Tudo estava escuro.
A única visão que Harry tinha, era da escuridão. Ele conseguia escutar alguns ruídos no fundo, mas só isso. Os ruídos eram como um mugido de uma vaca, mas vil vezes mais alto e ensurdecedor.
Potter olhava para os lados, procurando onde o animal poderia estar. Sons de patos batendo agressivamente contra o chão vinham de trás do garoto, que virou-se de supetão.
O semblante de uma vaca rosa surgiu e Harry a encarou confuso. Ela tinha traços estranhos, o lembrava uma professora que ele teve no ano anterior, Dolores Umbrige.
Ela precisa feliz. Agora uma luz forte batia contra o animal, sendo possível notar todos os seus traços. A vaca continuava mugindo, mas o som começou a soar doloroso.
Harry, mesmo com medo, aproximou-se dela, tentando ajudar de alguma maneira. Sua pele começou a adquirir uma tonalidade vermelho sangue. Pequenos cortes preenchiam seus braços e corpo, formando a mesma frase que Potter tinha uma cicatriz em sua mão.
"Não devo contar mentiras."
Seus mugidos ficavam cada vez mais desesperados e agonizantes. Era visível em sua expressão que ela estava pedindo por ajuda.
A vaca não tinha mais a feição de Umbrige, e sim de uma vaca comum, mas que estava sofrendo. A professora apareceu atrás do animal com uma expressão maníaca. Harry suspirou alto de susto, tentando correr e sair dali, mas suas pernas não se mexiam, não o deixavam sair do lugar.
— Harry!
— Harry, acorda!
— Ele não vai se acalmar tão facilmente assim — Hermione falou.
— Harry, foi só um pesadelo, acorda. — Ron colocou uma mão sobre o seu ombro, tentando acalma-lo, mas foi inútil.
O garoto não abria os olhos e estava encolhido em si mesmo, parecendo tão pequeno no meio da cama do dormitório.
— Eu vou chamar o Draco, só ele consegue acalmar o Harry numa hora dessas. — Ginny bradou exasperada.
— Mas ele está no Salão Comunal da Sonserina dormindo, como você vai entrar lá? — O irmão indagou.
— Foda-se, darei meu jeito. Eu invado aquele porra se for preciso.
xxxxxx
— Malfoy! Abre essa merda de porta agora. — Ginny gritou, batendo com força na parede, onde era a entrada da casa das serpentes.
Um primeiranista sonserino, provavelmente com medo do tom de voz assustador da ruiva, abriu a porta. Ela invadiu o salão comunal, sem se importar com os olhares confusos direcionados a ela.
— Onde fica a porra do quarto privado do Malfoy? Preciso falar com esse loiro oxigenado agora! — A grifinória perguntou para Pansy, que estava passando.
— O que ele fez dessa vez? Entrou em uma briga novamente por conta de Potter?
— Não, surpreendentemente não. Mas tem a ver com o Harry.
— Bom, não irei questionar nada, mas fica lá em cima. — Apontou para um quarto com uma porta de aparência requintada no topo das escadas.
Ginny foi até lá rapidamente, chutando fortemente a porta ao ponto de quebrá-la. Todavia, não foi preciso, já que o loiro a abriu.
— Abre... logo... essa... merda! — Weasley exclamou, não notando que já estava aberta, acabando por acertar o calcanhar de Draco.
— Ouch! O que foi isso, Ginny? Veio aqui espancar-me? Eu tenho direitos!
VOCÊ ESTÁ LENDO
Always || drarry
Fanfiction[...] - After all this time? - Always. [...] Após um trágico evento no dia 31 de outubro de 1981, dois órfãos surgem, e duas famílias nascem. Draco Malfoy e Harry Potter são praticamente inseparáveis. Crescendo juntos, os dois desenvolveram uma ami...