Acordei sentindo um gosto metálico na boca. Meu corpo dolorido parecia que tinha sido empurrado para um penhasco e doía principalmente onde a flecha havia me acertado.
Lembrei de Bilbo e dos outros, me levantei sem pensar na dor ou no local onde eu estaria, eu precisava ajudar eles. Minha visão estava embassada e apenas senti alguém me segurar.— Está louca? Quer abrir sua ferida? — Era a elfa ruiva.
— Só se for louca para ir atrás dos meus companheiros. — Disse me ajeitando.
A elfa mudou a feição.
— Um deles está ferido por uma flecha envenenada. — Disse ela.
— Qual deles? — Perguntei aflita.
— O sobrinho de Thorin, Kili. — Disse ela preocupada.
Então me lembrei da cena que vi nas masmorras.— Você o ama. — Disse — Qual seu nome mesmo?
— Taureil.
— Bem, Tauriel, podemos fazer um trato?
Ela acenou com a cabeça.
— Me ajuda e sair daqui e eu te ajudo achar eles para curar o Kili.
— É muito arriscado. O rei está irrado, ainda mais que os guardas atiraram em você. Posso estar louca mas parece que ele está amando de novo. — Disse ela me ajudando a sair da cama.
Olhei em volta e fiquei perplexa, eu estava no quarto do Rei. Peguei no ante braço de Tauriel por sentir que iria cair por conta desse fato.
— Por que eu estou nos aposentos do rei? — Disse tentando ficar de pé sozinha — Nós precisamos de um plano para sair daqui.
— Posso sair pela porta da frente e te esperar perto da árvore da janela. — Disse ela.
— Ótimo. Mas onde está minhas armas?
— Não se preocupe darei um jeito.
Antes que eu pudesse falar mais alguma coisa, guardas elficos entraram no quarto até nós. Eles me puxaram sem delicadeza nenhuma para a fora do quarto, tentei acompanhar os passos dos guardas mas desisti após tropeçar três vezes, deixei as pernas sem força nenhuma, eu era arrastada pelos grandes corredores do reino.
— Vai demorar muito? Acho que até lá, minhas botas vão estar gastas. — Provoquei.— Me pergunto se não desviamos ter a deixado morrer. — Disse um dos guardas.
— Você quer perder a cabeça? Se o rei achar que a machucados ele nos mata.
— Uma elfa mestiça. Que desperdício de remédio. — Diz ele mas que congela quando ouve a voz do rei.
— Acho melhor ter cuidado com a língua. — Diz o rei se aproximando de nós com a espada em punho.
Enguli à seco. Meus pés estavam firmes no chão mas sentia que iria cair no chão de tanto nervoso.
— Eu já havia repreendido ele, meu senhor. — Disse o outro guarda me soltando enquanto o outro permanecia apertando meu braço.
— Solte-a. Não preciso que levem ela até a sala do trono. — Disse com um tom sério que fez percorrer um frio minha na barriga — E tenha mais cuidado do modo que fala com qualquer um, mas especialmente ela.
— Sim senhor.
Finalmente estava livre. Olhava para todos os lugares que eu poderia correr ou coisa que pudesse usar para me defender. O rei ainda continuava com a espada em mão e mesmo que ele pudesse ser minha alma gêmea, eu não confiava nele. Fui dar o primeiro passo Thranduil pegou em meu braço me levando contra parede e colocando a lâmina da espada embaixo de meu pescoço. Tentei não esboçar medo e aquilo de algum jeito o entretia.
— Pelo visto, gosta de ficar presa em meu reino. — Disse sorrindo.
— E pelo visto gosta de fazer pessoas escaparem. — Estalei a língua sentindo a lâmina ficar mais contra minha pele.
— Eu sei para onde vão seus amiguinhos da escória anã. — Disse ele retirando a espada de meu pescoço.
Vi uma maneira de fugir mas ele me imobilizou com os braços acima de minha cabeça.
— Pelo que soube é uma leitora de linhagens e diários de viagens. Já deve saber de meu interesses. — Sussurou contra meu pescoço.
— Se você soubesse mesmo quem sou teria muito cuidado. — Olhei em seus olhos.
— Você é difícil, eu gosto disso, mas aqui eu sou o rei. — Sorriu.
Vi Tauriel saindo pela porta da frente com minhas armas, estava na hora. Impulsionei minha perna contra suas partes íntimas, me largando no mesmo momento. Corri para os aposentos ouvindo o rei gritar por meu nome, mas não parei. Ao chegar no local fechei a porta e a tranquei, ouvindo logo depois o rei tentando abrir.
— Morgana. Abra essa porta. — Ordenou.
— Resposta errada, Thranduil. — Ri indo em direção à janela.
Olhei para baixo e vi a elfa me esperando. Pulei a janela no momento exato que Tranduil arrombou a porta.
— Morgana! — Gritou ele quando cheguei ao chão.
Meus joelhos reclamaram ao receber o impacto da queda, mas nada do que eles não estivessem acostumados a receber.
— Aquele foi o rei? — Perguntou Tauriel dando minhas armas para mim.
— Foi e vamos antes que ele venha me procurar aqui embaixo. — Disse terminando de me armar e correndo junto de Taureil.
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Estávamos perto da foz do rio que vinha da floresta e partia para outro, para a cidade dos humanos que beirava a montanha solitária, a antiga Erebor.
— Eu e Legolas, capturamos alguns orcs. — Disse ela se abaixando para ver se havia algum rastro.
Eu olhava ao redor pedindo para o vento dizer para onde eles haviam ido, por rio ou terra. Fechei os olhos e ouvi um sussuro do vento.
Água, rio abaixo. Cuidado.
Ouvi um galho quebrar atrás de nós. Eu e Tauriel armamos os arcos e vimos o príncipe do Reino da Floresta.— Nunca pensei que isso iria partir de você, Tauriel. — Disse Legolas com o arco armado.
— Eu precisei fazer isso. Por ele. — Disse ela desarmando o arco.
Eu me mantive firme com o semblante raivoso. Não confio nele.
— E você? Meu pai está louco desde que chegou, Morgana. Os próprios guardas antigos e servos dizem quem nem na época que minha mãe era viva, ele ficava dessa maneira. Por que?
— Gandalf disse que nossas almas estão conectadas. Por que só agora sentimos isso, eu não sei.
Legolas riu soprado.
— Almas gêmeas? Desculpe mas elfos apenas ama uma vez.
Não gostei de seu tom então soltei os dedos que prendiam a flecha que acertaram de raspão seu braço. O elfo ficou impressionado, não esperava que eu soltasse.
— Legolas, você deveria ficar quieto. Eu posso ser jovem para uma elfa, mas saiba que os olhos são de meu pai, a magia de minha mãe, mas a atitude e língua são minhas. Cuidado.
Tauriel deu um riso quase sussurrando.
— Agora entendo por que seu pai está apaixonado por ela.
O elfo ficou com o semblante sério enquanto guardava as suas armas.
— Vamos antes que os orcs achem eles primeiro.
Corremos pela margem do rio para acompanhar e despistar os orcs ou humano curiosos.
Enquanto corríamos pude sentir que Thranduil estava pensando em mim. Maldito rei.
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A Canção da Floresta - Thranduil
Fiksi PenggemarMorgana Sióg é uma elfa mestiça, protegida por Elrond, que viveu apenas em Valfenda mas almejava viajar por outros lugares da terra-média. Mas sua sorte muda quando a companhia de Thorin chega e ela decide embarcar nessa aventura que irá mexer com e...