Capítulo 22

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Na hora que a música começou a tocar.
Poncho encarou Any e esta fez o mesmo.

Poncho colocava a lâmpada e olhava pra Any sentada no sofá comendo o algodão, que também mirava ele de rabo de olho.

Poncho: Pronto. – disse descendo da cadeira.

Any: Obrigado.

Poncho: De nada. – acendendo a luz – Ta direitinho – apagando – Eu já vou.

Any: Vai lá falar com a Luh, não?

Poncho: Vou sim.

Any: Pode ir lá. Ela deve ta no quarto dela.

Poncho saiu e foi até o quarto da menina.
Ela estava brincando com a Hello Kitty e o coelhinho que tanto amava. Falava sozinha. Parecia tão gostoso brincar assim.

Poncho: Gatinha. – falou da porta.

Luma: Oi papai. – com um sorriso no rosto.

Poncho: Papai já vai. – indo até ela – Cadê meu beijo? – sentando na cama.

Luma: Você vem aqui amanhã? – sentando no colo do pai.

Poncho: Amanhã não.

Luma: Por que?

Poncho: Eu vou sair.

Luma: Ta bom. – beijando.

Poncho abraçou a menina e lhe deu um beijo no rosto. Levantou e ia saindo do quarto quando viu um porta-retrato com uma foto dele, Any e Luma. Automaticamente pegou o objeto e admirou a foto, encarava serio a foto.

Luma: é eu, você e minha mãe. – Luma ao ver o pai olhando a foto, falou enquanto penteava os cabelos de uma boneca.

Poncho: é sim. – colocando a foto de volta na cômoda – Tchau.

Luma: Tchau.

Poncho saiu do quarto e voltou para a sala. Any já tinha comido o algodão doce e agora tinha voltado a limpar a casa, ou melhor, tirar as pouquíssimas poeiras de cima dos moveis.

Poncho: Eu já vou.

Any: Ah sim. – deixando o pano em cima da mesinha de centro – Eu te levo até a porta.

Ela saiu andando e Poncho a seguiu.

Poncho: Ta dando uma de faxineira hoje, é?

Any: To tirando as poeiras dos moveis – abrindo a porta com a chave.

Poncho: Tchau. – dando um beijo no rosto dela.

Com a proximidade de Poncho a respiração de Any ficou ofegante, assim como a dele.
Poncho mirou ela nos olhos e esta fez a mesma coisa. Queria empurra-lo, mas não tinha força, o coração batia tão rápido que parecia evitar deixar ela respirar.

Poncho com medo do que ela podia fazer e evitar um beijo, beijo que ela tanto desejava, encostou seus lábios no dela.

Any continuou estática, mas ao sentir os lábios gelados de Poncho nos seus, fechou os olhos.

Poncho começou um beijo lento. Any abria a boca dando passagem a língua de Poncho. Um explorava a boca do outro. O beijo era cheio de desejo e amor, sim amor e por ambas as partes.

No fundo tocava a música 'Encostar na tua'.

_____ (Encostar na tua) _____ Ana Carolina.

EU QUERO TE ROUBAR PRA MIM
EU QUE NÃO SEI PEDIR NADA
MEU CAMINHO É MEIO PERDIDO
MAS QUE PERDER SEJA O MELHOR DESTINO
AGORA NÃO VOU MAIS MUDAR
MINHA PROCURA POR SI SÓ
JÁ ERA O QUE EU QUERIA ACHAR
QUANDO VOCÊ CHAMA MEU NOME
EU QUE TAMBÉM NÃO SEI AONDE ESTOU
PRÁ MIM QUE TUDO ERA SAUDADE
AGORA SEJA LÁ O QUE FOR
EU SÓ QUERO SABER EM QUAL RUA MINHA VIDA VAI
ENCOSTAR NA TUA
E SAIBA QUE FORTE EU SEI CHEGAR
MESMO SE EU PERDER O RUMO, ÊÊ
E SAIBA QUE FORTE EU SEI CHEGAR
SE FOR PRECISO EU SUMO
EU SÓ QUERO SABER EM QUAL RUA MINHA VIDA VAI
ENCOSTAR NA TUA

Vídeo:

O beijo ganhava intensidade. Era um beijo cheio de desejo. Any levou a mão no pescoço de Poncho e este enlaçou a cintura dela.
Os corpos estavam bem encostados. De vez enquanto giravam a cabeça, os movimentos aos poucos foram ficando rápidos e a língua girava.
Pararam quando o ar foi necessário.

Any: Não deveríamos ter feito isso. – ela disse ainda de olhos fechados e levando a ponta do dedo até os lábios.

Poncho: Por que não? – ele falou perto do ouvido dela – Eu queria esse beijo, você queria esse beijo.

Any: Não, eu não queria – disse e finalmente saiu dos braços dele – Você não tem direito de fazer isso, Poncho.

Poncho: Desculpe – desnorteado – Eu estou confuso e ... – sendo interrompido.

Any: Esse beijo tem que ser esquecido, ele nem se quer devia ter acontecido. – nervosa.

Poncho: Tem certeza? Ele aconteceu e esque... – novamente sendo interrompido.

Any: Ela aconteceu por causa do desejo, da proximidade. Mas não deveria ter acontecido. Vamos esquecer, ok?

Poncho: Tudo bem, se é assim que você. – triste – Eu já to indo.

Golpes da vida - não AutoralOnde histórias criam vida. Descubra agora