Capítulo 52 - A perda

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Maya Bishop POV

Naquela fração de segundos meu corpo ficou estático, a visão de Carina jogada no chão suja de sangue fez todo meu corpo parar. Como se tivesse entrado em outra dimensão na qual eu só conseguia temer sua perda. Eu poderia ouvir a minha respiração e os batimentos cardíacos lentos, quase parando. Ela não estava sozinha, havia alguém no chão junto a ela, com o corpo próximo ao seu, tornando a cena ainda mais espantosa.

Meus olhos desviaram de Carina e pousaram na loira que permanecia com o objeto pesado nas mãos. Nicole colocou os olhos em mim, e sua expressão era quase indefinida. Um misto de medo, desespero e raiva. E como um estopim sendo conectado ao fogo, eu despertei.

- Você... Você a matou! - Soltei um fio de voz - Filha da puta você a matou! – Eu gritei em desespero.

Meu único pensamento naquele instante foi:

"Se ela havia tirado o meu mundo, eu tiraria o dela."

Então eu já não tive mais controle de mim, partir para cima de Nicole com uma velocidade assustadora. A raiva e a dor explodiram em meu peito de forma tão louca e irracional que a minha única vontade agora era de matá-la. Eu empurrei seu corpo com força, fazendo a mesma cair sobra à pequena mesa de canto derrubando todos os objetos no chão. Ela me encarou assustada, deixando que a pistola na qual havia atirado em Carina caísse para baixo da estante. Eu fui para cima dela e puxei seu corpo pela blusa na qual ela vestia, jogando a mulher no chão com força.

- Me larga! – Ela gritou desesperada.

Eu rapidamente me coloquei sobre ela, prendando seu corpo no chão. E com uma força descomunal eu soquei seu rosto. Uma, duas, três vezes até ver o sangue sair de seu nariz.

- Eu vou acabar com a sua vida! – Disse chorando de forma desesperada, enquanto acertava a mulher com força.

- Sua Maldita! – Ela gritou tentando me empurrar.

- Você a matou! Você matou Carina! – Gritei em meios as lagrimas que escorriam.

- Saia! – Me empurrava novamente.

Mas meu corpo estava simplesmente sem controle, eu batia na mulher com raiva, dor e o ódio que havia se construído em poucos segundos nos quais vi Carina no chão. Nicole conseguiu colocar as mãos em meu pescoço no qual arranhou com força, me fazendo grunhir em dor. Mas eu não iria desistir. Esbofeteei seu rosto sem dó e nem piedade, eu a mataria a sangue frio. Eu nem sequer conseguia sentir a dor de meu punho batendo com força na mulher, e nem de suas tentativas falhas de me fazer parar. Era como se uma descarga de adrenalina estivesse acontecendo, aflorando meus instintos mais pavorosos.

- Você vai – Acertei um forte tapa. – Me pagar por isso! – Gritei socando seu rosto.

A mulher gritava em meio aos seus prantos desesperados, e um deslize ela me segurou com força. Virando seu corpo contra o meu, fazendo-me cair no chão. Nicole me acertou um tapa que com toda certeza ficaria marcado, suas mãos vinham em minha direção quase de forma desesperada na busca de se defender. Tentei segurar seus braços, mas estava quase impossível. Agarrei em seus cabelos desgrenhados, puxando com força que a fez gritar. A mulher por uma fração de segundos se distraiu com a dor me dando a chance de virar a situação. Empurrei ela com força, fazendo ela bater na mesa principal.

- Sua filha da puta! Maldita! Você não vai ficar viva! – Gritei partindo para cima dela novamente, sentindo minhas mãos tremulas, meu rosto molhado pelas lagrimas que não paravam.

Eu a puxei pelo pano da blusa, inclinando seu corpo para cima, e no instante seguinte arremessarei um soco forte em sua boca que impulsionou o corpo da mulher contra o chão, batendo sua cabeça com força. Repeti o ato diversas vezes em um descontrole furioso e doentio. Até que ela em uma falha tentativa esticou os braços quase sem força para pegar algo. No mesmo instante busquei o que ela tanto queria, e apenas notei o brilho da pistola prata jogada debaixo da estante. E bati em seu rosto com mais fúria, fazendo sua cabeça mexer de um lado oposto aos murros. Minhas mãos começaram a doer demais, e eu rapidamente me levantei, pegando a arma do chão.

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