Havíamos parado para descansar. Fizemos uma fogueira para afugentar animais e outras coisas que pudesse nos ferir.
Tauriel ficou com o último turno, eu com o segundo e Legolas com o primeiro.
Enquanto eu arrumava um espaço para dormir com uma capa que Taurel havia pego, Legolas estava me olhando ainda sério.— Por está assim, príncipe? — Perguntei cruzando as pernas para me sentar.
— É óbvio que saiba a resposta. — Respondeu ríspido vendo as labaredas da fogueira seguirem para o céu noturno.
— Eu acho que ter que fugir de seu pai me deixou esquecida. — Provoquei.
— Você deixou meu pai louco. Ele já estava perturbado por conta do luto, agora com sua vinda...Você o perturba.
— Eu não tenho culpa se ele me perturba. Há anos que ele perturba meu sono.
Ele riu soprado.
— Você me tira do sério. Espero que quando isso acabar, você vá embora do meu reino.
Sorri maliciosa vendo Legolas estufar o peito para dizer "meu reino".— Que eu saiba o reino é do seu pai. Ainda não é seu.
Legolas estreitou os olhos em minha direção. Eu podia sentir minha pele queimar mas não me importava.
— Vou patrulhar a área. Pode dormir. — Disse se levantando.
— Sim, vossa majestade. — Disse áspera olhando para as estrelas.
Legolas havia ido embora. Eu tinha as estrelas, minhas velhas amigas. Onde as almas dos mortos vão descansar. Onde meus pais estão.
— Eu espero encontrar vocês. Um dia. — Disse fechando os olhos.
Estava quase dormindo quando sou acordada com alguém que se sentou ao meu lado.
— Legolas, combinamos que eu iria fazer a guarda quando a lua estivesse para oeste.
— Não é o Legolas, minha cara Morgana. — Disse avoz da pessoas que eu menos queria ouvir.
— Thranduil. — Sussurei abrindo os olhos assustada.
Tentei tapear para alcançar uma pequena adaga que eu havia escondido debaixo da capa, mas foi inútil meus esforços. Thranduil pegou a gola da minha camisa, quase rasgando ela. Suas mãos fortes me suspenderam no ar, meu coração quase parou no tempo em que ele me ergueu como uma pluma, até que ele me empurrou contra o tronco da árvore perta de nós.
— Como nos encontrou? — Peeguntei aflita olhando para Tauriel que dormia profundamente.
— Esperava outra resposta sem ser essa. — Disse Thranduil sorrindo contrariado.
— Onde está Legolas? Me solte ou eu irei gritar.
— Pode gritar, eu não me importo. Só vim te avisar de uma coisa. Tanto Tauriel quanto meu filho, estão banidos de meu reino.
Não, ele não podia fazer aquilo. Ambos amavam o seu lar. Eles ficariam devastados. Mesmo que em alguma hipótese Tauriel vivesse com Kili em Erebor, Logolas estaria sem lar, o lar que ele ama tanto.
— Você não pode fazer isso. — Disse para ele.
— Posso, eu sou o rei.
— Eu não me importo. Mas por favor, não deixe eles sem um lar. Legolas iria morrer. Por favor. — Supliquei.
— Está bem. — Me soltou a gola — Um trato. A liberdade deles por uma coisa que almejo.
— O quê seria? — Perguntou.
— Eu quero a pedra Arken. O coração da montanha. Algo tão valioso quanto o seu coração mortal.
— Você quer que eu roube a pedra de Thorin? — Ri soprado — Podem dizer o que for, mas você é pior que Smaug.
— Eu creio que isso seja um elogio. — Brincou o rei.
Seu semblante voltou a se fechar.
— Então? — Perguntou impaciente pela respostas.
— Para salvar eles de um ato cretino, vindo da pessoas que eles juraram proteger. A resposta é sim.
Ele sorriu me soltando.
— Muito bem. — Disse ele me olhando seriamente — Eu quero que você vá para a cidade do lago achar seus amiguinhos deploráveis e ajudar Tauriel.
— Lógico e você irá vendo de longe. Como em toda batalha. — Debochei — Vai querer fugir também igual da outra vez?
Antes que eu pudesse puxar mais uma levada de ar para meus pulmões. O rei deswmbanhou a espada e a colocou em meu pescoço.
A lâmina queimava minha pele só ao encostar de leve.— Não ouse me desobedecer.
— Ou o quê? Vai me fazer ajoelhar?
Ele sorriu malicioso.
— Para sua altura, em comparação a minha, você já está ajoelhada. Mas de outra forma seria melhor. — Disse passando o polegar opositor em meus lábios.
O jeito de Thranduil estava me assustando e meu corpo me traia, eu queria para reagir ao seu toque, mas ele se arrepiava.
Ele tirou a espada de meu pescoço. Achei por um momento que ele iria embora, mas eu estava errada.
O rei elfo se curvou um pouco e capturou meus lábios enquanto segurava minhas mãos. Seus toque me faziam ficar quente e meu corpo pedia por mais e mais, assim como o do elfo. Mas minha mente voltou em lucidez e eu mordi fortemente seu lábio, se afastando de mim com sua mão em seu lábio que sangrava consideravelmente.
Ele parecia chateado e com lágrimas em seus olhos, mas eu não quis baixar a guarda enquanto ele estivesse com a espada em punho.
— Nunca mais faça isso de novo. — Avisei — Da próxima vez não irei apenas fazer essa coisinha.— Sem problemas minha senhora. Mas você irá sr minha de um jeito outro, assim como a pedra Arken.
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A Canção da Floresta - Thranduil
Fiksi PenggemarMorgana Sióg é uma elfa mestiça, protegida por Elrond, que viveu apenas em Valfenda mas almejava viajar por outros lugares da terra-média. Mas sua sorte muda quando a companhia de Thorin chega e ela decide embarcar nessa aventura que irá mexer com e...