O verdadeiro Hatake Kakashi

200 14 54
                                    

Cidade de Tóquio, Tóquio, Japão

10 de fevereiro de 2008


Suyen gargalhou, sem nenhuma vergonha em fazer isso. Ao ver que o homem não ria, ela se conteve, mesmo que o rosto ainda estivesse vermelho. O homem de cabelos prateados continuava estático, olhando para ela, na espera de uma resposta.

— Não brinque com isso.

— Não é piada. — Garantiu, ainda sentindo sua mão tocar na dela.— Sei que pode parecer uma loucura, mas é a única forma de você poder ser protegida 100% na Aldeia da Folha. Caso contrário, não sei o que poderá acontecer.

— Meu pai não pode me proteger? — Ela uniu as sobrancelhas, se desvinculando do toque no mesmo instante. — Eu não posso me proteger sozinha? Eu treinei, Kakashi, o que me impede?

— Como eu disse, o ideal é que você fique na Aldeia da Folha. Mas, sabendo de toda a pressão que vai sofrer, a Senhora Tsunade vai sugerir que você vá para a propriedade do clã Yoshikawa. Se casando comigo, você será oficialmente uma cidadã do local e terá um reforço de proteção muito mais efetivo, já que vai poder residir na Aldeia. O que acha que é mais seguro, estar em propriedade no meio do nada ou repleta dos melhores ninjas das nações? — Questionou. — Além do mais, você poderá participar de perto da investigação, não terá que se deslocar, a Senhora Tsunade não será perseguida por te manter por lá e de praxe, ainda poderei te proteger de qualquer coisa. — Disse, como se o plano fosse perfeito. — Fora que a sua presença no clã pode atrair esses malfeitores para a sua família. Você tem tias avôs idosas, crianças por todo o clã... Gostaria de prejudicar essas pessoas?

— Então o que você sugere é que eu me prejudique?

— Casar comigo é se prejudicar?

— Não é isso, é que... Para mim, o casamento é algo muito sério e não uma simples troca de favores. Você sabe disso. Eu fui obrigada a ficar noiva de Matsuno Itao a um tempo atrás e agora quer que aconteça o mesmo de novo?

— Não é bem assim. — Ele corrigiu. — Eu não sou o Matsuno Itao. Estou sugerindo esse casamento para te proteger e não o contrário.

— Me proteger, me proteger... Você sempre fica falando essas coisas. — Suyen passou a mão pelos cabelos, em um pequeno desespero. — O que interessa ser protegida se tenho que viver uma mentira todas as vezes? Desculpa, estou estressada.— Disse. — É que sonhei com esse pedido a anos, sabe? Mas não desse jeito.

Kakashi queria abraçá-la, dizer o quanto ela era importante e que podia confiar nele. Sabia que a situação era altamente complicada, mas também sabia que tudo estava muito perto de se ajeitar. Ele se ajeitou no carpete do corredor pela milésima vez, alongando as costas e respirando fundo.

— Sei que acha que eu sou um mentiroso, Suyen, mas tudo o que eu disse a você naquela noite foi real. O que eu preciso fazer para que você entenda isso?

— Definitivamente não era me abandonar, como você fez.

— Escute. Não estou dizendo para ficarmos casados por a vida inteira. É apenas algo por conveniência, temporário, para manter a investigação.— Explicou, mesmo que soubesse que para ele estava longe de ser assim. — Assim que tudo acabar, pode ir morar com a sua família verdadeira e fazer o que quiser, tudo bem? — Agora, ele quem estava resmungando, e antes de perceber, havia ficado verdadeiramente irritado.— Dessa forma, você pode ficar longe de tudo o que eu fiz, mesmo que ela tenha sido feita exclusivamente porque eu me importo com você. O que você queria? Que eu deixasse eles te investigarem e te matarem, simplesmente por uma coisa totalmente sem sentido?

A Joia Flamejante (Kakashi Hatake + OC)Onde histórias criam vida. Descubra agora