Plano final

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Dezessete dias para o Ataque de Pain

Aldeia da Folha, País do Fogo

Casa dos Hatakes


Nara Shikamaru deixou Suyen em casa após o acontecimento, a pedido de Kurenai, que temia que a amiga passasse mal devido as lembranças estarem voltando. Quando Hatake Kakashi voltara para a casa, a esposa contou tudo a ele, que apena sossegou a ter completa certeza de tudo estava bem com ela. Naquela noite, Suyen não conseguira dormir. Ficou pensando em cada detalhe da lembrança que lhe assolara. Tudo parecia fragmentos confusos de uma história que ela não sabia completamente e que precisava encaixar peça por peça. No meio da madrugada, ela se levantou, pingando suor e se sentou no chão, virada para a porta da frente. Pelas frestas, via que já era alta madrugada lá fora. Sua franja estava grudada na testa, como se ela houvesse corrido uma maratona e não se lembrasse. Seu rosto, pálido como uma folha de papel e suas mãos altamente geladas. Muitos questionamentos bombardeavam a sua mente. As sensações, a maneira como tudo parecia tão palpável em sua mente e as maneiras que as memórias invadiam o seu cérebro nos momentos em que se aproximava mais de elementos do seu passado... Até onde o jutsu de Katsuo havia funcionado em sua mente? Ela não sabia.

— Não deve estar sendo fácil para você. — Kakashi disse, se sentando ao lado dela. Parecia exausto também.

— Não mesmo. — Disse, abraçando os próprios joelhos e afundando a cabeça ali. — Acho que a paz só voltará a reinar quando eu souber que todos os responsáveis por fazerem isso comigo estiverem presos ou mortos.

Kakashi respirou fundo.

— Nem me fala. A angustia de te deixar em casa sozinha é horrível.

Suyen levantou a cabeça, olhando para ele.

— Amanhã você trabalha. Não deveria estar dormindo?

— Você não dorme, eu não durmo.— Argumentou, cruzando os braços por cima do peito e encarando o mesmo ponto fixo que ela encarava a segundos antes.

— Está podre de sono.

— Eu não me importo. — Disse, piscando algumas vezes, os olhos com uma certa vermelhidão que destacava suas íris castanhas.

— Pois deveria se importar. Estará a serviço da vila amanhã e está economizando horas de sono.

— Eu já economizei horas de sono diversas vezes para ficar lendo livros de romance. — Revelou. — Que tipo de homem eu seria se não fosse capaz de fazer o mesmo para dar um apoio moral a minha esposa?

Suyen riu.

— É, não posso dizer que você não é um mestre na arte do convencimento.

— O que mais a preocupa em toda essa situação, Suyen?

A mulher ponderou para responder. Era difícil colocar em palavras.

— Acho que tenho medo de nunca me lembrar de tudo. Tenho medo de saber que eles retiraram de mim uma parte que eu nunca irei recuperar. — Ela acariciou o próprio braço, apenas para ter algo para fazer com as mãos. — Não sei, talvez eu só esteja pensando demais, como sempre faço.

— Acho que você precisa se distrair um pouco. — Kakashi comentou.— Não tenho conseguido ser um esposo tão presente assim por as minhas obrigações. Me desculpe.

— Não diga isso, você tem sido ótimo. — Suyen garantiu a ele.

— Acho que tem algo que vai ajudar você a se distrair um pouco.

A Joia Flamejante (Kakashi Hatake + OC)Onde histórias criam vida. Descubra agora