4 | Futura nora

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Pov. Carol

Minha noite estava sendo agradável, meus amigos estavam ali, meu pai também, recebi uma ligação da minha mãe, ela disse que não iria consegui chegar à tempo para o jantar, mas disse que estava feliz pela minha conquista, e que se orgulhava muito de mim.
Olhei para todos, aqueles eram os melhores momentos, sorrisos, gargalhadas, abraços, tapinha nas costas, eram eles que me faziam esquecer que eu era uma garota diferente, mesmo com as dificuldades eles ainda conseguiam tirar um sorriso de mim.

Elana: — Tio você sabia que a Carolzinha tem uma admiradora secreta? — Disse entre os risos enquanto mordia um pedaço de pizza.

Isaías: — Oh ela tem? — Me olhou curioso, eu fiz não com a cabeça. — Conte mais sobre minha futura nora?

— Papai? — Ouvi Elana gargalhar, peguei uma azeitona e joguei na sua direção. — Vocês não comecem.

Calil: — Ouvi dizer que ela tem tatuagem já, é que anda de skate e por sinal mora no final da rua.

— Sério vocês são insuportáveis! — Peguei meu copo de refrigerante e bebi o mesmo.
Isaías: — É a garota Limns? — Naquele exato momento meu refrigerante quase não desceu pela garganta, acabei me engasgando. — Querida está bem?

Elana: — Ela tá sim tio, só está assim porque o senhor acertou na mosca quem era a pessoa! — Nessa altura eu queria matar a Elana de muitas formas diferentes.

Isaías: — Ela é bonita filha, não precisa se envergonhar por conta disso! — Não era com isso que eu estava preocupada.

Elana: — Pior que é mesmo, tô vendo as fotos dela aqui! — O celular estava praticamente grudado na cara dela. — Carolzinha sabe escolher em! — Agh, tentei pegar o celular da sua mão mas ela rapidamente desviou, se não fosse por conta da mesa eu iria conseguir. — Calma, calma, eu só tô vendo! — Ela falou rindo, fechei os punhos, okay, aquilo não era legal.

— Eu não acho graça nisso, vocês sabem que eu não tenho chance nenhuma, mas mesmo assim vocês ficam me dando algum tipo de esperança. — Falei irritada. — Eu não sou uma pessoa normal okay, eu não tenho uma vida de uma pessoa normal, então por favor parem de agir como se eu tivesse! — Respirei fundo e encarei minhas mãos, o silêncio permaneceu na mesa, okay, eu não devia ter surtado do nada, sei que estão apenas brincando, mas isso acaba mexendo comigo.

Vi meus amigos saírem da mesa, meu pai sentou do meu lado e segurou minha mão, fechei os olhos fortemente.

Isaías: — Filha... — começou, ele fazia um leve carinho nas costas da minha mão. — Tudo bem se estiver gostando de alguém. — Eu neguei.

— Não tá pai, você sabe muito bem que isso é impossível, como eu vou me relacionar sendo que não posso nem ver outras pessoas.

Isaías: — Quem disse que é impossível? — Olhei para o homem que me encarava incrédulo.

— A mamãe disse. — Ele sorriu suavemente.

Isaías: — Sua mãe é cuidadosa, às vezes exagerada, mas eu nunca disse que você não pode se envolver.

— Me diz como? — Ele franziu o cenho. — Como eu vou poder tocar na pessoa sabendo que eu posso ficar doente no dia seguinte. Pai meus amigos desde de criança, desde que aceitaram ser meus amigos, eles tem que fazer exames quase todo final de mês ou até mesmo quase todos os dias, ninguém além deles iria aceitar isso, é chato e tedioso.

Isaías: — Eles fazem isso porque te amam, caso contrário teriam pulado fora. — Ele apertou mais minha mão. — Filha se você acha que essa tal... — Tentou lembrar o nome da garota.

— Day. — Falei entre os risos.

Isaías: — Isso, Day! — Deu um sorriso nasal. — Se a Day é mesmo a garota certa, então por que não tentar?

— Pai a gente nunca se falou, a probabilidade é zero! — Respondi desanimada, porque eu realmente não tinha chances.

Isaías: — Às vezes seu pessimismo me irrita! — Brincou. — Agora levanta e vamos assistir um filme! — Me puxou e fomos até o sofá onde estava meus amigos encolhidos, eles pareciam arrependidos.

— Me desculpem por gritar! — Sentei no meio dos dois.

Elena: — Desculpa por ficar invadindo sua privacidade...

Calil: — A gente não faz por mal amor, é que pra gente você é normal, uma pessoa assim como a gente só que mais especial que qualquer um! — Eu sorri e beijei a bochecha dos dois.

— Eu amo vocês!

Elana: — Isso quer dizer que podemos falar da estranha? — Eu revirei os olhos. — A gente ouviu um pouco da conversa, seu pai tem razão!

— Será que não podemos falar dela hoje, só hoje por favor? — Afinei a voz e peguei o controle. — Que tal um filme?

Calil: — Se não for aqueles clássicos, só o Senhor Isaías pra assistir essas coisas com você!

Isaías: — Dessa vez eu vou ficar do lado da minha filha, os clássicos são ótimos não aceito esses julgamentos. — Meu amigo bufou do meu lado, eu apenas concordei com meu pai. — Caso contrário eu não confio mais em vocês! — Falou brincalhão

Calil: — Desculpa, desculpa!

— Mas para o bem dos meus amigos não vamos ver os clássicos okay?

Eles concordaram, meu pai sentou na poltrona do canto e assistimos um filme de ação — escolhido por Calil. — Eu não era tão fã desses filmes, mas a maioria venceu então tive que aceitar essa derrota.

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