QUATORZE

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Jimin acordou na manhã seguinte sentindo-se surpreendentemente bem. A boca seca, a dor de cabeça latejante e o estado geral ruim que sempre apareciam na manhã seguinte a uma noite na boate — nada disso estava presente naquele dia, provavelmente por causa da poção mágica de Jungkook.

Como sempre, estava sozinho no quarto. Ele descobrira que os Is precisavam de muito menos tempo de sono que os humanos — para alguns deles, bastava duas ou três horas por noite — e Jungkook acordava muito cedo. O que não era algo ruim. Ele não tinha certeza se queria enfrentá-lo
naquela manhã.

Por algum motivo, ele nunca esperara que ele sentisse ciúmes. Com a aparência que tinha e as habilidades na cama, ele não conseguia imaginar como uma mulher preferiria outro homem. O que acontecera com Samuel na noite anterior não passara de um flerte leve, uma diversão inofensiva que nunca levaria a nada.

Na maior parte do tempo, ele tinha problemas em decifrar as emoções dele. Jungkook normalmente parecia tão calmo e controlado, com aquela expressão ligeiramente zombeteira no rosto bonito. Jimin sabia que ele se divertia com ele frequentemente e gostava de implicar apenas para vê-lo
irritado. Imaginou que fosse algo como um gatinho para ele, uma criaturinha que ele gostava de acariciar e, de vez em quando, com quem gostava de brincar. Mas a reação dele na noite anterior não combinava com aquela atitude casual. A possessividade extrema que demonstrara não fazia sentido em vista do relacionamento que tinham. Ele decididamente gostava de fazer sexo com ele, mas Jimin não conseguia imaginar que significava alguma coisa além disso para Jungkook.

Por outro lado, apesar de talvez ter interpretado incorretamente a expressão dele na noite anterior, ele parecera genuinamente magoado por ele ter achado que seria capaz de matá-lo. Seria possível? Ele realmente se importava com ele como pessoa, como algo mais que o brinquedinho
humano dele? Ao pensar nisso, uma dor estranha surgiu no peito de Jimin. Não podia ser, é claro, mas, se ele realmente se importasse com ele...

Em seguida, ele se lembrou daquele aspecto sobre a vida em Gliese. Eles eram territoriais, dissera ele, e não gostavam de morar uns sobre os outros.

Ele teve vontade de chorar.

Subitamente, as coisas ficaram claras. É claro que ele ficara furioso com Samuel na noite anterior. O pobre rapaz inadvertidamente invadira o território de Jungkook. Para Jungkook, ele era
propriedade dele pelo tempo que ele quisesse mantê-lo.

Ele era apenas outra das posses dele. E ele não gostava de dividir.

Apesar de ter vontade de ficar na cama o dia inteiro, havia coisas a serem feitas. A prova final de estatística era no dia seguinte e ele ainda não se sentia pronto. A última coisa de que precisava era a distração do desastre que era sua vida amorosa.

Levantando-se, Jimin escovou os dentes e tomou café da manhã. Jungkook não estava em casa e ele ficou imaginando onde ele estaria.

Antes de se sentar para estudar, Jimin decidiu verificar o telefone para ter certeza de que Taehyung chegara em casa em segurança na noite anterior. É claro, havia uma dezena de chamadas
perdidas do amigo e um número igual de mensagens de texto e e-mails, cada um deles progressivamente mais preocupado que os anteriores. Jimin resmungou. Deveria ter enviado uma
mensagem para Tae na noite anterior antes de dormir, mas aquilo nem sequer passara por sua mente.
Não havia como escapar. Os estudos teriam que esperar. Ele telefonou para Taehyung.

O amigo atendeu no primeiro toque.
— Ah, meu Deus, Jimin, você está bem?!? O que diabos aconteceu ontem à noite? Se aquele alienígena imbecil machucou você de alguma forma...

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