Pequenas coisas

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O azul metálico do carro refletia as luzes alaranjadas do interior do túnel em que passavam. O local era extenso e escuro, com inúmeras luzes no teto.

– Vamos só comprar umas coisas pra comemorar e daí a gente passa pra buscar o shinji. – diz Misato.

– Comemorar... o que? – questiona Yosef, confuso.

– A chegada do meu companheiro de quarto, gatinho. Não tá na cara? – diz ela, rindo.

– Hein? – Yosef suspira, corando.

– É logo aqui na saída – diz Misato ao fazer uma curva brusca com o carro.

Yosef aperta a alça do carro, se segurando assustado.

– Chegamos – diz ela olhando para ele enquanto sorri.

– Você pilota... – diz ele, suspirando forte.

– Muito bem né? Gostou? – pergunta ela, de forma irônica enquanto ri.

Yosef concorda ironicamente, enquanto morde levemente os lábios e arqueia a sobrancelha.

Eles saem do carro e caminham para o interior da loja de conveniência.

A porta de abre sozinha, deslizando.

O interior climatizado da loja possui um leve cheiro de lavanda. O sino da porta batia enquanto o leve som percorria o interior.

– Pode pegar algo se quiser – suspira Misato indo em direção as caixas de bebida alcoólicas enquanto sorri para ele.

Yosef concorda e então caminha lentamente caminha pelas prateleiras.

Observa as filas de refrescos, petiscos e doces empilhados.

– Não parece ter muitos clientes aqui... – sussurra ele para si mesmo.

Vai a um dos freezers e pega uma garrafa de refrigerante.

– Não vejo a hora de sair dessa cidade! – exclama uma mulher na prateleira de trás.

– Não é? Os ataques voltaram e aqueles inúteis não fazem nada a respeito! – diz uma das mulheres, irada com a situação.

Yosef fica atrás das prateleiras, se escondendo para ouvir

– Aqueles pilotos inúteis... um deles pisoteou todo meu bairro com aquelas pragas de robôs! – a outra volta a falar.

– Não é, menina? Nunca pensei que essa cidade ia se tornar um campo de guerra

– Pois é... meu marido vive dizendo que devíamos deixar a cidade.

– Essa cidade é uma fortaleza, mas os que deveriam nos proteger causam o maior estrago!

Ambas se olhavam em sinal de concordância. Yosef observava uma certa raiva da população sobre a situação em que Neo Tóquio se encontrava.

Sentiu um desapontamento pela forma que eram vistos pela sociedade e também pela forma que ele seria visto.

Bufa balançando a cabeça e caminha até Misato.

Ele arregala os olhos enquanto a vê comprar duas caixas de bebida alcoólica em pleno meio de semana.

– Você... não vai beber isso tudo, né? – pergunta.

– É claro que eu vou, menino! – diz ela, sorrindo enquanto inclina a cabeça.

Ele paga seu refresco e ambos seguem para o carro.

– Senhora, esqueceu o troco! – alerta o atendente.

Misato volta, pegando o troco e agradecendo. Ela sai, a porta se fecha.

– Pffr... senhora? Quantos anos eu pareço ter? – ela questiona de forma retórica.

Yosef ri brevemente.

– Tá quase lá – diz ela olhando o relógio em seu pulso.

Puxa Yosef pela mão.

– O-OQUE FOI?! – grita ele.

– Quero te mostrar um lugar – ela responde e sorri.
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Ela estaciona o carro em uma pequena rua sem saída

– Vem – diz ela.

O céu estava escurecendo, num lindo tom de laranja e roxo. Ele a segue, subindo pequenas escadas que levam até uma plataforma de metal em meio a uma colina.

A cidade podia ser vista de lá.

Os guindastes, as luzes. Os prédios refletiam a beleza do pôr do sol em Neo Tóquio Três.

– É agora – diz ela com os braços apoiados no pequeno muro da plataforma.

Ele a olha, seus olhos brilham. Lentamente ele se aproxima, apoiando seus braços no pequeno muro também.

– Aqui é onde tudo acontece, espero que goste... de trabalhar com a gente – diz ela, animada

– Eu vou... - Ele responde e suspira.

Barulhos altos vindo da cidade chamam a atenção do garoto.

Ele olha, vendo inúmeros portões no solo se abrirem. Prédios se erguem a partir do solo e luzes se acendem.

Os guindastes se fechavam e entravam para o interior pela noite. Luzes ao redor da cidade acendiam sistematicamente uma após a outra.

Toda a cidade que estava escondida no interior de Neo-Tóquio agora, pela noite, estava presente ao mundo.

– É lindo, não é? – pergunta ela.
Os dois se olham.

– É... – responde ele, admirado pela beleza da cidade, seus olhos brilhavam com o alaranjado pôr do sol.

Ela lentamente se afasta, sabendo que já estava prestes a acabar. Yosef observa seu movimento.

– Vem, a gente ainda tem que buscar o Shinji – Ela relembra.

Já de frente para Misato ele volta a olhar para trás, observando novamente a Neo-Tóquio Três.

Dá um breve sorriso e volta a seguir a de cabelo púrpura.

– Vamos...

Continua...

Aviso: Esse capítulo foi um extra bem curtinho entre o capítulo dois e o capítulo três que está por vir, espero que tenham gostado. No momento estou sem um revisor e então terei de revisar tudo sozinho, mas darei meu melhor para manter a qualidade de escrita, espero que vocês entendam. :)

Evangelion: Reach the skyOnde histórias criam vida. Descubra agora