A Joia Flamejante (Kakashi Hatake + OC)

Justiça

Quatorze dias para o Ataque de Pain

Cidade Portuária, País do Fogo

Kakashi notara que a esposa tivera um lapso de memória, fazendo um sinal para o amigo de longa data começar a executar o plano. Em uma sincronia perfeita, Yoshikawa Suyen observou o Capitão Yamato usar o seu estilo madeira para alcançar os pés dos capangas atrás dela, sem que eles sequer percebessem, devido a alta concentração do jogo. A mulher sabia que não conseguiria blefar por muito mais tempo, e por este motivo, fechou os olhos e concentrou todo o chakra de seu corpo naquela folha de papel. Ela já havia visto Kakashi fazer aquilo, quando ele a ensinou a checar seu elemento fogo, mas sabia que exigia uma concentração fora do comum. Se recordando de cada parte da explicação de Ueno Katsuo em sua memória, ela imaginou o fluxo de chakra a obedecendo e inundando o papel, exatamente como notara na memória. Ao abrir os olhos, a carta de poker flamejava chakra, da mesma forma que ela vira Katsuo fazer. A cor era como fogo, mas não apenas isso: Fios incompletos de chakra incrementavam o jutsu, fazendo o homem em frente a ela engolir em seco.

— O-o que é isso? — Ele quis saber, muito surpreso.

— Isso o que? — Suyen perguntou, de maneira divertida. — Você já se esqueceu mesmo. — Disse ao homem, que continuava estático e paralisado de medo. A mulher pousou a carta no mesmo lugar que vira Katsuo fazer com ela, em sua memória e de repente, o jogador promissor era apenas um homem dormindo apoiado na mesa. Se lembrando dos homens que estavam atrás dela, Suyen se virou rapidamente, suspirando aliviada quando observou que eles estavam paralisados.

— Quando os colocou em um genjutsu? — Ela questionou a Kakashi, admirada.

— A algum tempo. — Se gabou, avançando para a esposa e a tocando no braço. — Você está bem? O que fez com ele?

— Eu estou bem. — Garantiu ao homem de cabelos prateados. — Eu vi exatamente como Katsuo apagou minha memória, em uma lembrança que tive agora pouco. Enfim, posso explicar depois... — Disse, observando Yamato retirar as chaves do cinto do homem, que ainda estava adormecido.

— Até quando ele vai dormir? — Gai quis saber, olhando o rosto do homem colado na mesa.

— Tempo o suficiente para acabarmos com esse circo. — Suyen garantiu a ele. — Vamos.

— O prêmio da jogadora profissional. — Yamato debochou, a entregando o molho de chaves.

Os três caminharam em direção ao acesso para o segundo andar, passando chave por chave pela grade de ferro até finalmente achar a correta. Yoshikawa Suyen jogou a chave para Hatake Kakashi. Sabia que em sua posse ela estaria seguida. Seguindo com pressa pelas escadas que davam acesso ao segundo andar, Suyen percebeu que dali de cima era possível ver toda a movimentação que ocorria abaixo de seus pés. Entretanto, diferente do local em que estava agora, tudo parecia muito frio e quieto, diferente das grandes alegorias que os seguiam no andar de baixo.

— Onde estão os capangas? — Suyen questionou, caminhando pelo andar escuro. Tudo era terrivelmente silencioso por ali.

— Por aqui, em algum lugar. — Yamato analisou o local. — Fique atenta. Não dá para saber que tipo de pessoas eles são.

Suyen percorreu os olhos por todo o corredor escuro, enquanto dava alguns passos atrás de Kakashi. O homem parecia muito preocupado em defender sua esposa a todo custo, sempre tomando partido em sua frente e focando em ajudá-la da melhor forma.

— Isso parece mais um hospital do que um casino. — Gai sussurrou.

— Eu concordo.

— Onde está todo mundo?