Capítulo 25

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Maite e Christian finalização a discussão ali.
Em casa sem duvidas iria ter uma seria conversa, mas ali no carro não era o lugar nem o momento.
Eram pessoas adultas e tinham que agir como tal.

Poncho seguiu até a casa de Maite e Christian.
Logo estava em frente da linda e imensa casa.

Poncho: Estão entregues. – com a mão no volante.

Chris: Valeu brother. – batendo as mãos – Tchau Melissa. – dando dois beijos no rosto dela.

Christian se despediu e entrou sem ao menos esperar Maite.

Mai: Obrigado pela carona, Poncho. – dando dois beijos no rosto dele.

Poncho: Que isso Mai. – dando um beijo na testa dela. – Uma boa noite pra vocês.

Mai: Vai ser difícil. – suspirou – Vai com Deus, Poncho. – se afastando da janela do carro.

Poncho esperou a amiga entrar e só então seguiu com Melissa ruma a casa da mesma.

Maite já entrou em casa tirando a sandália de salto que tinha lhe machucado o pé.

stian já tinha subido e se trancado no banheiro a fim de tomar um banho.
O ciúme ainda o corroia. Estava nervoso e impaciente. A imagem daquele rapaz suspirando por sua morena fez ele pirar.
Fechou os olhos fortemente e levou as mãos da cabeça.
Só podia estar louco.
Balançou a cabeça negativamente afim de espantar os pensamentos.
A água fria escorria pelo seu corpo dando mais alivio.
Pegou o sabote e começou a passar pelo corpo. Aos poucos o nervosismo e estresse se cessavam.

Maite subiu em silencio até o quarto.
Jogou a sandália em um canto e se jogou no puff.
Ouviu o barulho do chuveiro, indicando que Christian estava tomando banho.

Os pensamentos começaram a surgir.
Sim, ela errou de não falar desse amigo tão intimo. Não iria gostar se uma mulher chegasse até seus marido com aquelas intimidades. Era o normal o ciúme, mas será que Christian não confiava nela?
Ao pensar nisso sentiu seu coração doer.
Colocou a cabeça para trás e fechou os olhos. Assim permaneceu até ouvir o barulho da chave abrindo a maçaneta da porta.

Christian tinha saído do banheiro com um short marrom de nylon de dormir e sem blusa. Os cabelos ainda estavam desarrumados e tinha uma toalha em cor pêssego pendurada no ombro.
Olhou Maite no puff fazendo seus olhares se cruzarem.
Ele desviou o olhar e foi até o closet.

Maite se levantou e se escorou na porta do quarto que dava acesso ao corredor.

Christian saiu do closet em direção a porta.

Christ: Licença. – evitando olhar diretamente nos olhos dela.

Mai: Precisamos conversar. – permanecendo onde estava.

Christ: O que você quer me falar? – ando alguns passos para trás. – Que aquele seu amiguinho idiota dá em cima de você na minha cara e que eu ainda vou estar errado? – nervoso.

Mai: Fala baixo!!! – falou firme – Ninguém precisa saber o que se passa aqui. Quer o que? Que toda vizinhança acorde com seus gritos?

Christ: Maite acho melhor a gente parar por aqui. – tentando ficar calmo – Eu to nervoso e vou acabar explodindo.

Mai: Por bobeira!!! Eu sei que errei, confesso. Mas não é para tanto, Christ.

Christ: Não é para tanto? – perplexo – Com licença, Maite – tirando ela da sua frente – Seu mal é saber admitir seus erros, porém sempre querer justifica-los de alguma maneira. Você nunca pede desculpas. – termina sua frase e sai do quarto.

Mai: Droga, droga, droga!!!! – batendo na testa – Você é uma burra, Maite. Não faz nada certo. – sentindo os olhos marejarem – é uma orgulhosa e egoísta.

Sua visão foi inundada pelas muitas lágrimas que caiam em ritmo acelerado. Elas eram intensas e caia pela face rosada dela, marcando seu rosto e morrendo amarga em sua boca.
Apesar de todo gênio, Maite era uma pessoa meiga e em busca de carinho.
Nunca imaginavam que apesar da aparência "forte", existe uma menina frágil e insegura.

Ela foi em direção do banheiro e apenas encostou a porta.
Tirou o vestido em meio a lágrimas. Ficou apenas de calçinha e sutiã preto de renda. Ia entrar no box , quando sentiu as lágrimas caírem mais intensas e os soluções ficarem mais altos. Encostou na parede e começou a chorar. Colocou todo choro preso pra fora. Toda dor que sentia. Toda a vontade de chorar que sempre prendeu para se manter forte.
Foi descendo pouco a pouco. Deslizando pelo piso frio do banheiro.
Ao chegar no chão, abraçou suas pernas e continuou a chorar. Estava doendo demais.
Naquele momento se sentiu inútil e fraca.

Christian tinha ido para a sala de teve.
Apesar de não gostar de brigar com Maite tinha horas que era impossível.
Ele também era humano e se irritava.
Estava nervoso e estressado.
Apertava o controle com força e pressa, afim de encontrar um programa que lhe agradasse.
Passou umas três vezes todos os canais e nada.
Desligou a teve e jogou o controle sobre seu peito.
Olhou para o teto e se perdeu em pensamentos.

Golpes da vida - não AutoralOnde histórias criam vida. Descubra agora