Jisung abriu sua gaveta, recolhendo uma muda de roupa. Outra camisa desbotada de banda, um short largo e uma boxer qualquer. Caminhou pelo corredor, cheio de esperança, mas revirou os olhos ao notar que a porta do banheiro continuava fechada.
Todos da casa haviam achado que Chenle tinha se enfurnado em seu quarto. E estavam certos, pelas primeiras cinco horas após começarem o dia. Desde então, era o banheiro que permanecia trancado o dia inteiro.
Chenle era realmente bom em se esconder atrás de muralhas. Às vezes, de uma maneira mais literal que outras.
Jisung encarou o teto. Já estava calejado daquilo tudo.
Ao mesmo tempo, aquele drama era meio engraçadinho. Nada era tão Chenle sem um show daqueles.
Respirou fundo, dando três toquinhos na porta.
— Toc toc. — Encostou sua testa na estrutura. A frustração estava presente em sua voz. — Eu preciso tomar banho.
Ficou sem resposta por um tempo. Chenle esperava que ele fosse embora, mas forçou-se a falar algo ao constatar que a sombra daqueles pés simplesmente não saía dali.
— O banheiro tá ocupado. — Disse, irritado, abafado pelo eco do cômodo.
O mais novo negou com a cabeça. Era inacreditável.
— Por quanto tempo você vai ficar aí?
— O tempo que eu quiser. — Dessa vez, a resposta veio rápida.
— Eu entendo que você quer ficar sozinho, mas por que no banheiro? — Cruzou os braços. Apenas aquela porta branca via sua expressão indignada. — Não pode ficar no seu quarto?
Lá dentro, Chenle estava sentado no tapete do chão. Era um lugar muito espaçoso, de qualquer forma.
— Não. Se eu ficar no meu quarto, meus pais vão achar que podem entrar lá pra conversar comigo. — Explicou. — No banheiro existe um senso mínimo de privacidade.
Jisung desistiu. (Por cinco minutos.)
Foi na cozinha beber uma água e tomar um ar. Estava precisando.
Logo, estava de volta na porta do banheiro.
— Você tá aí o dia inteiro e só saiu pra comer. Não acha que tá na hora de parar com isso?
— Não! — Chenle cruzou os braços. Se Jisung pudesse vê-lo, o compararia com uma criança birrenta.
— Qual é, a sua casa só tem um banheiro. Eu preciso tomar banho!
Falou alto demais. Até andou um pouco na direção da sala de estar, se certificando que os pais de Chenle não haviam escutado. Por sorte, tudo parecia bem.
No entanto, a maldita porta do banheiro continuava trancada. Jisung negou com a cabeça outra vez, irritado de verdade. Pisou firme, voltando para o próprio quarto.
Então, ouviu o clique da fechadura se destravando.
Cerrou os punhos. Sorriu forte.
Tinha vontade de esmagá-lo.
Entrou no banheiro, fechando a porta atrás de si. Chenle havia se levantado e agora estava encostado em uma das paredes do local, de braços cruzados, encarando o chão.
Jisung passou por ele, escondendo um sorriso cômico. Apoiou sua muda de roupas na tampa do vaso sanitário. Se posicionou em frente ao box, e naturalmente, agarrou na barra de sua própria camisa, fazendo menção de tirá-la do corpo.
— Que porra você tá fazendo? — Chenle o interrompeu, arregalando os olhos. Jisung travou seus movimentos no mesmo instante, congelando sua camisa no meio do corpo.
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LET THE KIDS STAY RAW!
Romanceemo ! jisung & headbanger ! chenle • Park Jisung escrevia suas letras favoritas no cantinho da carteira, enquanto Zhong Chenle preferia pixar nos muros da escola. . drabble chapter / fragmentos . livro físico à venda em quantidade limitada!