Capitulo 8- O acampamento

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Lindir me levou até o acampamento que ficava um pouco afastado da cidade. Barracas elficas montadas para cada guarda e uma grande barraca ficava no meio. Provavelmente essa era para Thranduil.
  Fomos até a maior.
  Lindir não parava de falar em meu ouvido sobre eu tentar ser calma e etc. Mas apenas fiquei calada e não ouvindo o que ele me  dizia.
   Ao entrar encontro Thranduil que nos recebe com um sorriso soberbo.

— Minha rainha está aqui. — Disse ele enquanto eu caminhava até.

Sorri quando estava bem perto e dei um soco no estômago, mais especificamente na boca do estômago, do rei. Thranduil se dobrou um pouco mas seus olhos eram de fúria.

— Eu quero saber, por que você me ameaçou para roubar a pedra Arken? — Me afastei dele e olhei para Lindir. — Lindir, pode sair, antes que sobre para você.

O elfo fez o que eu disse. Ficamos apenas nos dois. Thranduil já estava ereto com um semblante sério.

— Como ousa? — Perguntou ele tentando me tocar mas sou mais rápida.

Tirei minha espada da bainha colocando a ponta de leve em seu peito.

— Como ousa você? Me obrigou a achar que queria a pedra Arken que iria explusar Legolas e Tauriel, se eu não pegasse essa maldita pedra.

— Morgana. — Disse sério.

— Sem isso de chamar meu nome. Você não merece nem estar vivo depois disso. — Digo para ele apertando mais a espada contra seu peito.

— Escute, a pedra Arken nem me importa. — Falou dando um pequeno passo.

A espada se afundou um pouco mais sobre sua roupa. Ele devia esperar que eu baixasse a espada.

— Mais um passo e você morre.

— Teria essa coragem, Morgana Sióg? — Perguntou com um tom de voz de superioridade.

Aquele jeito dele me deixava mais irritada. Com um movimento rápido, eu tirei a espada de seu peito mas o empurrei o que o fez cair e eu ficar por cima dele com a espada em seu pescoço.

— Se for necessário. — Aperto mais s lâmina contra o pescoço.

O rei parecia se deleitar com aquilo. Não esboçava medo, pelo contrário, ele sorria, como se aquilo fosse uma grande brincadeira.

— Por que está sorrindo? — Pergunto com um calafrio percorrendo minhas costas até a nuca.

Thranduil não falou nada. Apenas com  um movimento rápido ele retirou a espada do pescoço e me puxou para perto de seu rosto. Nossos olhares concentrados um no outro.
Meu coração sentia um aperto para ficar com ele, não lutar com racionalidade e se entregar, mas eu não poderia. Thranduil era um rei. Um elfo puro e da realeza. Eu era apenas uma mestiça.
Thranduil, no momento em que minha guarda baixou, tomou meus lábios em um beijo necessitado. Tanto meu corpo como o dele necessitava daquilo. Necessitavam ficar juntos. Por um momento eu pude me deixar aproveitar aquele beijo nos lábios do rei. Nos lábios daquele que eu sabia que era minha alma gêmea. Mas tive um lampejo da realidade e eu parei de retribuir o beijo e me afastei do corpo dele. Fiquei de pé à uns passos longe do rei que estava sentado no chão me observando.
— Isso não está certo? — Ademiti, sentindo meu coração apertar.

— Por que não estaria? — Disse Thranduil analisando a mestiça.

— Porque você é um rei. O grande rei Thranduil. Eu não sou nada. Eu tentei te esquecer nos sonhos, eu tentei que você me odiasse quando fugi de seu reino para ajudar Thorin. Mas nada funcionou. Você ainda me olha com ternura e paixão. — Disse olhando para o chão enquanto ele se levantava e caminhava até mim.

— Você pode ter feito isso, mas não irá me fazer te odiar. Melinyes(Eu a amo).

— Thranduil, elfos não podem amar mais de uma vez. — Disse olhando para ele — Você já amou sua esposa falecida.

— Meu coração nunca foi dela, totalmente. — Disse ele colocando sua mão em minha bochecha esquerda — A muita coisa que você não sabe sobre mim.

Thranduil iria juntar nossos lábios novamente quando sinto uma dor de cabeça lastimável, parecia que minha cabeça iria expludir. O rei ficou preocupado.

— Morgana? O que houve? — Perguntou segurando meu corpo firmemente para não cair.

— Minha cabeça dói. — Disse angustiada pela dor.

Sentia que iria desmaiar mas antes disso uma visão veio até mim. Fili e Kili sendo mortos, Thorin morto nos braços de Bilbo, e para meu desespero, Thranduil estava entre os corpos dos elfos mortos em batalha. Por último co segui ouvir a pedra Arken pedindo para ser usada e destruída.
Logo depois dessa visão desmaie nos braços daquele que eu admiti que amava.

                Thranduil Pov.

Morgana havia desmaiado em meus braços. Fiquei preocupado com aquilo. Peguei ela no volo e a levei para cama que havia em minha tenda.

— Morgana? — A chamei enquanto a ajeitava na cama com cuidado e zelo.

Ela estava pálida e fria. Meu coração se apertou, pareica que o ar não chegava em meus pulmões.

—Lindir! — Chamei o servo amigo de Morgana.

O elfo entrou rapidamente na barraca se deparando com sua amiga desmaiada na cama.

— O quê houve? — Perguntou Lindir aflito.

— Não sei, ela sentiu uma dor de cabeça e desmaiou. Ela já teve isso? — Perguntei ficando de pé ao lado dela.

— Ela não, mas a mãe dela já. — Lindir começou a explicar — Quando Freya tinha essas dores de cabeça ela geralmente desmaiada porque não eram dores comuns, elas eram causas com visões.

Eu olhei para o outro elfo.

— Visões? — Perguntei.

— Sim, visões na maioria das vezes ruins. — Disse por último Lindir — Vou pegar água quente para colocar na testa de Morgana e preparar um chá que Elrond dava para Freya quando isso acontecia.

Lindir saiu nos deixando a sós novamente.
Puxei uma cadeira para sentar ao lado da cama e ficar segurando a mão direita de Morgana.

— Espero que você se recupere logo. Primeiro foi Amarïe, não a amava, mas foi uma companheira boa, e ainda tivemos legolas. Legolas...me pergunto como ele irá reagir quando eu contar que a minha alma gêmea, aquela que eu não conseguiria viver sem, é uma elfa mestiça. — Ri de mim mesmo — Vou te falar uma coisa, quando te vi, foi diferente quando vi  minha esposa. Minha esposa não teve aquela sensação de que eu estava completo, eu sentia uma vazio e ansiedade perto dela. Já você, você me completou. Mesmo tentando me distanciar. Nalyë melmë cuilenye. (Você é o amor da minha vida)

A Canção da Floresta - Thranduil Onde histórias criam vida. Descubra agora