Capítulo 52 - uma chance

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~ Monoma

Consegui! Consegui sair do armazém onde estávamos sendo mantidos presos!

Não tive tempo para procurar pela S/n, então tive que sair sem ela para que eu não fosse pego novamente e perdesse a nossa única chance de chamar por ajuda. Gastei minhas últimas energias tentando me esquivar do filho da puta que estava me vigiando.

Fingi que estava com dificuldade para beber a água quando ele quis por o copo na minha boca. Então pedi para que ele soltasse minhas mãos e deixasse que eu bebesse sozinho. O idiota nem desconfiou. E por um descuido dele na hora que estava me soltando, consegui o aguarrar pelos braços e copiar sua individualidade que era espelho. Ele espelha o ataque do adversário contra o próprio adversário. Então, quando foi tentar me golpear, não conseguiu. Pois tudo o que fazia comigo voltava na mesma proporção para ele. O que foi ótimo. Não precisei usar força física, já que nem estava em condições para isso.

Minha condição não estava muito favorável. Tinham me espancado diversas vezes antes de me jogarem em uma sala diferente da S/n. Meu corpo estava com muitos ferimentos e eu estava exausto. Mesmo assim me forcei a escapar dali. Não tinha nenhum outro vilão da liga do lado de fora. Eles realmente nos subestimaram. Sai de lá sem ninguém me ver.

O lugar onde estávamos fica no meio do nada e por fora parecia ser um galpão abandonado qualquer. Assim que cheguei ao lado de fora, avistei de longe o que parecia ser trilhos de trem. Talvez se eu fosse até lá, poderia encontrar alguém e pedir socorro.

Enquanto praticamente me arrastava até lá, o sol quente me fazia querer desistir. Meu corpo estava tão ferrado que mal conseguia parar em pé. Todo meu corpo se inclinava para frente constantemente querendo cair no chão. Mas eu não podia simplesmente me render a isso.

Só mais um pouco.. sussurrava enquanto andava zonzo. Minha visão estava turva e de repente o cansaço, a fraqueza e a fome me venceram. E diante de um clarão senti o impacto do meu corpo se chocar contra o chão.

- Não pode ser... eu não posso desmaiar agora... não agora.. - murmuro enquanto luto para não apagar.

Quando já estava totalmente vencido pelo cansaço e me contorcendo de um lado para o outro de dor, vejo a sombra de alguém surgir cobrindo meu rosto do sol. Senti a pessoa se abaixar próximo a mim. Vozes bem distantes foram surgindo ao meu redor e elas pareciam familiares. Senti uma mão grande erguer minha cabeça e apoia-la em seu braço. Me senti confortável e sabia que podia relaxar. Meu corpo queria.

- Te encontramos! - uma voz trêmula sussurra enquanto me aperta em seus braços.

- Rápido, ajudem!! - Foi a última coisa que ouvi antes de apagar.

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