Cap. 4 ♥

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( Gente, não consigo responder os coments; alguém pra ajudar? kkk :( )

Isabela

Ficamos jogando conversa fora, falei de minhas bandas, livros, filmes e músicas favoritas, até que sua chef de cozinha avisa que o jantar está pronto.

Lucca acaba dispensando ela e o restante dos serviçais pelo resto da noite, fazendo com que fiquemos a sós.

Começamos a degustar os pratos servidos, intercalando sempre com nossa sede abusiva de conversa. Porém, em nenhum momento Lucca revelou algo sobre sua vida.

-Você já namorou, Isabela? - ele pergunta e continua saboreando a comida.

-Não. Nunca achei o cara certo, nem maluco o suficiente pra querer me namorar.

-Até parece - fala e revira os olhos - qualquer um que te namorar será um homem de muita sorte. Pena que não curto relacionamentos.

Um balde de água fria acabou de ser jogado sobre mim. Tudo bem, não estou à procura de relacionamentos, mas será que ele precisa mesmo ficar me relembrando que não significo nada? Passamos o resto do jantar em silêncio; Eu não sou assim, não vou ser só mais uma pra ele, não mesmo.  O ajudei a colocar toda a louça na pia, e quando estou indo pra sala...

-Ai!! Que droga, tá doendo.

Tropecei no degrau que existe entre a cozinha e a sala, e posso falar? Está doendo muito. Lucca corre e se ajoelha afim de ficar na mesma altura que eu, já que sentei aqui mesmo.

-Caramba, Isa, cuidado. Está doendo muito? - voltei a ser Isa? Parece que tenho que estar vulnerável pra despertar o lado humano desse homem.

-Eu to bem, só está doendo um pouco. - falo e tento levantar, como já era de se esperar, falho e sento novamente. É... Acho que isso vai precisar de gelo.

-Deixa de graça, Isabela. Vem, vou te levar até o sofá. - meu coração acelera quando me vejo surpresa com ele me envolvendo em seus braços.

-Não precisa me carregar, Lucca, eu posso caminhar. - Ele bufa.

-Para de ser tão marrenta, pelo amor de Deus.

Baixo a guarda e apenas sinto seu perfume; Melhor aroma que já senti em toda minha existência. Ele apoia meu pé em cima de almofadas, com tanto cuidado que me faz sorrir.

-Espera aí que vou pegar algum gelo.

-Fica tranquilo, pode ter certeza que daqui não vou sair- falo apontando para o pé e sorrindo tristemente.

Acho que não foi assim que ele imaginou nosso jantar, a noite está quase acabando e nós não demos sequer um selinho. E, pra fechar com chave de ouro, aqui estou eu, com o tornozelo machucado e morrendo de dor.

-Prontinho, me deixa cuidar disso. - O observo sentado no sofá e aplicando o gelo em meu pé, sem parar um minuto de me bombardear com perguntas.

-Tem certeza que tá melhorando? Quer um analgésico, ou é melhor chamar meu fisioterapeuta?

Lucca

Troquei a bolsa de gelo incessantemente a cada vez que eles começavam a derreter. Conversamos um pouco, mas, eu sempre interrompendo o rumo da conversa pra perguntar como ela estava se sentindo.

Não sei se a conversa estava chata, ou se ela estava muito cansada, mas na última troca de gelo, ao voltar para sala, encontrei Isabela dormindo profundamente.

Sento na poltrona que fica perto do sofá para observá-la.

Essa garota já é bonita, mas, dormindo, é quase impossível descrever o tamanho da sua beleza. O pior é que ela tem conteúdo, não é só mais um rostinho bonito, isso que me preocupa. Espero que ela realmente não seja tão inocente à ponto de achar que esse encontro representou algo, só preciso de mais um momento a sós para conseguir o que eu quero. Depois disso, desejo vê-la apenas como um chefe consegue enxergar sua funcionária. Nem posso acreditar que estou embriagado pela essência dessa menina, a diferença de idade é grande demais, nunca cheguei a ousar nada parecido, só que dessa vez é mais forte que eu. Além do mais, não tenho nada a perder.

Doce Inocência - Layne LimaOnde histórias criam vida. Descubra agora