Capítulo 21

19 0 0
                                    



Any: Oi!

Poncho: Oi! – encarando-a.

Any:: Entra – dando passagem a ele. – Eu não arrumei a Luh, você não ligou avisando que viria. – caminhando até a sala.

Poncho: é que eu queria falar com você. – chegando na sala.

Luma: Papaiii! – pulando no colo dele.

Poncho: Oi princesa! – beijando-a.

Any: Senta. – disse se sentando.

Poncho se sentou e colocou Luma em seu colo. Já Any pegou a lixa e começou lixar sua unha.

Poncho: Como anda as coisas? A Luh melhorou?

Any: Melhorou sim.

Luma: Você vai me levar?

Poncho: Sobre isso que vim falar. - Any encarou ele – Será que você poderia ficar com ela esse final de semana? – fazendo careta.

Any: Sem problemas. Se fosse por mim ela nem ia com você.

Poncho: Ela é minha filha também.

Any: Eu sei. Mas não é fácil ficar sem minha filha.

Poncho: Para mim também não é fácil – respirou fundo – Mas não vamos falar nisso. Não quero brigar.

Any: Nem eu.

Poncho: Seus pais já foram?

Any: Foram pela manhã.

Luma: Vamos brincar de comidinha?

Any: Seu pai ta ai. Já não agüento mais brincar de boneca e comidinha.

Luma: Brinca comigo papai?

Poncho: Tem certeza? – fazendo careta.

Luma: Tenho. Eu vou lá no meu quarto preparar as coisas, ta?

Poncho: Ta. – riu.

Luma saiu eufórica, deixando os pais sozinhos.

No começo ambos ficaram sem graça.
Any lixava a unha nervosa.
Já Poncho não sabia onde deixar a mão.

Poncho: Err – falou quebrando o silencio – Queria te pedir desculpas pelo outro dia.

Any: Esquece, Poncho. Eu já nem me lembrava.

Poncho: Posso te fazer uma pergunta? – encarado nos olhos.

Any: Faça. – falou firme, porem temendo o que vinha.

Poncho: Você esqueceu da gente?

Any: Hãm? – assustada.

Poncho: Você se esqueceu de mim? Se esqueceu de tudo que vivemos?

Any: Serio, Poncho. Por que essa conversa agora? O que você quer?

Poncho: Desculpe. – caindo na real no que havia perguntado.

Any: Por que quer saber? – agora ela encarou ele.

Poncho: Curiosidade! Mas se não quiser falar, tudo bem.

Any: Eu não me esqueci de você, Poncho. Infelizmente. Mas acho que 'a gente' nem vale a pena a ser lembrado.

Poncho: Por que?

Any: Acho que não há necessidade de te responder isso. Você sabe muito bem.

Poncho sentiu isso como uma facada no coração. O que foi isso que sentiu? Se perguntou ele.
Se controlou para não fazer outra pergunta a ela, mas não se agüentou.

Poncho: Aquele garçom. – falou tímido – Ele tem chances com você?

Any: Isso faz parte da minha vida pessoal, Poncho.

Poncho: Somos amigos. Ele tem ou não?

Any: Não estou entendendo essas suas perguntas repentinas. Um dia você me trai e outro quer saber se eu vou ou não dar chances para alguém.

Poncho: O garçom falou de você.

Any: Falou? – ela riu.

Poncho: Vejo que ficou contente em saber. – enciumado.

Any: O que ele falou?

Poncho: Que você é linda que isso que aquilo – falou com desdém.

Any: ksapskapskpakspa, Sandrinho não perde uma. – falou sorrindo e voltando a lixar a unha.

Poncho: Agora você tem até intimidades com ele. – irritado – Você já ficou com ele? Já rolou alguma coisa?

Any estranhou o tom da voz de Poncho e respondeu encucada: Não. Nem quero. Meu coração se fechou para o amor.

Poncho: Mas... – sendo interrompido.

Any: Vamos mudar de assunto?

Poncho: Tudo bem. – respirou paciente. – Como anda com a agencia?

Any: Vou falar com um dos proprietários da Mesón na terça. Se Deus quiser vamos conseguir.

Poncho: Eu torcer por vocês.

Any: Obrigada. Por que não pode ficar com a Luh? Não que eu queria, mas to curiosa!

Poncho tremeu: é-é eu vou em um chá de bebê.

Any: Chá de bebê!? – riu – Homens não entram.

Poncho: Esse é todo doido. Pelo menos vou participar de um chá de bebê né? No seu você me expulsou. – rindo.

Golpes da vida - não AutoralOnde histórias criam vida. Descubra agora