Conversas, confissões e DR's

InoSai - Começos

As flores ali espalhadas pela loja eram tantos tipos, cores, perfumes e significados. Cada planta tinha seu tempo de desabrochar mesmo aquelas da mesma espécie, Ino cuidava de suas plantinhas com dedicação todavia naquela manhã elas pareciam mostrar algo diferente...uma coisa que ela estava buscando entender. Uma música ao fundo tocava melodiosa, uma harmonia calma e uma letra que discorria sobre como era estar apaixonado:

"Hn" - era tudo que ela conseguia pensar, pois já fazia duas semanas desde que foi chamada em uma missão no qual graças ao jutsu de seu clã ela conseguiu salvar o Sai, e num ímpeto motivado por seus companheiros, ela o convidou para sair após ser questionada por ele como poderia agradecê-la por aquele feito no entanto Sai tivera envolvido em tantos afazeres shinobbis... "Será isso ou ele está me evitando?" - Yamanaka não era o tipo de garota de ficava no mais ou menos ela era do tipo 8 ou 80 e aquela enrolação já estava deixando ela desgostosa com a falta de iniciativa do garoto.

"Talvez seja melhor eu esquecer isso tudo" - ela pensava a fazendo correr para trocar a música que não a motivava nenhum pouco a seguir aquilo que sua mente lhe propunha. Ao terminar de adubar e aguar as flores, foi até o final da estufa onde havia feito um enxerto e estava esperando pelo resultado todavia as tulipas ainda estavam em seus primeiros estagios de desenvolvimento, a queria as flores num tom carmim que representaria com perfeição e sofiticacao o amor duradouro. Ali ela ficou observando sua tentativa analisando que se em três dias elas não desabrochassem como esperado o enxerto não daria certo:

"Po minhas plantinhas vocês também podiam colaborar comigo né?!" - ela então se sentou na cadeira perto de suas ferramentas, tirou suas luvas e absorveu a bad daquela situação com uma trilha sonora ao fundo.

Do outro lado da vila, mais tarde daquele mesmo dia, em cima de um telhado desconhecido era visto várias bolinhas de papel jogadas aos montes e um menino que observava a lua crescente com o ar frustrado pois não conseguia executar o desenho que estava em sua mente. As palavras de Ino martelavam em sua cabeça o deixando confuso sobre o que elas significavam...ele então pegou seu caderno de registro pegou seu pincel mais fino e deixou que o desejo de seu coração riscasse o esboço e quando foi tomando forma os batimentos causaram um certo frio na barriga:

"Não consigo compreender... porque não consigo encarar você... " - ele disse isso encarando o desenho no qual agora dava mais vida acrescentando os detalhes e sombreamentos. Ao pegar a cor azul para tonalizar os olhos sua mente processava o nome de sua confusão: "Ino?" Um ninja de elite não podia se dar ao luxo de ficar com esse sentimento paralisador, ele precisava agir mas nenhum livro ensinava como. Ele então desceu de onde estava decidido a buscar ajuda : " Sakura? Naruto? Nara? Alguém tinha que tirar ele daquele problemão" Voltando para área mais central de Konoha começou a observar que tinham muitos casais espalhados e alguns pontos eram regulares como o rubor nas bochechas e as caras abobadas enquanto se encaravam. E durante essa observação ele notou algo que o deixou perplexo, Ino estava entre um desses casais fazendo aquele frio anterior dar lugar a uma raiva escaldante o fazendo caminhar em direção a eles afinal ser incoveniente fazia parte de sua personalidade, apesar que essa faceta estava sendo moldada pelos avisos e correções constantes de Haruno, todavia aquela era uma exceção a regra. Ele foi se aproximando a rompante dos dois, quando a loira em um look de deixar qualquer um embabacado, o encarou fixamente e no momento que sentiu a sagacidade daquele olhar sua coragem se dissipou o deixando com uma cara de bobo:

-Chegou agora de sua missão?

-Hum, o que??Missão? - ele respondia meio perdido em pigarros retomando a postura para dar vivacidade a sua omissão - Sim. Sim. Cheguei agora e... e - perdido nas palavras esqueceu totalmente o que tinha em mente ao se aproximar dela e o pior ele sabia que estava corado pois sentia seu rosto queimar e num pensamento rápido entregou o desenho que estava fazendo mais cedo a ela sorriu amarelo - Preciso entregar o relatório da missão ... - dito isso ele saiu.

