Um acordo com o diabo em pessoa

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Estava frio. Mais frio do que ela esperava, e tinha pouco a ver com a temperatura. Nevascas e gelo não eram ideais, mas Sydney estava sempre preparada.

Ela não estava preparada para isso.

O cabelo em seus braços subiu, rígido, assim como o resto dela. Ela segurou os ombros para cima, forçando-se a encontrar seus olhos. Por um momento, ela quase podia fingir que eles eram humanos; que ela estava segura.
Seus olhos correram para as presas em exibição total, um sorriso tímido puxando seus lábios. Sydney piscou rapidamente, tirando a imagem de seu sangue escorrendo pelo queixo. "Senhorita Sage, o que posso fazer por você?"

Ela não deveria estar aqui. Apesar de seu desejo desesperado, isso não era fingimento.

Só um tolo baixaria a guarda ao seu redor. O Zmey. Ela ouviu os sussurros, mil rumores zumbindo ao seu redor.
Sydney não era tolo, mas lá estava ela, a vários metros de distância. Ela não se atreveu a se aventurar mais perto. Seus olhos correram ao redor da rua vazia, procurando qualquer sinal de vida humana ou não. Dentro, a casa estava ocupada, repleta de risos e vida.

Mais ou menos. Ela supunha que ainda era vida, mesmo que fosse impensável. Antinatural. Eram pessoas gentis, não: criaturas. Eles eram tão gentis que ela quase esqueceu o que eram.
Ela sabia quem era Abe. Ele ficou alto e dapper, vestido de vermelho e ouro. Ela se perguntou se ele tinha escolhido vermelho de propósito, algum tipo de desejo inconsciente. Ela cerrou os punhos ao seu lado, com o rosto duro enquanto seus olhos voltavam para o homem na frente dela. "Ouvi coisas sobre você."

Sua risada ecoou pela rua, embora faltasse o calor daqueles dentro. Sua risada não tinha amor, bondade ou alma. Ele sorriu amplamente para o jovem Alquimista. "E eu, você."

O comentário atingiu o medo através dela. O que esse monstro sabia sobre ela? Como ele poderia saber alguma coisa? Ela não era ingênua, sabia que ele tinha conexões. Ela se perguntou brevemente se os alquimistas sabiam exatamente como Abe Mazur operava. Como foi possível que ele tenha colocado as mãos em tantas coisas?
Ele sabia onde ela morava? Onde sua mãe e irmãs dormiam pacificamente em suas camas?

Ele estava zombando dela. "Eu sei o que você faz." Sua voz vacilou um pouco, e internamente ela vacilou. Sydney se endireitava.

"Oh, Senhorita Sage, eu duvido muito disso." Seu sorriso nunca vacilou. Ele deu um passo mais perto, deslizando como se não tivesse se importar com o mundo. Como se isso fosse divertido.
Como se fosse um jogo.

"Eu sei que você faz propostas de negócios." Sydney encontrou seu olhar. O diabo olhou para ela; sobrancelhas levantadas. Ela despertou seu interesse.

"Ah, um jovem, ansioso Alquimista." Abe balançou a cabeça, outro pequeno passo em frente. Sydney lutou contra a vontade de tomar um de volta. "Meu negócio não tem nada a ver com os Alquimistas, Miss Sage. Seria sábio manter seu nariz fora dele.

"Isso não é sobre os alquimistas." Lá estava ele. Você não poderia ser enviado para reeducação para falar com um Moroi, mas isso... O que ela estava prestes a fazer? Isso foi traição. Isso estava traindo sua organização, traindo humanos...

Isso estava protegendo a irmã dela.

"Eu sei que você pode... fazer as coisas. Ela falou pouco acima de um sussurro, mas ela sabia que sua audição não naturalmente avançada poderia pegar suas palavras. "Faça as coisas acontecerem."

Ela certamente tinha despertado seu interesse. Abe olhou para a menina loira diante dele curiosamente. Ela estava vestida como todos eles estavam, em roupas monótonas sem personalidade. Negócios casuais, eles chamam isso. Abe preferiu que seu negócio tivesse algum talento.

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