II

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Draco estava ansioso para falar com Harry.

Depois que o banquete de boas-vindas acabou, os alunos foram mandados para suas respectivas casas, então Malfoy não pôde vê-lo.

Ele estava andando apressadamente pelos corredores, deixando as masmorras, subindo as escadas que levavam para a Torre da Grifinória. Draco deu um sorriso satisfeito, suspirando feliz ao notar que estava chegando.

Infelizmente, sua paz foi arruinada por duas crianças do primeiro ano, que se encontravam chorando. Elas estavam sentadas contra a parede, se abraçando — provavelmente com saudade de casa.

— Oi, Dray! — Malfoy pensou estar sonhando, mas a voz de Harry ecoou no corredor estreito e Draco virou-se para ver onde ele estava.

— Potty! Eu estava com tanta saudade de você, argh! — o loiro exclamou animado, mas franziu o cenho, vendo que Harry estava encarando as crianças chorando, com um olhar de pena.

— Está tudo bem com voc...

Draco não deixou Harry continuar conversando com as crianças, e puxou seu braço com firmeza, mas sem força, trazendo-o para si.

— Vamos embora, essas crianças que fiquem chorando. — Malfoy caminhou com Potter ao seu lado até a Torre da Grifinória, esperando o moreno proferir a senha para a Mulher Gorda.

— Coitadas, Dray! — Harry exclamou, mas o loiro somente revirou os olhos, mostrando a língua para elas.

Eles passaram pelo quadro e entraram. Como Draco sempre ia lá, todos os alunos já o conheciam e não se importavam com a sua presença na casa.

— Oi, Draco! Como foram as férias? — um quintuanista perguntou.

— Foram boas, obrigado. E as suas? — respondeu educadamente, indo até os sofás em volta da lareira.

— Veio cedo esse ano, Malfoy! Quer jogar snap-explosivo mais tarde? — Dean Thomas indagou. Ele estava sentado em uma mesa junto com Simas, seu namorado. Os dois começaram a namorar desde o quarto ano, logo antes da segunda prova do Torneio Tribruxo.

Cedric Digorry havia ganhando o campeonato. A vitória havia rendido-o fama e ele sempre gostava de deixar claro em todas as entrevistas que fazia, que Harry o ajudou com feitiços de defesa na última prova.

Harry e Draco, durante o torneio, gostavam de imaginar como seria se eles tivessem participados das provas.

Eles brincavam que, se não tivessem sido escolhidos como o bem mais precioso um do outro na competição do lago, iriam ficar brigados por, no mínimo, um mês.

— Talvez mais tarde, obrigado pelo convite, Dean! — Draco agradeceu, sentando no sofá logo em seguida. Ele tentava ser o mais gentil possível com todos os Grifinórios, para que eles o aceitassem bem no Salão Comunal.

— Assim eu vou achar que você está me trocando — Harry brincou, jogando suas pernas por cima do colo do loiro, como sempre fazia. Anos de amizade os permitiram ter uma intimidade assim.

— Eu nunca te trocaria, Potty, você sabe disso — Draco afirmou, encostando sua cabeça contra o encosto do estofado.

— Acho bom mesmo — o moreno colocou uma almofada em baixo de sua cabeça, fechando os olhos.

Os dois se permitiram descansar e aproveitar a presença um do outro nesse momento — onde só o barulho do fogo crepitando na lareira e os múrmuros de conversa eram captados por seus ouvidos.

Draco apoiou suas mãos nos pés do moreno e retirou seus tênis, os largando no chão. Analisou as meias vermelho vinho e revirou os olhos. Puff, grifinórios.

Harry balançou seus dedos, em um pedido mudo por uma massagem.

Malfoy sorriu, achando fofo como seus dedinhos pareciam minúsculos dentro daquela meia grossa. Draco começou massageando seu calcanhar, subindo gradativamente. Potter soltava muxoxos agradecidos, levando seus braços para cima da cabeça, se espreguiçando.

— Dray — Harry o chamou, apoiando-se em seus cotovelos.

— Fale, meu súdito — ele proferiu, com sarcasmo.

— O príncipe da Sonserina já imaginou no que aconteceria se o Voldemort não tivesse morrido quando me deixou essa cicatriz? — Potter apontou para a sua cicatriz na testa, a encostando levemente.

— Eu penso nisso toda hora — Draco respondeu com uma risada abafada. — Mas ele já tá morto, não adianta ficar pensando nisso toda hora.

— A única coisa que eu penso é que o nome dele seria bem melhor se fosse Valdemiro. — Harry disse rindo, olhando dentro daquela imensidão azul.

— Concordo que é um nome com muita mais classe. — O coração de Draco errou uma batida pelo simples fato do moreno estar conversando com ele enquanto olhava para os seus olhos. Agradeceu a Merlin pela iluminação da sala não ser a das melhores, assim Harry não notaria o carmim presente em suas bochechas.

Eles passaram o início da noite conversando sobre assuntos supérfluos e nem notaram o tempo passar.

Draco havia começado a ler um livro novo e estava contando da história dele para Harry, mesmo que o outro não gostasse muito de ler.

— Eu acho que já ouvi a Mione falar desse livro há um tempo. Mas não me importo de te ouvir falando dele para mim, gosto de ouvir a sua voz.

— Que gentileza da sua parte, Haroldo. — Draco agradeceu, sarcasticamente. Ele costumava usar o tom de brincadeira para quando quisesse dizer algo sério, mas não conseguia.

Eles se levantaram e se dirigiram à porta do Salão Comunal, preguiçosamente.

— Acho melhor a gente ir dormir, antes que acabemos conversando muito e dormindo tarde demais. Temos aula amanhã cedo — Harry informou, bocejando logo após.

— Claro. Boa noite, meu xuxu.

Harry riu do apelido e lhe empurrou para fora de brincadeira.

xxxxxx

Bom dia, meus xuxus, desculpa o atrasado, eu tava sem internet ontem, mas como vai a vida?

Acho que agora deu para entender um pouco da relação deles, né.

Já avisando que o próximo cap vai ser de um pov do Haroldo hehe.

E depois disso, o rumo da história muda um pouco, espero que vocês consigam entender. Prestem atenção nos detalhes, viu.

Não se esqueçam de votar <3

Beijos da Vick e da Bia e até segunda que vem!!

Always || drarryOnde histórias criam vida. Descubra agora