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Depois que Dumbledore anunciou que havia uma guerra ocorrendo no mundo bruxo, o clima tranquilo de Hogwarts se dissipou em segundos. Toda a áurea calma e sútil da escola havia ido embora. Tudo o que todos só sabiam falar era sobre a guerra. Aquela maldita guerra.

Draco e Harry, por outro lado, tentavam ao máximo não comentar sobre isso. Eles estavam muito apreensivos sobre tudo que estava acontecendo.

Passavam a maior parte do tempo juntos, aproveitando os possíveis últimos momentos lado a lado.

Gostavam de fazer coisas como estavam fazendo agora; ficar deitados juntos, simplesmente aproveitando a companhia um do outro.

Estavam nesse momento, repousando na cama de Harry, no dormitório da Grifinória. Draco sempre ia lá, todos os grifinórios já estavam habituados com sua presença e o cumprimentavam a todo momento, como se ele fosse um deles.

Malfoy tinha um livro em mãos e o lia em voz alta para ambos, enquanto Potter estava com a cabeça deitada perto do colo do loiro, que fazia carinho em seu cabelo.

Eles gostavam de momentos como esses. Onde podem ficar juntos, somente eles dois, sem ninguém para repreendê-los, sem nenhuma guerra ocorrendo e nenhum empecilho.

— "E aquele foi, sem dúvida, o melhor beijo subaquático de todos os tempos." — Draco terminava de ler Percy Jackson, O Último Olimpiano.

— Eles são muito fofos juntos. — Harry afirmou, suspirando baixinho em agrado ao carinho que recebia.

— Sim. A forma que ambos lidaram com a guerra acontecendo ao redor deles é inspiradora. Queria eu ter essa capacidade, por mais difícil que foi, eles deram um jeito.

— Nós também daremos, Dradra. Nós temos que dar.

— Assim eu espero.

Black parou de fazer cafuné por um instante, devido a um momento que parou para refletir.

— Ei! Continue a fazer carinho, eu gosto. — Harry pediu.

— Tudo bem — Draco concordou entre risos.

Um silêncio confortável reinou no quarto. O loiro continuava a brincar com o cabelo do moreno, enquanto Evans tirava o fio solto da fronha do travesseiro que seu rosto estava apoiado.

— Eu estou com medo. — Potter revelou, sua voz saindo abafada por conta de seu rosto estar enterrado na almofada.

— Medo?

— Medo dessa guerra. Eu não quero te perder, Draco. Se eu te perdesse, seria como se uma parte de mim fosse embora junto com você. Uma das minhas partes favoritas.

— Se eu te perdesse, a minha melhor parte iria embora. Você me faz alguém melhor, meu xuxu. Eu não sei o que nós podemos fazer.

— Será que devemos mandar uma carta para Sirius, Remus, James e Regulus? — Harry indagou, pensativo.

— Eu acho que seria bom para nos deixar mais tranquilos, mas temo que as cartas sejam roubadas ou enviadas para outro lugar. Seria perigoso para todos nós.

— Nós podemos simplesmente escrevê-las, sem as mandar. Talvez ajude.

— Bom ponto — Draco pontuou. Deixou seu livro de lado, o colocando na mesinha de cabeceira, enquanto tirava gentilmente os óculos do moreno de seu rosto e o limpou com a parte de dentro de sua blusa.

Harry amava quando ele mostrava simples gestos como esses. Quando fazia algo simples e gentil para ele, demonstrando se importar, querendo ajudar, mesmo se fosse algo sem importância. Para Draco, se tornava importante e ele fazia de tudo para que o moreno recebesse tudo de bom e do melhor.

— Harry... — Malfoy o chamou.

— Fale, Dradra.

— Eu tenho algo a lhe dizer. Com essa guerra acontecendo, eu nunca me perdoaria se não lhe contasse. Se não o fizesse, não teria dado chances para nós dois.

Potter levantou sua cabeça, juntando o seu olhar com o de Draco.

Malfoy conseguia sentir todas as palavras emboladas em sua garganta. Disputando para serem libertas. Lutando para serem escutadas pelo seu receptor.

Em um impulso de coragem, o loiro abriu sua boca e despejou tudo que estava preso em seu coração durante tempo demais.

— Harry, eu gosto de você. Não como um amigo. Eu gosto de você por inteiro. Não sei quando descobri, mas quando descobri já estava completamente rendido por você.

— Draco... eu também gosto de você. Por inteiro.

O sorriso que surgiu no rosto de Malfoy, para Harry, era como se fosse a cura câncer para alguém que está no quarto estágio da doença.

Ele brilhava.

O moreno se inclinou para aproximar-se do loiro, deixando seus rostos praticamente colados.

— Eu posso... — Draco indagou, sentindo suas mãos tremerem.

— Posso?

— Lhe beijar?

Harry sorriu. Ele assentiu com a cabeça, sentindo seu peito aquecer-se. Draco colocou sua mão no pescoço do moreno, trazendo sua boca de encontro com a sua.

Era um selar rápido, sútil. Mas que era o suficiente para transparecer todos os seus sentimentos atrás de um simples roçar de lábios.

As quatro paredes do dormitório da Grifinória guardavam seus segredos mais profundos. Declarações que eram segredadas somente para eles. Ninguém mais.

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FINALMENTEEEEEEE

Muito lindos os meus filhos!

Quem notou a mini referência a mein deutscher prinz? Sobre o câncer e tal, eu achei muito lindo.

Não esqueçam de votar e mandar um beijo para a Bia!

Até segunda que vem! Amo vocês <3

Always || drarryOnde histórias criam vida. Descubra agora