Cap 3: Conexão com as Jóias do infinito

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Em uma realidade paralela, criada apenas para mantê-la aprisionada, Éris vivia sua punição eterna.

Seu corpo imortal era a sua prisão.

Sentenciada a um sono eterno ela não podia morrer, mas não deixavam que ela vivesse.

A mente dela permanecia ligada o tempo todo, ela jamais descansava, mesmo que tentasse. Era obrigada a permanecer conectada com todas as realidades que ela e seus irmãos criaram, mas apenas assistindo, como uma expectadora, um fantasma.

Era obrigada a ver todas as consequências que as ações dela haviam causado.

... Amaldiçoada a ver a mutilação que faziam com seus irmãos sem jamais poder intervir...

.... forçada a ver o que os usurpadores dos seus poderes e de seus irmãos, suas bençãos, faziam .... ver os seres imundos e fracos que usavam o poder que não era deles para tirar vidas e causar destruição em conquistas mesquinhas e estúpidas ...

... essa era a existência a qual Éris, a deusa da discórdia e do caos, foi condenada.

.... e no escuro e no vazio.... ela viveu essa semi-vida por séculos..

-- Milênios depois, realidade de aprisionamento da deusa do Caos –

Éris continuava deitada e inconsciente sobre um altar de pedra. Sua mente desperta e conectada a todas as realidades que existiam, mas seu corpo inerte a qualquer tentativa que ela fizesse para se mexer.

Como havia sido nos últimos milênios.

Ecos das várias realidades relacionadas as essências de seus irmãos continuavam a ecoar em sua mente.

Imagens de quando as habilidades deles eram usadas pelos usurpadores ...

... de mundos destruídos ...

... da escravidão de povos... e supremacia de outras sendo obtidas à força ...

... os gritos de seus irmãos misturados as vozes de seus novos senhores urravam em sua mente....

... mas ela só podia observar ...

... a raiva e frustração crescia dentro dela...

... ela só podia se odiar por ter sido a responsável daquilo ... por não ter matado todos os Celestiais ...

... só podia desejar vingança ...

... ela afundava mais e mais na própria amargura enquanto ficava impotente diante de sua realidade ...

Mas então, algo aconteceu...

Em algum momento, em uma das realidades, ela sentiu a portadora dos poderes do caos, seus poderes, e a essência de seus irmãos se reunindo.

Estava acontecendo uma guerra.

Um titã, portando uma luva metálica, carregava cinco dos seus seis irmãos e lutava com a usurpadora para pegar a essência de seu sexto irmão.

A angústia cresceu em seu peito.

Uma lágrima escorreu dos olhos de Éris, quando viu a usurpadora usar seu poder contra um de seu irmãos. Contra a doce Minerva. A usurpadora iria destruí-la para impedir que o Titã a pegasse e usasse os poderes de todos seus irmãos juntos.

Ela ia matá-la.

Mais lágrimas desceram dos olhos de Éris quando a conexão a fez sentir como se ela mesma estivesse tirando a vida de um de seus irmãos.

Éris podia ouvir Minerva gritar de dor e desespero...

..... ela estava matando sua doce irmã.

Éris tentou se debater, desesperada para proteger sua irmã, mas não conseguiu mover nem um milímetro de seu corpo.

Os Vingadores e a deusa do CaosOnde histórias criam vida. Descubra agora