21 | Sem roupa

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Pov. Carol

Acordei com algumas vozes no corredor, me dei conta que eu ainda estava no quarto do meu pai, mas estranhei ao ver um bolsa da lilás sobre a cama, minha visão ainda estava meio turva, e assim que ficou tudo visível, vi alguém entrando pela porta, era a minha mãe?

Rose: — Bom dia bela adormecida... — Desejou, eu ainda a olhava confusa, confesso que não esperava sua presença tão cedo, sendo que não faz nem dez dia que ela está fora de casa, e as suas viagem costumam durar mais. — Que foi, parece que viu um fantasma.

— É que... — Respirei fundo me despertando aos poucos. — Você voltou cedo de viagem.

Rose: — Sim Caroline voltei, mas não parece feliz com a minha presença.

— Não é como se a última vez que se vimos foi um dia agradável... — Soltei sem querer enquanto a mulher cruzava os braços e arqueava as sombrancelhas. — Desculpa, eu não quis dizer isso... — Falei não totalmente arrependida mas sim porque minha mãe me olhava emburrada.

Rose: — Claro que não quis... — Meu celular aptou, ela cerrou os olhos, eu peguei o mesmo vendo uma mensagem de bom dia de Dayane, minha mãe coçou a garganta. — Me dê o celular Caroline! — Pediu, a olhei com confusão enquanto a mesma estendia sua mão para entregar o celular.

— O que? Por que? — Rapidamente arrastei a mensagem de Day fazendo a notificação sumir.

Rose: — Por que eu disse com todas as palavras, sem mensagem para aquela menina! — Ela suspirou.

— Não pode ter certeza que é ela! — Respondi não encarando seus olhos.

Rose: — Se seus amigos estão aqui em casa, então quem está te mandando mensagem? — Ela se aproximou mais e pegou meu celular. — Eu não sei porque está agindo da tal forma desrespeitando sua mãe por causa de uma menina... — Estava agindo assim porque eu estou apaixonada. — Pare de se arriscar, pare de me decepcionar, suas escolhas me fazem eu ter atitudes como se eu fosse a vilã da história! — Ela saiu do quarto parando na porta. — Só vai pegar seu celular a noite!

Assim que ela saiu eu cai de costas na cama novamente, sério, minha mãe estava tornando a minha vida em verdadeiro inferno e eu nunca tive problema com ela, nunca dei motivo, talvez seja minha culpa também, porque tudo isso começou acontecer depois que permiti que Day entrasse em minha vida.
Mas eu não tive culpa, não pedi para nada disso acontecer, não posso pedir para meu coração afastar aquele sentimento, isso não é de agora, sempre tive uma queda pela Day desde muito nova e só agora teve uma evolução.
Não era justo com Day e ter que pedir para ela se afastar, não é justo comigo, proibir de sentir algo tão intenso que nem eu mesmo posso controlar, se for para amar e lutar pelo amor, então eu iria fazer, eu iria ter coragem de enfrentar quem seja, mesmo que isso afete a minha relação com a minha mãe, eu iria tentar.

O que ela poderia fazer? Me proibir de amar, como? Não tem como tirar um sentimento tão forte como esse.

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Já era a noite quando Calil e Elana estavam deixando minha casa, levando toda a felicidade, eles eram os melhores que eu tinha, não substituiria essa amizade por nada, eles me faziam me sentir bem, às vezes eu esquecia que minha vida não era tão normal assim.

Subi para meu quarto, chegando no mesmo me deitei na cama de barriga para cima olhando para o teto onde havia alguns colantes de estrelas, quando as luzes estavam apagadas elas brilhavam, amava olhar as estrelas, por mais que pela janela é muito limitado.

Ouvi algo vibrar e franzi o cenho, olhei para a escrivaninha ao lado e lá estava meu celular, me perguntei em que momento minha mãe deixou ali, peguei o mesmo já reparando com algumas mensagens de Day e dos meus amigos que mal saíram de casa já estavam conversando, eu sorri.
Abri a mensagem deles.

A Garota Da Janela | Dayrol Onde histórias criam vida. Descubra agora