20 | Namora uma menina?

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Pov. Day

Era sábado de manhã, mas precisamente seis da manhã, meus olhos fitavam a estrada em movimento, no rádio tocava algum country, Cesar dirigia tranquilamente até Filadélfia na Pensilvânia, sinceramente, gostaria estar em minha casa agora, talvez mas tarde chamar meu amigos — que fazia dias que não reuníamos todos. — por fim, ficar só de papo furado, conversando como estávamos ansiosos para começar.

Chegando na cidade eu pude reparar como nada havia mudado, oh sim, eu já havia vindo para cá, meus avós por parte de pai moram aqui, então se algo acontecer eu poderia simplesmente fugir pra lá.

Entramos em uma estrada terra, em volta era coberto por muitas árvores, inalei o cheiro forte da natureza, era relaxante, meus olhos focaram na grande casa e na frente dela um lago que desaparecia na curva do horizonte. Cesar parou carro e ouvi ele suspirar, sabia que ele estava se rebatendo por dentro, era um receio de como eu iria reagir na frente da sua mulher e seus filhos.

Meus olhos foram direcionados para três pessoas que acabará de descer as escadas da varanda, todos tinham uma característica única, cabelos logos e escuros, assim como os meus, o mais velho era um rapaz, aparentava ter uns vinte dois ou vinte três, outra era uma menina parecia ser um pouco mais nova que eu, e por último, a menor deles, ela lembrava muito Cesar.

Cesar coçou a garganta e saiu de seu carro, suspirei tentando não surtar.

É só um fim de semana.

É só um fim de semana.

É só uma fim de semana.

Ouvi batidas no vidro, olhei para fora novamente e eles estavam sorrindo para mim, Cesar abriu a porta do carro, fiquei um tempo ali encarando meus pés mas sai.

Cesar: — Day, esses são Avan, Aline e Pietra. — Apresentou os três em minha frente, eu apenas dei um sorriso fraco.

Avan: — É um prazer te conhecer Day!

— É... — Torci o lábio. — Te digo o mesmo. — Menti, então a menina menor sorriu e correu abraçando minhas pernas.

Pietra: — Irmã! — Ela falou manhosa, franzi o cenho.

— Não somos irmãs... — Falei baixinho, ouvi Aline segurar uma risada.

Aline: — Biologicamente vocês são. — Ergui meu olhar para menina, seu cabelo estava bagunçado, a mesma usava roupas largas, era um estilo questionável mas muito bom. — Pietra é filho de Cesar.

Sim, eu sabia dessa informação, enquanto Pietra era fruto de uma relação entre Cesar e Eliza, Avan e Aline eram filhos de Eliza.

— É eu sei! — Afastei a menina menor, abri a porta de trás pegando minha bolsa.

Cesar: — Vamos entrar, Eliza deve esta pondo o café da manhã na mesa.

Assim todo fizemos, a casa deles era até simples por ser uma casa de campo, mas ainda tinha um toque moderno, o cheiro de bolo de cenoura estava por toda casa, acompanhei a família até a cozinha onde Eliza se encontrava naquele momento colocando uma calda de chocolate acima do bolo, tudo bem, foi a melhor visão que tive, automaticamente minha barriga roncou e Pietra que estava ao meu lado conseguiu ouvir e segurou a risada, olhei para a menor colocando a dedo indicador na frente da minha boca e fiz "shi".

Eliza reparou nossa presença, seu olhar foi diretamente para mim e a mulher loira sorriu amigável.

Eliza: — O café já está servido querida... — Falou vindo na minha direção e me puxou para um abraço, onde eu não reagi. — Você deve estar com fome! — Seus braços abraçaram o meu braço e me levou até a mesa, puxou uma cadeira e me fazendo sentar. — Pode se servir!

A Garota Da Janela | Dayrol Onde histórias criam vida. Descubra agora