Capitulo 9. Missão em risco.

446 49 5
                                    

Logo após cruzar a multidão que se encontrava espalhada pela pista de dança, segui pelas laterais do salão ate encontrar um corredor vazio e pouco iluminado que dava acesso aos banheiros, era um corredor curto aonde no fim dele havia duas portas de cada lado, logo o da esquerda era masculino. Dei uma rápida olhada para trás, para ver se não havia ninguém vindo. Beleza, segui em direção à porta e entrei no banheiro.

De cara me deparei com um espaço amplo e extremante branco, aonde o piso e o teto eram revestidos de mármore porcelanado, e as paredes eram completamente tomadas por espelhos. Os mictórios nas laterais se estendiam ate a metade do banheiro e do meio para o final havia os toaletes reservados e mais ao fundo as pias. Por sorte o lugar parecia estar vazio, á penas a melodia abafada dos violinos que tocavam no salão podiam ser ouvidos daqui.

Ouço o ponto no meu ouvido chiar.

–... Vermelho na escuta? – disse Alex.

– Na escuta gavião.

Comecei a cruzar o banheiro em direção a um dos toaletes reservado. Meu reflexo se espalhou por todos os espelhos do lugar.

Como vai a nossa missão em risco? – questionou irônica.

– Muito bem obrigado.

Você perdeu ''Sete minutos'' dançando no salão principal, oque aconteceu? – disparou ela em um tom severo.

Eu sabia que ela ia ficar pistola. Alex odiava contratempos, mas eu estava improvisando.

– Você não viu? – rebati de volta, chegando próximo à porta de um dos toaletes.

Eu vi! E você não poderia ter simplesmente recusado a dança? Perdemos um tempo considerável da missão.

Abri a frágil porta que parecia ser feita de um material alumínico, entrei e tranquei por dentro, logo me vi e um espaço cubico e apertado, com um vaso sanitário logo atrás de mim. Tinha cheiro de pinho. Olhei para cima e lá estava, a entrada para os dutos de ar, minha passagem direta ate as joias ou pelo menos pra mais perto delas.

– Eu não tive escolha. – respondi subindo em cima do vaso.

Como assim?

– Não sei se você se lembra, mais eu fui encurralado por um bando de mulheres loucas que começaram a passar a mão em mim, o cara que me tirou pra dançar praticamente me ajudou a sair daquela enrascada, Então eu não tinha como simplesmente recusar. – justifiquei, analisando a tranca que matinha a tampa do duto de ar fechada.

Por sorte era uma fechadura simples que dava de abrir com as mãos.

Ta legal, foi um contratempo. Mas mesmo assim, perdemos tempo de missão, e agora eles sabem que existe alguém filtrado no leilão, não vai demorar ate eles mobilizarem uma busca por todo prédio.

Alex estava certa, era só questão de tempo ate eles multiplicarem o numero de seguranças pelos corredores e no salão principal, sem contar que o perímetro a onde estavam as joias também receberia reforços. Droga, isso colocaria a operação em nível de dificuldade máxima, e agora que eu sabia com quem estávamos realmente lindando, só piorava a situação.

– E você não sabe da maior. – indaguei. Alex tinha que saber.

Destravei a fechadura da tampa e abri vagarosamente, sentido uma brisa gélida se chocar contra meu rosto, logo em seguida me deparei com um túnel completamente prateado e estreito.

Oque? – senti sua voz tensa.

– Se lembra quando eu questione o fato de haver tantos convidados no salão? – olhei por cima da parede do toalete em direção à porta do banheiro. Meu maior medo naquele momento era que entrasse alguém no exato momento em que meu traseiro estivesse pendurado pra fora do duto de ventilação.

A arte de ser um ladrão. (Dark romance gay) Onde histórias criam vida. Descubra agora