A descoberta

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Me chamo Brunna Gonçalves, tenho 18 anos, e estou cursando o meu último ano no colegial.
Ainda moro com os meus pais, e estou em um relacionamento à quase 2 anos, ele se chama Caio. Bom, de umas semanas para cá, venho me sentindo um pouco mal, enjôos frequentes etc..
Estava me segurando para não ter que fazer testes de gravidez mas, em um de meus enjôos a minha amiga Juliana presenciou e com certeza ficou com uma pulga atrás da orelha, e cá estamos nós duas, matando os últimos horários de aula indo a uma farmácia.

— Cheche, você sabe que não tem necessidade de fazer esse teste, com certeza deve ter sido algo que eu comi e me fez passar mal.

— Aham! Sei bem o que você andou comendo. Ou melhor o que te comeu.

—Mas..

— Bru, sem "mas", você vai fazer isso, se for o que eu estou pensando.. ai ai ai

— Ok..

Juliana escolheu uns testes em meio a tantas opções, e foi para o caixa efetuar o pagamento. feito isso voltamos para a escola e fomos direto para os banheiros menos frequentados de lá.

— Certo Bru, você sabe o que fazer – disse Dinah

— Eu estou nervosa, Ju.. e se der positivo?

— Você será mãe, ué. – falou revirando os olhos

— Idiota, não precisa dizer óbvio, deixa eu ir logo fazer isso com certeza não é nada demais.

Fiz os testes e os deixei em cima da bancada esperando dar os minutos necessários.. - suspirei nervosa, minhas mãos soavam, até que abrir a porta chamando a atenção da minha amiga.

— E ai? - perguntou Juliana

— Eu não estou tendo coragem de ver o resultado Cheche, você pode olhar para mim?

— Tudo bem Bru, fica calma - disse ela indo em direção ao banheiro.

_Oh! Ela vai surtar_ - Pensou Juliana segurando os testes.

— E então, Juliana? - perguntei aflita, ela olhou para mim séria, e tremi dando passos para atrás me enconstando na pia.

— Bru, você será mamãe, deu positivo! - anunciou ela

Imediatamente fiquei sem ter o que falar, levando as mãos até a boca, o choro ameaçando a sair

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Imediatamente fiquei sem ter o que falar, levando as mãos até a boca, o choro ameaçando a sair. sentir braços ao meu redor me acolhendo em um abraço reconfortante.

— Céus Brunna, você está tremendo. -ouvir Dinah dizer.

— Juliana, o que eu irei fazer agora? Meus estudos, meus pais irão me matar, é o meu último ano.

— Shiii!- disse ela me abraçando mais forte que antes. — Agora mesmo iremos pegar as nossas coisas, e eu vou deixar você em casa, tudo bem? Só fiquei calma, tudo vai se resolver. - apenas balancei a cabeça concordando com ela, e seguimos para a classe buscando nossos objetos, e por sinal as aulas todas já tinham acabado por aquele dia.

Enquanto Juliana dirigia até a minha casa, mil coisas se passavam em minha cabeça. agora tudo seria diferente, eu me tornaria mãe, e com certeza eu teria aquela criança, em momento algum pensei ao contrário. Foi em meio a esses pensamentos que veio um estalo em meu subconsciente, e lembrei-me do Caio, o pai do meu filho. qual seria a reação dele?

Foi quando passávamos em frente a um shopping, que eu tive uma idéia.

— Ju, pare o carro aqui no shopping, por favor.

— Assim? do nada?- perguntou ela confusa.

— Sim Juliana, e venha comigo.

Paramos o carro no estacionamento, e adentramos ao shopping, caminhamos por algumas lojas, foi quando eu avistei uma loja de coisas para bebês.

— O que você pretende fazer, Bru?

— Eu tenho que encontrar algo para contar ao Caio, sobre o bebê. Você acha que ele vai reagir bem sobre tudo isso?-olhei para Juliana e vi algo parecido com uma careta.

— Não sei Bru. Ele deverá ficar surpreso de início, mas vai acabar gostando. -falou enquanto mexia em umas roupinhas de bebê. — Só sei que eu, estou amando a idéia de ser Dinda. -disse ela balançando as sobrancelhas.

— Mas.. quem disse que você será a madrinha do meu filho?-perguntei apenas para fazer graça com a cara dela.

— Olha aqui Brunna, você nem ouse pensar em outra pessoa para ocupar o meu cargo, sua bunda de tanajura.

— Estava apenas brincando Dj- disse rindo e em seguida depositei um beijo em sua bochecha. — Vem, acho que encontrei o que eu queria. -a puxei pela mão e caminhei até o objeto.

— Isso é fofo, -falou Juliana analisando o bore branco.

— Sim, é muito fofo, vem, eu vou ficar com ele.-caminhei até o caixa pagando pela roupinha.

Em seguida, voltamos para o estacionamento, adentramos no carro e seguimos para a minha casa, em menos de 20 minutos a minha amiga para o carro em minha porta.

— Pronto, a mamãe do ano está entregue.-disse ela olhando para mim sorrindo

— Obrigada DJ, não vai quer entrar?

—Nah, eu tenho que ir, mas qualquer coisa me liga, você precisa conversar com os seus pais, e principalmente com o pai desse serzinho-disse ela passando a mão na minha barriga ainda imperceptível.- suspirei

— Você tem razão, preciso falar com eles, estou um pouco apreensiva, mas, fazer o quê? Não irei jogar o meu filho no lixo como se ele fosse algo descartável.

— É isso aí Bru, e independente de qualquer coisa, saiba que você não está sozinha, eu estarei sempre aqui, sou a madrinha, esqueceu?- deu risada.

— Como se você me permitisse esquecer, mas obrigada Juliana, agora eu vou indo.-beijei a bochecha dela e sair do carro entrando em casa, que por sinal estava bem silênciosa, meus pais com certeza ainda estavam no trabalho.- suspirei me jogando na cama.

– É louco imaginar que você está aí dentro, mas eu já te amo muito, meu filho. E independente de qualquer coisa, eu lutarei por você, sempre.-falei enquanto passava a mão na barriga.

Continua...

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