Árvore - 31

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Não demorei muito para voltar para cozinha, assim que adentrei a mesma Day já havia terminado de cortar os tomates, não perdi muito mais tempo ali e fui fazer a massa que ela havia deixada separada. Não demoramos muito tempo fazendo o jantar já que nós duas o fizemos juntas, então em alguns minutos nós duas já estávamos na mesa com nossas gatas ao nosso redor.

- A gente precisa de um nomes para elas. - Day disse enquanto com uma mão comia e a outra acariciava a gata de pelo branco no seu colo.

- O que você acha de Kiana e Clarie? - Perguntei.

Ela sorriu largo concordando com a cabeça.

- Inclusive, eu estava pensando numa coisa. Sabe a parede branca do meu escritório lá em cima? - Ela concordou com a cabeça, haviam alguns meses que eu e Day havíamos mudado para um duplex, então no andar de cima ficavam nosso escritórios e uma área de lazer relativamente pequena com uma piscina também não tão grande.

- Sei.

- Eu queria pintar algo nela, mas acho que vou precisar da sua ajuda.

- O que cê quer fazer?

- Uma árvore. - Respondi.

- Ué, tu quer minha ajuda para fazer uma árvore?

- Quero, mas é porquê é um árvore grande amor. Tipo do chão ao teto. - Esclareci. - Tô pensando em puxar um galhos nela e sei lá desenhar coisas que eu considero importantes na minha vida, uma coisa meio brega e clichê mas que eu gostei.

- Eu te ajudo, só me chamar quando cê for fazer.

- Então, eu meio que estava pensando em fazer isso agora. - Dei um sorriso.

- Tá, deixa só eu colocar comida para Clarie e a Kiana.

- Eu lavo a louça enquanto isso. - Respondi me levantando.

Após termos feito o que nós falamos que iriamos fazer não enrolamos e logo subimos as escadas até o andar de cima. Entramos no escritório e eu encarei a parede branca enorme, atrás de mim podia ouvir Dayane procurando por minhas tintas.

- Carol, tu sumiu com as suas tintas foi? - Ela riu.

- Não, você que está olhando na gaveta errada.

- Não tô nã...- Day parou de falar e eu me virei para ver o motivo, ri ao ver ela com as tintas na mão.

- Falei.

- Fica quieta vai. - Ela riu.

Sorri e nós começamos a pintar a parede juntas, aquilo iria levar um longo tempo.

[...]

Quando estávamos quase no fim Day parou de pintar e olhou para o que eu fazia.

- Um anel? - Ela perguntou ao chegar perto do galho que eu estava fazendo.

- É.

- Por que? Calma, é nossa aliança?

- Poderia ser, mas não.

- Certo... - Ela disse meio desconfiada e eu ri parando de pintar e indo até a gaveta errada que Dayane estava procurando as tintas antes. - É o que então? Eu vou descobrir se você não me contar. 

- Não da nem para te fazer uma surpresa, mulher. - Eu resmunguei tirando a caixinha da gaveta.

- Carol? - Ela disse confusa ao ver a caixinha na minha mão.

- Não foi assim que eu pensei em fazer isso, eu ia te levar pra sair e tudo mais. Porém, tá certo, acho que qualquer lugar vai ser o certo porquê é com você. - Sorri nervosa.

- Cê tá fazendo o que eu acho que você tá fazendo?

- Eu acho que sim. - Sorri. - Cê sabe que eu não sou boa com as palavras, mas vamos tentar. Day, eu e você foi... A coisa mais louca e aleatória que me aconteceu, quando que eu ia imaginar que a mulher que ficou comigo no carnaval era o amor da minha vida? Mas foi perfeito assim, eu sei que não mudaria nada. A gente tem essa sintonia que eu não sei nem explicar, a gente se comunica no olhar e... - Eu parei de falar quando Dayane me interrompeu me beijando.

- Eu quero, porra, eu quero muito.

- Mas eu nem terminei? - Sorri ainda com seus lábios colados nos meus.

- Eu sei, desculpa, é só que eu estava olhando para você toda nervosa e eu só queria te beijar. - Eu ri.

- Você estragou meu discurso. - Eu ri abraçando sua cintura.

- Estraguei nada, se fosse um filme ou um romance do John Green teria sido um momento lindo. - Ela rebateu sorrindo. - Eu te amo.

- Eu te amo. - Respondi com um sorriso do tamanho do dela.

- Eu preciso te confessar uma coisa. - Ela disse se sentando melhor no meu colo.

- Fala.

- Eu ia te pedir em casamento também. Já tinha até a aliança. - Ela disse.

- Mentira.

- É sério, tá lá em baixo.

Eu ri sem acreditar naquilo.

- Imagina se tivesse sido ao mesmo tempo? - Eu comentei.

- Eu ia dizer que a gente tem sintonia até para se pedir em casamento. - Ela riu.

- Vai lá buscar, eu quero ver. - Eu disse.

Ela se levantou e desceu, foi coisa rápida mas quando ela subiu vi que ela havia sido seguida por Clarie e Kiana, sorri com isso. Dayane se sentou na minha frente e abriu a caixinha revelando um anel relativamente parecido com o meu. Como eu e Day preferíamos anéis mais finos acabamos comprando anéis parecidos demais.

- E agora? Qual a gente usa? - Ela perguntou.

- A sua. - Eu disse, de fato havia gostado mais das que ela comprou.

- Mesmo tendo sido você a pedir?

- Claro, eu gostei mais das suas. - Respondi.

Ela riu e concordou com cabeça enquanto tirava os dois anéis da caixinha e ela colocou um no meu dedo. Peguei o outro anel em sua mão e coloquei em seu dedo, nós duas não conseguíamos parar de sorrir. Parecia que a qualquer momento meu rosto ia rasgar.

- Não tô nem acreditando. - Day declarou se deitando no chão. Clarie não perdeu tempo em pular em sua barriga e deitar nela.

Eu me deitei ao lado dela e a olhei de lado.

- Digo o mesmo. - Sorri ao sentir Kiana em cima de mim.

- Eu não consigo parar de dizer. - Ela começou. - Te amo.

Eu neguei com a cabeça sorrindo e respondi que a amava também. Porra, eu finalmente ia casar com ela, era um sonho mesmo. 

Amor de Carnaval - DAYROLOnde histórias criam vida. Descubra agora