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Os jogos de quadribol estavam cada vez mais próximos, desse modo, praticamente todas as noites havia treino.

Quando o campo não era reservado pela Sonserina, a Grifinória tomava conta. Lufa-Lufa e Corvinal sempre pegavam os horários de tarde, já que essa era a tática que funcionava para eles.

Essa noite, Harry — como capitão do time — estava treinando a sua casa. Como sempre, Draco ia vê-lo nos treinos e vice-versa. Quando as tarefas vinham em grande quantidade, eles levavam os cadernos e as penas para fazê-las.

Eles sempre se apoiavam, até nas menores coisas que fossem.

Como o loiro havia adiantado tudo o que precisava fazer para o final da semana, levou somente sua vassoura, para que pudesse voar um pouco com o moreno depois do treino.

Draco estava na arquibancada, sentado confortavelmente, enquanto via Harry dar as instruções para os outros jogadores. Ele sempre ficava mais bravo ou irritado facilmente, já que nem sempre faziam o que ele mandava.

Malfoy sabia que o garoto gostava de mandar e, mesmo não assumindo, sempre fazia o que ele pedia.

— Silêncio! Por favor — Harry pedia pela décima quinta vez, mas ninguém o escutava.

— Calem a porra da boca! — Ginny gritou e todos se calaram no mesmo momento.

Luna, namorada da ruiva, sorriu contente, batendo pequenas palmas para ela. Draco estava sentando ao seu lado, como todas as vezes que eles viam o treino.

Eles se tornaram amigos no terceiro ano de Hogwarts. A loira estava sofrendo bullying, alguns alunos mais velhos a chamavam de Loony Lovegood e diziam que pansexualidade não existia, o que a deixava triste.

Draco a defendeu com unhas e dentes, ameaçando todos que ousassem abrir a boca para falar alguma palavra de ódio direcionada a ela.

Depois desse episódio, eles se tornaram amigos e o loiro passou a sempre defendê-la.

— Você ama muito ele, não é? — Luna perguntou pensativa, vendo que Black não tirou o sorriso do rosto desde passou a olhar o Harry.

Amo... — afirmou, com a cabeça apoiada na palma da mão.

Luna sorriu. Ela percebia o quão apaixonado o garoto era por Harry. Draco nunca escondeu seus sentimentos, sempre os deixava claro como cristal, mas ela achava que Evans não os notava.

Nesse momento, Potter conseguiu controlar o time e eles estavam treinando passe de goles. Como essa não era a área de Potter, concentrou-se na arquibancada, procurando pelas lagoas rasas de Malfoy.

As encontrando, ele acenou contente, abrindo um sorriso de orelha a orelha ao notar Draco ali, o observando.

Malfoy, ainda perdido nas íris verde esmeraldas, não notou que ele estava o cumprimentando. Luna o cutucou nas costelas, mostrando que Harry estava falando com ele.

— Ah, oi! — Balançou as mãos em resposta, sorrindo de volta.

As próximas horas do treino ocorram bem, mas o time estava falante demais, o que deixava Potter irritado.

Ele tinha que ficar chamando a atenção de alguém a todo minuto, mantendo o olhar em todos. Mas não podia reclamar, afinal, essa era a tarefa de um capitão, por mais difícil que seja.

Sua paciência estava quase tendo um fim, mas para não explodir, Harry tapou seu rosto com uma mão, massageando sua têmpora, focando em respirar. Quando se sentiu mais calmo e pronto para outra rodada de xingamentos múltiplos disparados no ar, algo atingiu seu estômago.

A dor agúda o fez gemer de dor e passar os dois braços ao redor da barriga, tentando parar com a dor de alguma maneira. Sua mente estava nublada e ele não conseguia equilibrar-se na vassoura.

Draco, que estava observando tudo, notou que algo estava errado e pegou sua vassoura rapidamente, indo em direção ao moreno. Ele havia chegado tarde demais e encontrou um Harry Evans Potter no chão, a expressão completa por dor.

— Quem foi o filho da puta que fez isso com você, xuxu? Só me dizer nomes que eu mato todos — Preocupado, Malfoy agachou-se, colocando a mão no ombro do moreno, procurando por ferimentos. — Você está bem?

— Eu acho que alguém acertou um balaço em mim... — murmurou, olhando para cima, focando seu olhar no Bradley, um jogador da Corvinal. Nesse dia, as duas casas tiveram que dividir o campo, por conta de chuva durante o dia do treino da Corvinal.

Malfoy seguiu o olhar de Harry e encarou o garoto com raiva, pegando sua vassoura com agilidade, indo atrás dele.

— Calma, Dray! Eu não sei quem foi — Potter tentou gritar, mas Black já estava longe de sua visão.

— Sua porra fraca! Quem você pensa que é para jogar um balaço no Potty? — Draco, ficando frente a frente com o menino, bradou irritado.

— Mas eu não fiz nada!

— Meu cu que não fez nada. Menos 20 pontos para a Corvinal, seu imbecil.

— Mas os monitores só podem tirar 5! — o garoto exclamou, indignado.

— E quem disse que eu ligo? Mais um pio e eu tiro o dobro. Vaza daqui.

Draco, sorrindo contente que o corvino havia saído, foi até Harry novamente, seu semblante preocupado voltando.

Ele estava tentando se levantar, mas a dor não permitia.

— Meu xuxu, tente não se mexer. Eu te levo para a enfermaria. — Malfoy o assegurou, passando um braço cuidadosamente pelas pernas e tronco do moreno, o carregando estilo noiva.

— O que você fez com o pobre garoto? — Harry indagou, se segurando no pescoço do mais alto.

— Dei um jeito nele. Simples assim.

— Mas, Dray, eu acho que não foi ele. O balaço veio muito de longe para ter sido o Bradley, que estava perto.

— Bom, pelo menos eu tirei ponto da Corvinal e nossas casas estão com mais chance de ganhar a taça das casas, mesmo que a Grifinória sempre ganhe. Um absurdo.

— Você não tem jeito — Harry riu, apoiando a cabeça no peito do loiro, era quentinho e confortável. Ele sempre dava desculpas para poder ficar ali.

— Mas você me ama mesmo assim.

— Sim, eu amo.

O peito de Draco se encheu de felicidade e ternura, mesmo sabendo que as palavras dele não tinham o significado que ele procurava.

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Olha que fofinhos os meus filhos.

Adoro um Draco irritado KKKKKKKK

A depressão do final ai.

Não se esqueçam de votar e mandar um beijo para a Bia!

Até segunda que vem!

Always || drarryOnde histórias criam vida. Descubra agora