Infelizmente a diversão da noite passada não durou muito. Na verdade, durou mais do que eu podia imaginar. Henry entrou no meu jogo e continuou prestigiando o show particular que claramente não era pra ele, enquanto eu fingia que estava adorando o moço se esfregando no meu colo. No começo até foi legal, uma situação totalmente nova e inesperada. Mas depois... depois ficou chato e eu estava pedindo a Deus pra que acabasse.
Após longos minutos, um casal bateu à nossa porta e eu tive de ir atender. E tudo se resumiu a, de fato, um mal entendido, já que os profissionais tinham sido contratados pelo casal do quarto ao lado (sim, os barulhentos). Eles nos pediram desculpas e foram embora com os strippers. O clima ficou estranho, então apenas jantamos e fomos dormir. Ou pelo menos tentamos, já que a festa nos vizinhos se intensificou ao decorrer das horas.
12:25 p.m.
Em decorrência da péssima noite de sono que tivemos, acordamos praticamente na hora do almoço. Na verdade, eu acordei. Henry já estava muito bem acordado e com roupa de malhar, o que me fez pensar que talvez ele tivesse ido correr.
— Bom dia. — digo, enquanto esfrego os olhos.
— Bom dia. Trouxe café pra você. — sua voz estava séria, mas não o suficiente para suspeitar que estivesse chateado.
— Hum, obrigada. — pego o celular e verifico as horas e mensagens. — Acho que tá tarde, devemos almoçar? — pergunto enquanto levanto.
— Ok, vou só tomar um banho.
Ele definitivamente está chateado, penso.
Uma coisa que eu não suporto no Henry é que ele muito dificilmente vai te dizer se estiver magoado com algo. Ele simplesmente vai dar indícios, te fazer questionar cada atitude sua nos últimos vinte anos, te fazer chegar em mil e uma conclusões pra que, no fim, você vá lá e o interrogue. O que até pode ser aceitável no começo do relacionamento, mas agora me falta paciência. Suspiro fundo e visto um conjunto de moletom confortável e quentinho enquanto aguardo a figura masculina aparecer.
O moreno surge apenas de toalha e meus hormônios gritam ao ver seu peitoral peludo. Mas logo me acalmo pois sei que não vai rolar. Espero ele se trocar e em menos de cinco minutos já nos encontramos no elevador.
O hotel está 70% mais organizado e calmo em relação à noite passada, o que me traz uma paz imensa, pois nossas férias já estão no fim e precisamos voltar pra casa logo mais. Seguimos, em silêncio até o restaurante e nos sentamos em uma mesa isolada.
— Vou buscar um café aqui do lado. — avisa e levanta, antes mesmo de sentar efetivamente à mesa.
— Certo... — respondo, mesmo sabendo que ele provavelmente não ouvira.
Arrumo uma mecha de cabelo, desconcertada com tudo que está acontecendo desde que acordei, e não vejo um homem se aproximar.
— Jade... do 43, né? — ele aponta e eu volto à realidade.
— S-sim. — demoro pra reconhecer, mas quando percebo, meu sorriso murcha levemente. Se trata do vizinho... o barulhento.
Eu juro que ele se apresentou ontem, mas foi tanta informação ao mesmo tempo, que agora estou custando a lembrar desse detalhe.
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Superman's Wife || Henry Cavill
Fanfiction[Continuação de Superman's Neighbor] Depois do nascimento de seu filho, Jade pensou que estava completa, que havia chegado ao ápice da felicidade. Mas o ditado "tudo que é bom dura pouco" começou a fazer sentido, talvez antes mesmo do que a brasilei...