UM

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Respostando, com algumas mudanças, tive que excluir a fanfic por que o wtt as vezes buga, ele embaralhou todos os capítulos, por isso estou respostando.

Espero que gostem! 🙌😘

O ar estava fresco e claro enquanto Jimin andava rapidamente por um caminho sinuoso no Central Park. Os sinais da primavera estavam por toda parte, de minúsculos brotos em árvores ainda nuas à proliferação de babás que aproveitavam o primeiro dia quente com crianças barulhentas.

Era estranho como tudo mudara nos últimos anos e, mesmo assim, como muito permanecera inalterado. Se alguém perguntasse a Jimin dez anos antes como pensaria que a vida seria depois de uma invasão alienígena, isso não passaria nem perto do que imaginaria. Independence Day, A Guerra dos Mundos - nada disso chegava nem perto da realidade de encontrar uma civilização mais avançada. Não houvera lutas, nenhuma resistência de nenhum tipo no nível dos governos -porque eles não o tinham permitido. Pensando bem, estava claro como aqueles filmes eram bobos.
Armas nucleares, satélites, jatos
- eram pouco mais do que pedras e pedaços de pau para uma civilização antiga que podia cruzar o universo com velocidade superior à da luz.

Ao notar um banco vazio perto do lago, Jimin andou na direção dele, com os ombros sentindo o peso da mochila onde estavam o notebook grande, de doze anos de idade, e vários livros antigos de papel. Aos vinte e um anos de idade, às vezes ele se sentia velho, fora de sincronia com aquele novo mundo de ritmo rápido, de tablets finos e celulares embutidos em relógios de pulso. O ritmo do progresso tecnológico não diminuíra desde o Dia I ( Dia da Invasão). No máximo, muitos dos novos dispositivos tinham sido influenciados pelo que os invasores tinham. Não que os tivessem compartilhado alguma da tecnologia preciosa deles. No que dizia respeito a eles, o pequeno experimento tinha que continuar sem interrupções.

Abrindo a mochila, Jimin retirou o velho Mac. A coisa era pesada e lenta, mas funcionava. E, como universitário pobre, ele não podia comprar nada melhor. Fez login, abriu um documento do Word em branco e preparou-se para o processo doloroso de escrever o trabalho de sociologia.

Dez minutos e exatamente zero palavras depois, ele parou. A quem estava enganando? Se realmente quisesse escrever a maldita coisa, nunca teria ido ao parque. Apesar de ser tentador fingir que conseguia desfrutar do ar fresco e ser produtivo ao mesmo tempo, na experiência dele, aquelas duas coisas não eram compatíveis. Uma biblioteca velha e bolorenta era um local muito melhor para qualquer coisa que exigisse aquele tipo de esforço cerebral.

Xingando-se mentalmente pela própria preguiça, Jimin soltou um suspiro e começou a olhar em volta. Observar as pessoas em Nova Iorque sempre fora uma atividade divertida.

A paisagem era familiar, com a pessoa sem-teto obrigatória ocupando um banco próximo -ainda bem que não era o banco mais perto dele, pois o homem parecia não ter um cheiro muito agradável - e duas babás conversando em espanhol enquanto empurravam carrinhos de bebê preguiçosamente.

Uma garota corria em um caminho um pouco adiante, com os Reeboks cor-de-rosa claros contrastando com a calça azul. O olhar de Jimin a seguiu à medida que ela fazia uma curva, invejando a boa forma dela.
O horário irregular de Jimin deixava pouco tempo para exercícios e ele duvidava que conseguisse acompanhar a garota até mesmo por um quilômetro.

À direita, ele viu a ponte Bow sobre o lago. Um homem estava encostado no corrimão, olhando para a água. O rosto dele estava virado para o outro lado e Jimin só conseguia ver parte do perfil. Mesmo assim, alguma coisa nele chamou sua atenção.

Ele não sabia ao certo o que era. O homem era alto e parecia estar em boa forma sob o casaco de aparência cara que usava, mas aquilo era apenas parte do motivo. Homens altos e bonitos eram
comuns na cidade de Nova Iorque, que era infestada de modelos. __Não, era alguma outra coisa.__ Talvez a postura dele, muito quieto e sem nenhum movimento extra. Os cabelos eram escuros e brilhantes sob o sol claro da tarde, longos o suficiente na frente para se moverem de leve sob a brisa morna da primavera.

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