Capitulo 11 - presente

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Voltamos para os dormitórios às 17h15. Os meninos compraram algumas coisas idiotas e eu e a Mina compramos roupas e maquiagens. Nada muito relevante.

- Nossa, tô tão cansada. - Mina diz se jogando no sofá.

- Nem me fale - digo deitando no outro sofá da sala.

- Vocês voltaram bem tarde hein - Momo sentando na ponta do sofá próximo aos pés da Mina.

- São 17h ainda.. tá cedo.. - Kirishima gesticula.

- O Aizawa veio te procurar S/n - Todoroki diz descendo as escadas.

- Ah.. sério?!

- Sim. Há uma hora atrás.

- Obrigada por me avisar, Todoroki! - agradeço e ele assenti com a cabeça.

Levanto do sofá e saio do alojamento. Vou andando até o dormitório dos professores, que fica a 10 minutos do dormitório Aliança. Não faço ideia sobre o que meu pai e quer falar.
Chego perto do alojamento dos professores, e avisto de longe meu pai sentado em um banco de praça que havia fora do alojamento deles. Ele estava de cabeça baixa e parecia cansado também.

- Pai!? - o chamo me aproximando. Ele levanta a cabeça e me olha.

- Oi filha. Se divertiu no shopping?

- uhum, muito - respondo e me sento ao seu lado.

- Que bom! - afirma com um olhar sereno.

- O que é isso na sua mão?

- É um presente pra uma menina muito especial.. - diz sorrindo e se levanta. Ele para na minha frente e ergue a mão em minha direção.
Com um sorriso enorme estampado no rosto pego o pequeno objetivo de suas mãos.

- Uauu que lindo! - meus olhos brilham. - é um Amuleto?

- Sim.. Um Amuleto de proteção..

- Sério? E por que você tá me dando isso?

- Pra você sempre me ter por perto, filha. Esse Amuleto vai sempre nos conectar.

- Pai.. - digo baixo meio confusa - Está acontecendo alguma coisa? Por que do nada você está me dando Amuleto? Não é que eu não tenha gostado, sabe? é só que..

- Eu ia dar a sua mãe... - Ele diz antes que eu termine - ...antes dela morrer, mas não tive essa chance. Então quero que sempre o leve com você.

Não consigo dizer nada a respeito. Seu olhar cansado e solitário me entristece. Sei que não sei objetivo, mas, me sinto mal por alguma razão. Ele pega em uma das minhas mãos e me levanta para um abraço. Não sei o que está acontecendo com ele para ter essa atitude, mas não quero que esse abraço termine agora.

Ficamos mais alguns minutos assim. Depois de um tempo, voltamos a nos sentar e conversamos sobre mais algumas coisas. Apesar de não estarmos passando tanto tempo juntos, meu pai ainda é meu melhor amigo.

- Já tá quase na hora do jantar. Preciso voltar pra ajudar o pessoal a preparar a comida - digo.

- Tudo bem, filha. Vai lá.

- Boa noite pai! Eu amei o presente! - me levanto e o abraço novamente. Ele sorri e acena enquanto me vê retornar.

Aizawa

Faz uma semana que essa dor no peito não me deixa sossegar. Pensar que as coisas podem mudar de uma hora para outra me fazer querer entrar em desespero. Mas, não posso perder o controle agora. Minha filha precisa de mim.

Fiquei aqui parado observando a S/n voltar para o dormitório. Quanto mais distante ela estava da minha vista, mais o meu peito doía.

- Aizawa? - Mic abre a porta do dormitório atrás de mim - Está tudo bem? - pergunta. Respiro fundo pensando na oportunidade que perdi.

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