Epílogo

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Alguns anos depois.

Brunna POV

Já não bastasse a correria para as festividades de fim de ano, agora eu havia um segundo problema; lidar com o pai do meu filho adolescente.

Acontece que, agora o dito cujo pensa que tem o maldito direito que entrar não vida o meu filho da noite para o dia. e como não seria diferente, Ravi não quer vê-lo nem pintado de ouro.

E eu como fico? entre a cruz e a espada, óbvio.

— Mama, por favor, eu já disse que não quero aproximação com aquele cara. - Ouço Ravi dizer aquilo pela milésima vez.

— Filho, você não entende que. - mal terminei de falar e vejo o meu filho se exaltar.

— Como eu não entendo? mãe por Deus, aquele idiota nos negligenciou. Ele não te ajudou quando você estava grávida esperando por mim, nem sequer nunca me deu uma maldita fralda, e agora, agora, Dios mami. - Vi o meu filho, agora nada inocente levar as mãos aos cabelos buscando calma. — Você não me fez sozinha, e aquele cara não nos deu nenhuma assistência. e agora, eu quem devo ser compreensível? me desculpe, mas eu não vou. Nós não precisamos dele, entendeu? eu tenho você, tenho a mommy e isso já é o suficiente para mim. - Ravi fala tudo em plenos pulmões e em seguida sobe para o seu quarto.

Sento no sofá da sala e me dou por vencida. não seria fácil convencê-lo a ter uma conversa com o seu progenitor. não que eu fizesse questão alguma, mas eu já estava farta desse assunto, e de ser perturbada por um passado que sequer deveria existir.

Acontece que, passaram-se uns bons anos, e agora o meu filhote era um adolescente. E óbvio que ele estava ciente do que aconteceu comigo quando o mesmo ainda estava em minha barriga, nunca pensei esconder tal coisa dele.

Caio havia saído da clínica onde passou a maior parte desses últimos anos, e agora estava à todo custo infernizando a minha vida para tentar se aproximar do meu filho.

Mas Ravi decidido como só ele conseguia ser, não iria facilitar as coisas e nem estava no meu direito forçar a barra para que ele fizesse tal coisa.

Saio dos meus pensamentos ao ouvir a porta da sala sendo aberta e a minha esposa e filha passando pela mesma. Trato logo de melhorar a cara para que Ludmilla não perceba o quão esgotada estou.

— Ei meus amores. - cumprimento elas.

— Mami - minha filha vem correndo e pula no meu colo.

Sim, Ludmilla e eu aumentamos a nossa família, e agora temos a nossa pequena Jasmine.

Quando decidimos dar esse passo em nosso relacionamento, procuramos os melhores profissionais, escolhemos um doador anônimo com algumas características semelhantes as minhas, já que o óvulo utilizado seria o de Ludmilla e eu quem iria gerar o bebê. E assim foi feito e ela veio. Linda cheia de saúde, e agora com seus 3 anos e 6 meses ela era a alegria da casa e o xodó do irmão mais velho.

— Mama estava com saudades, você se divertiu na casa da sua abuela? - Pergunto aconchegando ela em meu colo.

— Sim, vovó Silvana brincou bastante comigo, tia Lulu também.

— Que bom, meu amor. - digo e deixo um beijo em seus cabelos. — E você, não vai me dar um beijo? - chamo a mais velha e ela vem até mim me dando um selinho.

— Como você está, e cadê Ravi?

— Eu estou bem, amor, o Ravi está lá no quarto. - respondo a pergunta da minha esposa enquanto mexo nos cabelos da pequena.

— Bru, vocês brigaram outra vez? - Puts, ela me conhecia até demais. bom não era pra menos, tantos anos juntas.

— Nós não brigamos, mas eu já estou esgotada de toda essa situação, Lud. - confesso suspirando.

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