Cap 22: Escolhas parte 3/3

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Havia algo na presença dele que a envolvia. O coração de Wanda estava disparado, enquanto lembranças e emoções de várias épocas de sua vida voltavam para ela. Lembranças boas e ruins .... E fora de ordem.

Estava revivendo tudo o que já havia vivido, sem nenhum controle.

Em uma visão ... ela viu a si mesma flutuando no ar. Ela usava vestes vermelhas e uma coroa em sua testa, o corpo estava coberto de poder escarlate e os olhos vermelho-efervecentes. Mas a sombra em seu olhar era doentio e cruel.

A imagem mudou e, de cada lado dela, apareceu dois adolescentes. Gêmeos. Ambos flutuando com ela. Um envolto por um poder escarlate parecido com o dela, e o outro, apesar de parado, ela sabia que se movia como a velocidade da luz.

Eram seus filhos. Seus filhos em fase adolescente.

Wanda estava paralisada, presa aquela visão. Não conseguia desviar o olhar daqueles olhos verdes brilhantes.

- Solte-a Cronos (Éris falou em tédio).

Ele não se moveu, mas Wanda se sentiu despertar da visão que estava tendo. Um leve sorriso maldoso de deboche se espalhou pela face atemporal de Cronos.

- ... e vê se coloca uma roupa (Psiquê resmungou). Tá peladão ... de novo (ela cruzou os braços e virou a cara irritada). Porque será que ele sempre está pelado? Será que ele tem alguma alergia a roupa? (ela falava consigo própria) só pode ser isso.

Cronos soltou Wanda e deu um passo para trás.

Ela respirou fundo e se obrigou a prestar atenção a realidade e tempo presente. Como se só agora se libertasse do domínio dele.

O tempo e espaço ao redor do corpo dele começou a deformar e a mudar. Uma roupa, antiga e que lembravam a dos magos, apareceu sobre seu corpo. Era completamente negra, destacando ainda mais seus olhos verdes e os cabelos branco-prateado.

Éris se postou ao lado dele e ambos trocaram um olhar. Ele, inflexível e eterno, ela, cheia de malícia e de um prazer doentio, mas que agora parecia quase terno.

- Acho que Wanda foi uma boa menina (Psiquê falou de forma infantil e fofa, quase cantarolando). Ela merece uma recompensa.

Wanda olhou rápido para ela, surpresa. Durante aqueles poucos instantes ela havia esquecido completamente a onde estava e o que fazia ali.

- Sim (Éris confirmou com sua voz etéria). Afinal, você lhe fez uma promessa, Psiquê.

Psiquê colocou as mãos na cintura e deu um sorriso travesso.

- Você quer dizer ... (a voz fragilizada de Wanda só deixou ainda mais evidente seu forte sotaque. Se lembrar de seu irmão tornou suas emoções ainda piores) .... você ....

O sorriso travesso de Psiquê se tornou duro e macabro, se transformando em uma carranca. Os olhos brilharam de forma perigosa.

- Você foi avisada, Wanda Maximoff (a voz de Psiquê soou adulta e perigosa. Um aviso duro que fez a espinha de Wanda congelar). Lembre-se: Você era livre para fazer a sua escolha (ela levantou a mão, enquanto seu corpo se enchia de luz laranja) .... mas será eternamente escrava das consequências (sua voz era um sussurro fantasmagórico).

O corpo de Psiquê brilhou intensamente, como uma super-nova, enquanto os sussurros de centenas de vozes começaram a serem ouvidas.

A intensidade da luz alaranjada impossibilitou que Wanda e Stephen vissem que Cronos e Éris resplandeciam luz verde e vermelha, reagindo e complementando os poderes de Psiquê.

Os sussurros ficavam cada vez mais altos, mas era impossível entender o que falavam.

Wanda e Strange viraram os rostos, tentado se proteger de tanta luz.

Os Vingadores e a deusa do CaosOnde histórias criam vida. Descubra agora