Pov. Day
Eu não queria ficar pensando no fato que, Caroline havia me ignorado, eu estava lá em frente da casa dela, além disso decorei aquele trecho de Jane Austen, engraçado que fiz isso por uma garota que eu mal conhecia.
Balancei a cabeça afastando aqueles pensamentos, talvez Carol não quisesse falar comigo porque eu era uma menina insistente nas mensagens, olha eu me sabotando, de novo, esquece esse papo. Estava perto de uma barra de ferro, na tentativa de fazer um ollie e me equilibrar sobre a barra, acabei errando fazendo o skate bater na minha canela e também cai no chão rapando o cotovelo.
— Droga! — Murmurei, Vitão segurava a risada enquanto me via ali caída no chão. Bufei e me levantei.
Vitão: — Errar um Flip eu entendo, mas um ollie é meio triste... — Revirei os olhos e peguei meu skate. — No que tá pensando, você nunca erra essa manobra.
— Nunca é uma palavra forte, acontece que hoje eu errei okay, só não dormi bem essa noite! — Dei de ombros e voltei a andar, Vitão me acompanhou.
Vitão: — Ata, pensei que fosse por causa da garota que você estava olhando hoje mais cedo! — Deu de ombros passando na minha frente.
Eu parei e encarei o mesmo, como ele sabia?
— Do que você está falando?
Ele pareceu segurar uma risada mas falhou quando vi seu sorriso de orelha a orelha.
Vitão: — Não se faça de besta Day, eu vi de longe seu sorrisinho para a janela...
— Isso não significa nada... — Revirei os olhos. — Aliás ela até me ingnorou, então não sou tão importante! — Passei pelo amigo indo até a arquibancada.
Vitão: — Ou talvez você está se precipitando... — Sentou junto comigo.
— Para de defender ela! — Nesse exato momento meu celular começou a tocar, então era ela me ligando pelo Instagram. — E-eu...
Vitão: — É ela? — Ele sorriu mais ainda.
— Licença okay! — Se afastou atendendo o telefone. — Carol, oi. Tudo bem? Você não me respondeu ontem, e nem essa manhã? — Falei num respirar só.
Ela deu uma pequena gargalhada, eu sorri feito boba.
Carol: — Me desculpa, não queria te preocupar, na verdade estou muito bem!
— Não precisa se desculpa e que bom que está bem! — Engoli seco e chutei uma pedrinha, e agora, o que eu falo, bom ela me ligou por algum motivo certo. Anda Day diga alguma coisa. Cocei a garganta. — A sua voz é linda! — Fiz uma careta, isso foi patético, mas era as mais sinceras verdades, sua voz era realmente linda.
Carol: — Oh Day, muito obrigada, a sua voz também é muito bonita! — Sorri sem graça, nunca ninguém elogiou minha voz. — Sabe como ficaria melhor?
— Como?
Carol: — Você citando Jane Austen! — Ela pareceu bem animada quando disse. Eu sorri.
— Tenho que discordar, acho que Jane Austen ficaria melhor na sua voz, poderia escolher algo e citar para mim mais tarde o que acha? — Por algum motivo meus lábios estavam seco, umedeci rapidamente, meu coração estava acelerado na espera de uma resposta.
Carol: — Me parece uma boa proposta, mas, vai ter que fazer algo que goste também.
Obviamente eu sorria novamente, mordi o lábio inferior pensando o que eu poderia fazer para ela, algo que eu goste, tipo cantar?
— Certo, mas não vou te contar agora, eu te ligo mais tarde?
Carol: — Eu ligo! — Ela respondeu com um certo desespero.
— Tá tudo bem mesmo? — Perguntei incerta.
Carol: — Está sim, eu ligo tudo bem?
— Vou estar aguardando então, eu tenho que ir agora, beijos!
Carol: — Beijos! — Ela respondeu baixo, e senti que foi ato tímido ou talvez eu esteja louca.
Voltei andar de skate e minha vibe estava totalmente diferente, eu nunca fui de me apegar tão rápido, mas Carol tinha suas particularidades, seus detalhes eram pequenos e por isso era agradável, ela era doce sem ao menos perceber isso, mesmo conversando poucas vezes eu sinto que ela é uma garota super gente boa.
Quem sabe hoje eu convide ela para a gente sair e se conhecer mais, provavelmente vai para alguma faculdade, quero saber qual curso ela vai fazer, chuto que talvez ela ame literatura, pois paixão por Jane Austen é bem óbvia.
Só sei que a minha ansiedade estava aumentando, queria ouvir a tua voz novamente, de alguma forma era viciante ouvi-la, ela era engraçada e isso me encantava.
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.Continua...
Até o próximo capítulo pessoal!
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A Garota Da Janela | Dayrol
RomanceCarol uma jovem 19 anos, tem uma doença rara que não podia ter contato com outras pessoas. Então todos dias ela ficava na janela olhando outras pessoas passando por ali, uma delas a garota morena, a menor já conhecia bem aquele tom de pele. Conhecia...