VINTE TRÊS

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Capítulo de hoje, espero que gostem.
Bjos e boa noite!
Capítulo não revisado!

Jimin não conseguia pensar e o corpo todo tremia em choque e medo enquanto observava Jungkook andar lentamente em direção aos Kapas. A expressão no rosto dele era completamente diferente de tudo o que ele já vira, uma mistura de fúria gelada e desprezo extremo. Ele falou com a fêmea decabelos castanhos em na língua nativa deles, com a voz baixa e fria, e ela se encolheu como se tivesse recebido um tapa. A outra fêmea interrompeu em tom suplicante e Jungkook voltou a atenção para ela, dizendo algo que a silenciou imediatamente. Os Kapas machos apenas observavam, com os olhares variando de medo a desafio. Em seguida, Jungkook se virou para o líder dos soldados e perguntou algo a ele. A
resposta que recebeu fez com que assentisse, aparentemente satisfeito.

— Perguntei a ele se todos os outros Centros também estavam seguros... caso esteja curioso sobre a tradução.

Jimin ficou imóvel e o sangue se transformou em gelo. Virando lentamente a cabeça para o lado, ele olhou diretamente para dentro dos olhos com manchas douradas do alienígena que estivera observando no outro lado da sala.

Esse Jungkook usava as mesmas roupas que o alter ego virtual, mas o meio sorriso zombeteiro no rosto dele era diferente. Da mesma forma que o fato de estar olhando diretamente para ele e
falando em inglês. Pelo canto do olho, Jimin via o drama ainda desenrolando-se na sala, mas ele não
importava mais. Em vez disso, tudo o que conseguia fazer era encarar a versão real do amante... que, sem dúvida, sabia sobre a sua traição.

— Felizmente, eles estavam.
— continuou ele, com a voz enganadoramente calma. — Com a
exceção dos traidores que vê à sua frente, nenhum gliesiano foi ferido. Apenas alguns de nossos postos de escudos foram destruídos e eles serão facilmente substituídos na próxima hora.

Jimin mal conseguia ouvi-lo acima do rugir do próprio coração e as palavras dele não penetraram o redemoinho dos pensamentos em pânico. Ele sabia. Ele sabia o que ele fizera e nada do que dissesse ou fizesse mudaria o resultado. A única esperança agora era adiar o inevitável.

— C-como? — sussurrou Jimin, com os lábios exangues mal movendo-se. A garganta estava estranhamente seca e ele sentia o gosto salgado das próprias lágrimas acumulando-se nos cantos da
boca.

— Como eu sabia? — perguntou Jungkook, aproximando-se do canto onde ele estava e abaixando-se. Erguendo a mão, ele gentilmente prendeu uma mecha de cabelos atrás da orelha dele e acariciou-lhe o rosto com as costas da mão, o toque queimando a pele gelada.

Jimin assentiu, tremendo com a proximidade dele.

— Como eu poderia não saber, Jimin? — perguntou ele suavemente. — Você achou honestamente que eu não perceberia o que estava acontecendo debaixo do teto da minha casa? Que eu
não saberia que o homem com quem dormia todas as noites trabalhava para os meus inimigos?

— O... o que está dizendo? — sussurrou ele, com o cérebro trabalhando agonizantemente devagar. — V-você sabia o tempo todo?

Jungkook abriu um sorriso amargo. — É claro. Desde o momento em que eles o abordaram e você concordou em espionar para eles, eu sabia.

— Eu não... eu não entendo. Você sabia e deixou que eu fizesse tudo aquilo mesmo assim?

— Era uma opção sua, Jimin. Você poderia ter dito não. Poderia ter se recusado a ajudá-los. E, mesmo depois de concordar, em qualquer momento poderia ter me contado a verdade, podia ter me avisado. Mesmo na noite passada, você ainda poderia ter me avisado. Mas escolheu mentir para
mim até o último minuto. — A voz dele estava estranhamente calma e remota, e aquela expressão amarga ainda torcia-lhe os lábios.

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