Capítulo 56 - de volta ao passado

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Levamos a s/n rapidamente para o hospital mais próximo dali. Ele ficava em torno de uns vinte minutos. Ela não disse sequer uma palavra durante o caminho inteiro, mas segurava minha mão com muita força. Era notório o quão abalada ela estava, sinto que isso não vai acabar tão cedo...

Quando chegamos ao hospital, já fomos recebidos na entrada por enfermeiras junto a uma maca. Elas foram rápido em nossa direção para ajudar a S/n a se deitar nela:

- Eu consigo caminhar sozinha - S/n diz baixo.

- S/n, elas querem te ajudar - digo para a convencer de deitar.

- Eu disse que consigo sozinha! - ela insiste.

Não a contratei mais. Parece que tudo o que eu faço não está certo, não estamos em conexão, estou perdido e frustrado. Tenho a sensação de que não consigo protegê-la e nem ajudá-la.

- Tudo bem, eu a ajudo a entrar - Mirko diz pegando em sua mão.

As duas entraram na frente com o auxílio das enfermeiras até a sala que ela seria examinada. Ficamos na sala de espera até os exames acabarem.

- Aizawa! - Vlad me chama de repente.

- O que faz aqui? E o Monoma? - pergunto.

- Ele está sob os cuidados da escola agora, já está se recuperando. Ele é um menino forte e corajoso, vai ficar bem! E a S/n? Soube que a trouxeram pra cá!

- Sim! Ela está fazendo exames agora....

- E que cara é essa? Você tava louco pra encontrar ela logo..

- Eu não sei.. ela.. está muito quieta, não disse nada até agora. Isso está me preocupando muito.

- Ela deve estar assustada! Ela acabou de passar por um momento traumático, faz sentido ela está reprimida.

- Shota Aizawa!? - uma enfermeira nos interrompe.

- Sim? - pergunto dirigindo minha atenção a ela.

- O senhor pode entrar para ver sua filha - ela diz e eu travo.

- Vai lá, eu vou falar com os outros.. - Vlad diz pondo sua mão em minhas costas.

Respirei fundo pensando no que ia falar para ela e fui em direção ao quarto que ela estava. A algumas horas atrás eu estava totalmente determinado a acabar com Deus e o mundo só para tirá-la de la. Agora que consegui acha-la e que ela está sob cuidados médicos estou me sentindo impotente. Estou me sentindo tão culpado por tudo o que aconteceu que não faço ideia do que vou fazer daqui para frente. Me aproximo da porta do quarto e a vejo sentada na cama pela pequena janela na porta:

- S/n? - a chamo abrindo devagar a porta para entrar.

- Pode entrar.. - Mirko diz e levanta da poltrona ao lado da cama dela - Eu já estou de saída. Vocês têm muito o que conversar - ela diz e sai da sala nos deixando a sós.

Fui até a poltrona e me sentei. Deixando o silêncio absoluto tomar conta do quarto.

- Você veio. Pensei que não viria - S/n diz quebrando o silêncio depois de alguns minutos calada.

- Sim! Eu vim! É claro que eu viria - respondo imediatamente olhando para ela.

- Você sempre vem.. - ela diz baixo.

- É.. - respondo abaixando a cabeça já imaginando o que vinha a seguir:

- Por que nunca me contou sobre o que aconteceu com mamãe... e sobre isso?

- Como? Você não entenderia, você era apenas uma criança!

- Uma criança? E agora? O que eu sou?

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