loirinho que você quebrou o nariz com um soco e depois quem chorou foi você? O Matthew que teve que te consolar.

— Como não lembrar, eu senti o nariz dele quebrar na minha mão, foi agoniante Nat e por isso que prefiro dar chutes em vez de socos. — Digo rindo. — Mas então, como foi a missão? Era o Loki? — Juro que tentei não passar entusiasmo na minha voz.

— Para a sua decepção piranha assanhada, não era o Loki. Senta aqui e chora no meu colo agora, brincadeira. Ela levanta de onde estava e vai até a cadeira ao lado do computador. — Na verdade era o seu primo. — Aquilo gelou minhas entranhas.

— Vocês lutaram com o Tony? — Faço uma pergunta besta, posso ver que não teve luta pelo o estado perfeito da Natasha, mas a luta pode ter sido somente entre o Tony e o Steve. — Como o Tony estava? E cadê o Steve e o Sam?

— Calma Cristina, não teve luta nenhuma... quer dizer, entre nós não, o Steve e seu primo trabalharam juntos hoje, uma das máquinas o seu primo acabou saindo do controle, mas já foi tudo resolvido.

— Ah menos mau. E como ele está? Ainda com muita raiva? — Nat pareceu pensar um pouco antes de responder.

— Não acho que ele esteja com raiva da gente, não totalmente. Ele só precisa compreender que nem tudo foi culpa do Bucky, mas ele vai abrir os olhos e ver a verdade. Bom, vou tomar um banho. — Diz levantando da cama. — Já jantou? Pedimos pizza, bem provável que o Sam e o Steve já tenham devorado quase tudo.

— Não obrigada, mas vou passar. Minha cabeça está me matando, então vou ficar e dormir, amanhã você me conta mais. — Volto para minha cama confortável, aprendi a chamar aquele prédio abandonado de lar, só posso estar louca.

— Está bem... ah eu estava pensando, e que tal a gente treinar um pouco amanhã, você deve estar bem fora de forma. — Ela abre a porta para ir embora do quarto, mas não sai até eu dar minha resposta.

— ah tá ok... Tudo bem, mas vou fazer de você tapete de chão, vou logo falando só para não vir reclamar depois. — Fala mostrando minha cara de durona, que nem chega perto da dela.

— aham, veremos veremos, sonhe muito com isso. — Depois disso sai me deixando sozinha.

Decido realmente deitar e ir dormir.
Mas aquele beijo me fez rolar na cama por horas.

Amanhã vou estar mais horrível que o normal.

Não sei o que deu em mim, eu só precisava muito beijá-la.
Desde do primeiro dia em que Christina pisou nesse lugar largado por Deus e o mundo, mas pelo visto não por nós, eu sempre estive de olho nela. Não sabia o que era, mas hoje pude ver o que sinto é uma atração enorme por ela, me sinto atraído por aqueles olhos castanhos, por seu corpo maravilhoso, suas curva perfeitas quando ela anda naqueles saltos ou até mesmo por sua expressões de raiva em seu rosto quando nada está indo como gostaria, a sua boca... ahh aquela boca, e como eu imaginei como eram aqueles lábios, tão macios e o seu sabor delicioso.

Ahhh tenho que afastar esses pensamentos, antes que seja tarde demais, como vou poder explicar a ereção que cresceu na minha calça só de estar olhando para um microscópio ao pessoal? O Steve me conhece de antes e sabe como sou, ele vai saber que eu estava pensando em alguém, certo? Mas e os outros, vão me achar pervertido, sem sombra de dúvidas.

Nat falou que Christina estava apenas com dores de cabeça, mas que ela garantiu que não estava mal, estava apenas cansada. Ela não disse nada sobre o beijo, não sei se me sinto aliviado ou inseguro.

Eu, inseguro? Posso não me lembrar de como fui a algumas décadas até aqui, mas antes tenho certeza que insegurança não era meu forte.

E o poder que Christina tem sobre mim, ela está a ponto de me deixar louco. Não, mas isso não vai ser tão fácil assim, ela também sente algo por mim, pude sentir isso através do beijo que compartilhamos.

Gosto dela e isso já está bem claro na minha mente, posso não ser do gosto dela, mas ela também se sente atraída.

Será que é o braço? Ou pode ser o lance do primo dela, ela está certa. Eu também não confiaria em mim mesmo neste ponto.

Mas eu gostaria muito de tê-la para mim.

Para falar a verdade não sei como consegui dormir, mas foi como magia. Hoje vou dar continuidade aos medicamentos do Bucky e pretendo o ignorar o máximo possível, vai ser difícil, mas tenho que tentar. "YEP, VAI NESSA GAROTA"

Desço para o lugar onde fazemos as refeições e estão todos na mesa, menos o maldito cujo que sobrou meus sonhos durante a noite. Não posso dizer que foi um assombro, foi até bom.

— Bom dia. — apenas digo pegando uma caneca e indo colocar café.

— Está tudo bem hoje?. — Nat me faz a pergunta, olho para ela confusa. Ela estava sentada na mesa junto ao Steve, muito perto um do outro e Sam estava de frente a TV vendo noticiários. — Sua cabeça? Está melhor? — Lembro da conversa de ontem e da meia desculpa que tinha dado a ela.

— Sim, está ótima. Tomei uma aspirina e acabei capotando em seguida. — Sento a duas cadeiras a sua distância, não queria estragar o que quer que estava rolando ali. — Cadê o James? — levo a xícara à boca, soprando o vapor do café.

— Estou aqui. — Sua voz me pega de surpresa, quase me fazendo cuspir tudo. Ele vinha da porta dos fundos, com uma blusa regata branca, ele estava suado, seus braços estavam expostos, seu cabelo amarrado em um coque samurai, ele estava a perfeição vivida a minha frente.

Depois disso eu acabei achando que ainda estava sonhando com o maldito do Bucky.

<3

He changed the world forever.// Bucky BarnesOnde histórias criam vida. Descubra agora