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Olhei para fora do elevador e por sorte o corredor estava vazio. Beleza, agora era só dar os passos certos e rezar para não dar de cara com algum desavisado por ai.
- Esquerda ou direita?
- Hum... Vai pela esquerda e segue direto ate uma porta no fim do corredor. Ah! E antes que você pergunte, e a sua esquerda. - a ironia era nítida em seu tom de voz.
Isso automaticamente me fez lembrar de um episodio anos atrás que seria trágico se não fosse cômico. Comecei a rir.
- Do que você tá rindo? - questionou Alex curiosa.
- Se lembra daquela vez em que eu peguei o caminho errado e acabei como prisioneiro num cativeiro Mexicano? - comentei caminhando sorrateiramente em direção à porta no fim do corredor.
- Você jura que se lembrou disso? - indagou surpresa. - ate hoje não acredito que você escapou daquela enrascada se casando com o chefe da marfai mexicana.
- Acredite. Não foi sorte, usei tudo o que eu tinha pra conquistar aquele homem. É por Deus. Que homem!
Só em lembrar de Fernando me dava tremedeiras nas pernas.
- Não esqueça que você ainda esta casado com ele. - lembrou ela.
- É... Não tive tempo de pedir o divorcio, estava muito ocupado tentando fugir do México com um punhado de rubis e diamantes na cueca. - aquilo realmente foi doloroso.
- Aquele cara deve te odiar pra cassete. Será que ele ainda tá te procurando pra acerta as contas?
- Olha, espero que não, odiaria ter que discutir os problemas do nosso relacionamento. Se bem que depois da discussão você sabe né.
- Deus! Eu não to ouvindo isso. - disse escandalizada.
- E serio o cara tinha um...
- Por favor, me poupe dos detalhes. Vamos nos concentrar na missão ok.
- Foi mal.
Não demorou muito ate eu chegar à porta no final do corredor, olhei para trás para ver se não havia ninguém. Tudo certo. Minha localização era um ponto cego, não tinha como Alex me avisar da aproximação de alguém, todo cuidado era pouco. Aproximei-me da porta na tentativa de escutar alguma coisa que denunciasse a presença de alguém do outro lado. Parecia seguro. Beleza. Levei minhas mãos à maçaneta e a girei cuidadosamente sem fazer barulho, abri a porta o mínimo que pude só para ver oque estava do outro lado. Uma escadaria.
- Certo, tem uma escadaria aqui. - abria porta por completo.
- Beleza, pelo que to vendo aqui, essa escadaria passa pelo terceiro andar e vai ate o segundo, parece ser um bom atalho pra gente ganhar tempo.
- To descendo. - fechei a porta atrás de mim, e comecei a descer os degraus o mais rápido que eu podia.
A escadaria dobrava a esquerda a cada dez degraus, minhas mãos deslizavam pelo corrimão que auxiliava na minha descida frenética, apenas o eco dos meus passos ressoavam no ambiente frio. Três lances de escadas depois, cheguei a um curto corredor aonde havia uma porta no final, ela estava semiaberta e aquilo definitivamente não era um bom sinal.
-... Ela me fez acordar cinco e meia da manhã pra comprar fritas... - ouvi alguém falando daquela direção.
Merda. Olhei para escadaria e subir de volta estava definitivamente fora de questão, ficaria encurralado lá em cima caso eles subissem. Pensa rapido. Não dava para se esconder atrás da escada, e a única porta que tinha era aquela. Ouvi passos se aproximando e duas sombras chegarem perto da porta. Meu extinto me fez ir em direção à porta e no mesmo instante que ela foi aberta me escondi atrás dela.
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A arte de ser um ladrão. (Dark romance gay)
ActionWilliam Clark e um jovem rapaz de beleza doce e charme cativante, mas não se engane pelas aparências, desde muito cedo ele foi condicionado a uma realidade difícil que lhe concedeu habilidades extraordinárias na arte do roubo. Em parceria com Alex C...