11 | Eu tô doente Day

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Pov. Carol

Ontem conversei com Day até de madrugada, era tão bom conversar com alguém fora do vínculo de amizade, claro que eu sou grata pelas minhas amizades, mas ter alguém como ela, que faz meu coração acelerar apenas com palavras.

E eu sei que tenho algo para contar pra ela, eu só tinha medo, medo da rejeição, e se ela não querer mais olhar pra mim, mas eu tinha que contar, porque doía ouvir ela dizer que queria me ver sendo que isso era quase impossível, eu também não estava criando expectativas dessa nossa amizade, — eu acho que meu pai tem razão, às vezes meu pessimismo atrapalha. — talvez ela queira sim uma amizade com você Carol Biazin, basta você acreditar nisso e parar de querer pensar a frente.

Eu estava sentada na janela como sempre, tomando meu café da manhã olhando as pessoas ali na rua até que vi meu celular vibrar.

Peguei o mesmo e era uma mensagem de Day.

Day: — Você ama ficar na janela né? Tô começando gostar desse costume de ficar te vendo daqui, mas não quero isso não, sai aqui na rua. — Olhei pra fora e lá estava ela, então era esse o momento, a morena dessa vez estava sem seu skate, no momento Day usava uma calça marrom e cropped, ela olhou para mim e depois pro seu celular e começou a digitar. — Por que você fica tão inquieta quando eu faço menção de te ver pessoalmente, tô começando achar que pessoalmente eu sou feia.

Me: — Não fale bobeiras Limns! — Consegui ver um sorriso brotar em seus lábios.

Day: — Então você admite que eu sou bonita? — Eu corei, sim você é linda Day!

Me: — Não coloque palavras em minha boca...

Day: — Queria colocar outra coisa... — Eu arregalei os olhos. Ela voltou a digitar. — Tipo, um café e rosquinhas. E eu sei que você pensou besteira.

Me: — Okay, mas agora é sério, acho que tenho que te contar uma coisa. — Vi seu cenho franzir, meu nervosismo bateu forte, minhas mãos soavam sem parar, tomei um pouco do meu café, olhei para fora a menina estava digitando.

Day: — Pode falar! — Ela me olhou e sorriu, céus seu sorriso é tão precioso.

Então eu tinha que dizer de uma vez, sem hesitar, sem amarelar, se Day realmente gostava dessa nossa amizade então ela iria compreender.

Me: — Eu tô doente Day, eu não posso ter contato com o mundo exterior, minhas células de imunidade são baixíssimas então qualquer contato eu passo ficar muito mal.

Engoli seco olhando para fora mesmo não querendo, ela leu e vi seu sorriso indo embora aos poucos, minha respiração aumentou junto dela a ansiedade, eu iria chorar, ela me olhou triste e umedeceu os lábios e logo o mordeu o lábio inferior, ela tinha uma descrição ilegível, ela foi digitar algo e mas desistiu, meu choro estava na garganta e quando eu vi a morena sair andando sem ao menos dizer nada, então era isso, não deu certo.

Eu suspirei e deitei na minha cama, abracei o travesseiro e comecei a chorar em silêncio, por que? Porque eu fui inventar de contar pra ela, a gente estávamos indo tão bem, eu estava gostando de conversar com ela.

Meu dia foi passando bem devagar, meu pai me questionou porque eu estava tão quieta, mal sai do quarto, nem Jane Austen pôde tirar essa tristeza, perdi as contas de quantas vezes eu entrei no Instagram e assisti os story de Day, ela estava se divertindo com seus amigos, minha mãe estava certa, ela não se importava, vi que estava online e não me respondia.

Decidi dormi um pouco para esquecer um pouco disso, mas eu sabia que quando acordasse tudo voltaria de novo.

Mas então era duas da madrugada quando meu celular começou a vibrar, com a visão meio turva eu vi uma foto borrada, tentei focar melhor a visão e percebi que era Day.
Fiquei alguns segundos ainda encarando a tela, então cocei a garganta e atendi o telefone, minha voz saiu meio rouca já da outra estava meio embargada.

Ligação on.

Oi. — Disse apenas, já ela ficou em silêncio por alguns meros segundos, eu podia ouvir sua respiração.

Day: — Me desculpa... — Pediu num fio de voz. — E-eu fui uma idi-idiota Carol. — Ela estava bêbada?

Day, você bebeu? — Me sentei na cama acendendo o abajur. Ela soltou uma risada nasal.

Day: — Um pouco, talvez três copos ou quatro, eu não lembro, só sei que foram copos suficiente para Sarah me levar para o banheiro... — Não diz que vocês ficaram por favor... Por favor não.

Ela não.

Ela fez alguma coisa com você? — Perguntei já decepcionada, porra a Day era linda e tudo mais, Sarah era... A Sarah.

Day: — Nem se eu quisesse, minha mente estava em outro plano, numa garota especificamente ruiva que mora na minha rua. — Ouvi ela sorri novamente e eu fui pega de surpresa. — Eu afastei dizendo que gostava de você, pelo menos consegui escapar.

Então você me usou só para não ficar com Sarah?

Day: — Eu não te usei, eu falei a verdade... — Tudo bem, Dayane estava bêbada talvez não lembraria dessa conversa.

Você está bêbada, melhor tomar um banho e dormir, amanhã conversamos.

Day: — Eu sei o que estou dizendo Carol, eu gosto de você desde o dia que te vi pela primeira vez na janela, desde que me fez ler Jane Austen por interesse e vontade própria, eu te liguei apenas para ouvir sua voz e ter certeza que sim, eu sinto falta dela, ainda mais quando está rouca tipo agora. — Suspirou, céus Dayane Limns gostava de mim. — Me desculpa por hoje mais cedo, eu não queria que fosse daquele jeito, você está doente e nem ao menos posso ficar perto para ajudar, isso deve ser horrível pra ti, sinto muito! — Falou realmente sentida.

Não sinta Day, sério... — Mordi o lábio inferior, então era agora, eu tinha que admitir o que eu sentia por ela, nenhuma bebida alcoólica pode me ajudar agora. — E-eu também...

Day: — O que? — Perguntou confusa, eu respirei fundo.

Eu também gosto de você, acho que desde o dia que te vi passar pela primeira vez de skate em frente de casa, e céus como eu odeio a árvore que me faz te ver menos... — Falei um pouco envergonhada, ela riu e também. — Não vai esquecer disso quando acordar, né?

Day: — Esquecer que Carol Biazin gosta de mim? — Ela gargalhou humorada. — A primeira coisa que eu vou pensar quando acordar vai ser isso "santo Deus Caroline Biazin gosta de mim". — Eu ri e logo ouvi ela bocejar. — Bom, acho que tenho que mimir, mas amanhã podemos conversar mais, falar sobre qualquer coisa, não pense que eu vou me afastar agora.

Obrigada Day, obrigada por ficar, você não sabe como é difícil pra mim admitir isso para alguém...

Day: — Ei tá tudo bem, eu que agradeço por ter você e a sua amizade, você é incrível!

Bom, melhor a gente ir agora, boa noite!

Day: — Boa noite baby... — Eu sorri automaticamente e as borboletas no estômago flutuavam.

Ligação off

E assim a ligação chegou ao fim, e eu estava indo dormir na maior paz, estava tudo bem agora, Day não iria se afastar e o mais maravilhoso; ela gostava de mim.

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Continua...

Ainn essas duas....

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Até o próximo capítulo!!

A Garota Da Janela | Dayrol Onde histórias criam vida. Descubra agora