Enquanto isso a menina confusa, ficou segurando o pergaminho enrolado e seu acompanhante assistiu a tudo numa neutralidade que Ino não pensou duas vezes se desculpou e saiu dali. A menina sabia que algo ali não estava certo, andou alguns passos a frente tentando encontrar Sai e quando olhou para cima viu seu pássaro partir. Enraivecida por não tirar aquilo a limpo ela abriu o pergaminho e uma imagem perfeita de seu rosto estava ali pintada e a ênfase dada aos olhos deixaram a garota ainda mais confusa sobre o que esperar daquele menino.

"Sai" - ela ria enquanto caminhava lento e observava aquele desenho que foi feito com uma riqueza em detalhes. Lá do céu o moreno avistou a causa de suas borboletas no estômago desacompanhada e observando o pergaminho que ele havia entregado. Pousou em uma árvore por perto abriu seu rolo de papel e mandou rabiscou algumas palavras e enviou a menina.

"Essa é a oportunidade de resolver esse disparate no meu peito, não terei outra oportunidade" era isso que ele pensava e então ativiou:

-Jutsu das super bestas...então um pequeno passarinho se levantou do pergaminho e voou em direção a beldade que estava a menos de um quilômetro dali.

Quando ela percebeu o que se aproximara estendeu a não e o pergaminho se abriu e nele continha as seguintes palavras:

"Ino,
Meu desejo em sair com você ultrapassou a linha da retribuição. Eu quero muito estar com você e entender o que se passa comigo quando estou contigo. Ainda deseja sair? Estarei esperando por você amanhã na área perto do campo de treinamento três nesse mesmo horário.

Até mais
Sai"

-Essa noite vai ser longa...- ambos  pensavam afoitos ao se jogarem na cama. O sol trouxe o despertar do grande dia, Sai não sabia se Ino toparia enquanto ela estava perdida em expectativas sobre o que a noite lhe reservava. A lua veio devagar, e quando a loira se aproximava do local esperado percebeu uma grande toalha estendida sobre a clareira perto do canteiro de amor-perfeito.

"Será que esse detalhe foi pensado?" - indagava ela ao seu alter ego. O moreno a recebeu com um sorisso largo, escondendo em seu íntimo a arritmia ascendente que o deixava nervoso, o rosto dele queimava a cada passo que a beldade se aproximava:

"O quanto imbecil eu fui ao adiar esse encontro! - "Será que eu saberei o que fazer? "

-Sai? - ele escutou a voz a menina dizer docemente percebendo a cara abobada e ruborizada ao senti-la mais perto.

-Boa noite linda. Quer me acompanhar em um pic nic?

-Nossa está tudo tão lindo. De onde tirou esse ideia?

-Uma passeio em grupo que fizemos a um tempo atrás eu escutei você falar com as meninas. - foi a vez dela de ficar vermelho. Ele acenou para que ela se sentasse e apresentou para ela as guloseimas que havia trazido, enquanto o assunto não vinha Ino puxou a cesta de fruta e começou a comer as uvas e enquanto vislumbrava a cena o menino só tomava coragem para iniciar a conversa direto ao ponto:

-Ino?

-Hn?

-Por que escolheu um encontro?

-Uau!Direto! - expressou enquanto passava os dedos pelos cabelos os posicionando atrás da orelha. - Ontem após seu convite eu fiquei pensando o que me levou a me interessar por você e depois de pensar muito eu não concluir nada eu só sei que eu gosto de estar com você... nesse momento o encarou e ele percebeu as pupilas brilhantemente dilatadas. Sem coragem para encarar ela, ele desviou seus olhos para o céu colocou sua mão sobre a dela:

-Tambem pensei sobre isso ontem, olhei para meu mural de registro e percebi que você está na maioria deles. Eu também gosto de estar com você Ino. - ele entao voltou seus olhos para os dela, e no ímpeto vindo do lado oitenta, ela aproximou dele mais ainda despertando nele o desejo de beija-la e assim fizeram. Quando voltaram a se encarar:

-Quer ser minha linda?

-Eu quero.

Então as confusos se desfizeram e o desespero em saber quando se conectaram não importavam mais, no momento o que contava era dali em diante.

Fim