Em uma realidade paralela, criada apenas para mantê-la aprisionada, Éris vivia sua punição eterna.
Seu corpo imortal era a sua prisão.
Sentenciada a um sono eterno ela não podia morrer, mas não deixavam que ela vivesse.
A mente dela permanecia ligada o tempo todo, ela jamais descansava, mesmo que tentasse. Era obrigada a permanecer conectada com todas as realidades que ela e seus irmãos criaram, mas apenas assistindo, como uma expectadora, um fantasma.
Era obrigada a ver todas as consequências que as ações dela haviam causado.
... Amaldiçoada a ver a mutilação que faziam com seus irmãos sem jamais poder intervir...
.... forçada a ver o que os usurpadores dos seus poderes e de seus irmãos, suas bençãos, faziam .... ver os seres imundos e fracos que usavam o poder que não era deles para tirar vidas e causar destruição em conquistas mesquinhas e estúpidas ...
... essa era a existência a qual Éris, a deusa da discórdia e do caos, foi condenada.
.... e no escuro e no vazio.... ela viveu essa semi-vida por séculos..
-- Milênios depois, realidade de aprisionamento da deusa do Caos –
Éris continuava deitada e inconsciente sobre um altar de pedra. Sua mente desperta e conectada a todas as realidades que existiam, mas seu corpo inerte a qualquer tentativa que ela fizesse para se mexer.
Como havia sido nos últimos milênios.
Ecos das várias realidades relacionadas as essências de seus irmãos continuavam a ecoar em sua mente.
Imagens de quando as habilidades deles eram usadas pelos usurpadores ...
... de mundos destruídos ...
... da escravidão de povos... e supremacia de outras sendo obtidas à força ...
... os gritos de seus irmãos misturados as vozes de seus novos senhores urravam em sua mente....
... mas ela só podia observar ...
... a raiva e frustração crescia dentro dela...
... ela só podia se odiar por ter sido a responsável daquilo ... por não ter matado todos os Celestiais ...
... só podia desejar vingança ...
... ela afundava mais e mais na própria amargura enquanto ficava impotente diante de sua realidade ...
Mas então, algo aconteceu...
Em algum momento, em uma das realidades, ela sentiu a portadora dos poderes do caos, seus poderes, e a essência de seus irmãos se reunindo.
Estava acontecendo uma guerra.
Um titã, portando uma luva metálica, carregava cinco dos seus seis irmãos e lutava com a usurpadora para pegar a essência de seu sexto irmão.
A angústia cresceu em seu peito.
Uma lágrima escorreu dos olhos de Éris, quando viu a usurpadora usar seu poder contra um de seu irmãos. Contra a doce Minerva. A usurpadora iria destruí-la para impedir que o Titã a pegasse e usasse os poderes de todos seus irmãos juntos.
Ela ia matá-la.
Mais lágrimas desceram dos olhos de Éris quando a conexão a fez sentir como se ela mesma estivesse tirando a vida de um de seus irmãos.
Éris podia ouvir Minerva gritar de dor e desespero...
..... ela estava matando sua doce irmã.
Éris tentou se debater, desesperada para proteger sua irmã, mas não conseguiu mover nem um milímetro de seu corpo.
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Os Vingadores e a deusa do Caos
General FictionNo início da existência existia apenas Éris, a deusa do caos. Ela criou seus seis irmãos, todos divindades com poderes específicos sobre a alma, poder, mente, espaço, realidade e o tempo. Sozinha, Éris já tinha poder suficiente para criar o Big ban...